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Quinta-feira, 28/4/2016
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5 coisas que o escritor iniciante precisa saber

Veja 5 coisas que todo escritor iniciante precisa saber.

Escrever é a paixão de muita gente e não deixa de ser uma arte, pois tem a magia não só de transmitir a palavra, mas de transportar-nos para cenários que desconhecemos no mundo real. Há quem use a escrita como forma de expressar-se ou aqueles que dependem da escrita profissionalmente. Seja qual for seu perfil de escritor, assim como em qualquer outra profissão, existem coisas que são do conhecimento da grande maioria dos escritores profissionais e que quem está dando os primeiros passos nessa carreira deve aprender.

Se você começou a escrever há pouco tempo, identificou-se com a área e quer começar a dedicar-se profissionalmente à ela, ou quer desenvolver essa habilidade para si mesmo, os 5 pontos listados neste artigo irão ajuda-lo a tornar-se um escritor qualificado e de sucesso.

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1. Se deseja tornar-se um escritor, é preciso escrever.

A frase parece um tanto redundante, mas é basicamente essa a mensagem que todo aspirante da escrita precisa entender. É surpreendente o número de pessoas que não fazem isso porque acham que precisam aprender todas as teorias antes de começar com a prática. Contudo, o que acontece na escrita é exatamente o