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Terça-feira,
27/2/2018
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O jogo dos tronos na versão brasileira
A saga Game of Thrones, tanto no formato de livro como na serie de TV e um fenômeno mundial de sucesso. A continuação esta sendo esperada para 2019. A conferir.
O controle dos sete reinos vai sendo disputado a ferro e fogo, mas o que fica muito evidente e a importância das intrigas, conchavos, conspirações e mutretas de toda espécie.
Os personagens vão se aliando ou delatando e matando sem piedade, pudor ou remorso. O importante e estar junto ao mais forte, ao mais valente, ao mais astuto, enfim ao que, em dado momento, demonstra estar com o controle, com o poder
A ambientação nos remete a idade media. A geografia, como de resto todo o cenário, nos leva a castelos europeus e a lugares próximos. Não vemos asiáticos nem africanos. E uma questão entre povos diferentes, mas facilmente identificáveis como europeus.
Sete reinos poderiam ser vinte e seis estados e um distrito federal
O império sobre todos eles poderia ser a presidência, e os governadores representariam cada povo, cada reinado.
A analogia e valida quando observada pelo viés das relações entre os nossos poderosos e seus entornos.
A delação, uma palavra para suavizar a soma da traição com a falsidade, revela informações, provas e testemunhos que, em algum momento, servirão de proteção ou mesmo de arma contra um atual amigo ou aliado, convertido em perigo, adversário ou inimigo.
A qualquer momento nos surpreendemos com o fato de que fulano gravou uma conversa particular com seu amigo sicrano a qual esta recheada de informações tenebrosas sobre negociatas, corrupção, manobras, conchavos, maquinações, diatribes, infâmias, enfim prato feito para qualquer jornal ou programa de noticias seja no radio ou na TV.
Um senador, um alto Quadro, um ex-importante ainda ativo, alguém que realmente possa desestabilizar um ou vários próceres, deixa “vazar”, ou divulga, um documento, uma gravação, faz um depoimento arrebentando com algum parceiro ou conhecido em negócios passados sempre escusos, infames, corruptos e/ou desonestos.
A gente acorda, vai aos cuidados, senta pra tomar o café e liga a TV ou o radio, abre o jornal e lá estão os figurantes do novo escândalo. Da nova delação, da mais recente traição, do novo caudal de patifarias reveladas...
Jogo Duro. Não adianta.
Hoje vidraça, amanhã pedra.
Assim e o ambiente onde politicos fazem o seu quotidiano,
Lembra bem o seriado da TV: Game of thones
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Postado por Contubérnio Ideocrático, o Blog de Raul Almeida
27/2/2018 às 12h18
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Dezesseis de fevereiro
Escrevo essa crônica no dia do meu aniversário...
E lá se foram alguns anos desde a manhã chuvosa na qual os meus olhos se abriram pela primeira vez.
Minha mãe conta sobre o desespero: ela era uma moça pequena, magrinha, bastante frágil aos dezessete anos; quase morreu durante o parto; eu era uma criança enorme.
Não existe um dia sem rezar antes de dormir e agradecer a Deus pela força dada à minha mãe naquele momento tão difícil.
Beijos minha mãe; vida, Vidalvina, amor eterno.
Gosto da data, embora ela me faça enxergar a rapidez do trem da vida.
O banho quente pela manhã descortina antigos dezesseis de fevereiro.
Os jatos de água passeiam na minha cabeça, o chuveiro parece falar, como se fosse aquele amigo antigo, da memória tão boa, na qual passeiam as façanhas de antes: “Lembra daquele seu aniversário de vinte anos?”
Sim, claro, as imagens estão vivas, ainda ouço os gritos dos amigos.
Sinto falta de todos eles.
Naquela época alguns medos desapareceram, medos bobos, de fantasmas principalmente; para escapar desse tormento, passei a acreditar que eles não existiam e a fórmula funcionou.
Continuo não acreditando em fantasmas, mas hoje sei: eles existem.
Devo confessar um pavor remanescente; medo de palhaços, um indominável sentimento estranho.
Culpa de Stephen King.
Aos vinte anos só imaginamos coisas boas, um mar de luz se abrirá e restará o conforto e a paz.
Jovem é ingênuo, sequer percebe o fecho das montanhas tentando apagar o horizonte.
A impaciência é companheira da juventude.
Hoje percebo claramente o quanto a vida demorava a passar na faixa dos vinte anos, ao contrário da rapidez espantosa de agora.
Ontem tinha vinte, amanhã já é sessenta.
Aos vinte, festas, cervejas e noites mal dormidas; agora um filminho na TV já pede ao sono levar o dia embora.
No presente uso óculos para ler, aos vinte quase não lia, porque sempre tinha algo diferente a fazer.
Antes, ovos fritos com bacon, hoje pouco sal, café sem açúcar e remédio para dor no estômago.
Se no passado as manhãs eram de ressacas, hoje apenas o cuidado com o remédio para pressão.
O sonho de morar num sítio quando velho troquei pelo conforto e segurança de um condomínio.
Se contasse isso ao jovem que fui, restariam sorrisos incrédulos.
Guardo alguns costumes de antes, moderados, quase insignificantes; cerveja de vez em quando e três ou quatro cigarros no cair da noite.
Cigarro é um vício estúpido.
Devia ter vinte e três quando entrei nessa brincadeira sem graça.
Sequer desconfiei do arrependimento ao completar cinqüenta e três anos.
Se pudesse voltar no tempo, me trancaria em casa no exato dia quando apanhei da mão de um amigo o cigarro aceso e dei a primeira tragada.
Amanhã não faço mais – pensei - e prossegui me enganando até hoje, crente que largaria o vício quando bem entendesse, mas logo o cigarro se tornou água no deserto.
Na companhia de um cigarro, conheci Gabriel Garcia Marquez e Manuel Bandeira, e então passei a enxergar o mundo de outra forma.
Num repente, abandonei a ideia de ir morar noutra cidade: São Paulo, talvez, quem sabe num outro país, Londres, Nova York, pensamento abortado ao constatar as dificuldades de outra língua e o clima de uma pátria diferente assomavam os meus medos.
Preferi fincar os pés no chão da minha terra e apenas sonhar com Macondo e Pasárgada.
Formei família perto dos trinta anos.
Tive a certeza da direção a tomar no exato instante que conheci a minha mulher. São dela os passos da frente nessa estrada.
Restam as lembranças, a imagem embaçada dos amigos de antes, os momentos vividos, só os bons, os ruins a tudo esqueci, um punhado de lembranças trazidas pela água morna do chuveiro, essas coisas boas que nem a rapidez do tempo consegue apagar.
Feliz aniversário para mim.
Que venham muitos outros dezesseis de fevereiro.
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Postado por Blog de ANDRÉ LUIZ ALVEZ
27/2/2018 às 11h47
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Bateia
Me perco nas correntezas
Me reconheço nos aluviões
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Postado por Metáforas do Zé
26/2/2018 às 09h40
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Perspectivas barrocas
Para Percival Tirapeli
Espirais nos declives das curvas,
curvas em ascese ao indecifrável;
à clarescura luz fugidia, a vista
se perde de si ante sombras deslizantes.
Curvas arqueando meus pecados.
E virtudes.
E eu me reconheço
arcada semovente
entre mito e razão.
Curvas sonoras, majestosas ondas,
que oceano vos recitará orações e cantigas?
Tempo de antes e depois,
vertigem que me percorre o corpo
nesse infinito chão das coisas celestiais.
Tempo reverso evadido dos calendários.
Tempo do ajoelhar-me ante meus erros.
E penitências.
Pássaro da paz, alvores das plumas,
que voltas matizarão vosso canto?
Espirais nas escarpas dos ombros,
declives em ascese aos templos.
Do céu à terra, conforta-me tão leve peso
da matéria urdida nos frontões.
Contemplação do instante, longeva oração,
que mãos podem consolar os desertos?
Dos passos ao voo,
todo claustro se abre diante do bordado
da finita infinitude em desmesurada medida
das coisas profanas e sagradas.
Azuis celestiais, roxos da paixão,
que púrpura aplacará as tempestades?
Cores sacras, altar dos matizes,
que pássaro cantará vossa amplitude?
Da Terra às nuvens, humanos, santos
e anjos transitam entre colunas torsas.
Sustentando as curvas do mundo,
somos todos atlantes do infinito
conduzindo volutas do tempo.
Do tempo breve.
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Postado por Blog da Mirian
24/2/2018 às 09h27
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Tatuagens eólicas
Quando a poesia se torna um vício
é sinal de que as nuvens já não são mais vistas,
mas por si mesmo esculpidas
Suas retinas se transformam numa compacta bola de tungstênio...
É a hora então, de desatá-las através de um extintor de ventos
-
fogos invisíveis que pirografam arabescos encantados -
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Postado por Metáforas do Zé
21/2/2018 às 15h49
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Terra úmida
Escrito por não escrito
Cá estamos a sós em casa
Um casulo Uma crisálida
Caramujo de mares ecoantes
Toda e qualquer razão, inválida
Silêncios secos ou murmurantes
Atado, ou desatado
Em cada gota uma chuva de silêncios
Silêncios frescos e efervescentes
Silêncios sempre de bom grado
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Postado por Metáforas do Zé
21/2/2018 às 09h46
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Cidadão de 2ª Classe - Você se Reconhece Como Um?
Você sabe o que é um Cidadão de 2ª Classe? Ao contrário do que imagina, isso não tem a ver com viagens, nem hospedagens, e sim com o status ao qual você representa para a sociedade. Pesquisando, nem é possível achar de fato o significado do termo, velado é o tratamento dado as pessoas caracterizadas por ele.
Cidadão de 2ª Classe são as pessoas que estão a margem, que não são conhecidas a fundo, apenas sendo previamente julgadas por esteriótipos e aparência. Aquelas que são enganadas e ignoradas por serem consideradas inferiores e não merecedoras dos mesmos benefícios de outras. No Brasil, embora muitas pessoas imaginem quem são esses cidadãos, não sabem que recebem e aplicam esse tratamento todos os dias, sem nem parar para pensar sobre suas atitudes.
Ou vai dizer que muitos de vocês não andam pelas ruas sob o relance de olhares discriminatórios por algum ponto que tenham em evidência, seja ele pelo sexo, vestimenta, cor, nível social, etc. O mesmo acontece ao utilizar serviços públicos, na maioria das vezes com descaso e ineficiência. Também na compra de um objeto, onde o sujeito só resta ficar nu ou tirar sangue para provar sua idoneidade.
Em determinados grupos em que se acham melhores que você, além das redes sociais e internet. Este campo é especial, pois pode transformar qualquer um em Cidadão de 2ª Classe Digital com frieza e ódio avassalador.
Se identificou em algum momento? Será que você é tratado como um cidadão secundário em seu próprio país, cidade, estado, âmago. O pior é que, embora muitos se reconheçam recebendo ou aplicando títulos falsos e taxativos, como tudo, deixam para lá, na desculpa de que é assim mesmo. Mas não precisa ser!
Ninguém deve ser classificado preconceituosamente no dia a dia, aguentando olhos vorazes que os fazem mais amantes que enamorados da vida. Ninguém merece a dor, o peso de mais esse fardo perante tantos que o caminho oferece... E como encontrar solução? Apenas de um jeito, pensando e melhorando suas atitudes, tanto ao praticar julgamento prévio quanto quando o recebe de alguém que cruza com você.
Não acumule, não permita, não pratique! Faça o seu melhor com calma e paciência para que ninguém o destrate, para que seus problemas e situações sejam resolvidas da melhor forma possível sem as contrariedades que você não precisa aguentar. Não se conforme, aprenda, lute, questione e se imponha como a pessoa, o cidadão que você é! Só assim se sentirá um pouco melhor e fará a mesma coisa pelo outro.
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Postado por Blog de Camila Oliveira Santos
20/2/2018 às 15h57
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Espectros
Quem nasceu primeiro,
a figura ou a palavra?
Se enxergamos só o que pensamos,
a resposta já foi dada
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Postado por Metáforas do Zé
20/2/2018 às 08h58
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Bojador
Sobre os contrafortes de corais e arrecifes desencadeiam-se grandes ondas,
assim como, sobre a dureza do dia-a-dia, sobretudo, dos instantes
Pedras fundamentais
Sob pressão, móbil de infladas ondas,
intumescidas de desejos e de sonhos
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Postado por Metáforas do Zé
15/2/2018 às 12h32
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Inversões
Ao contrário do que se aventa em nossa vã tecnologia
a música é o nosso hard
e os instrumentos seus softers
Decerto em razão da eternidade da música
Pedra fundamental dos ventos
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Postado por Metáforas do Zé
15/2/2018 às 10h44
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Julio Daio Borges
Editor
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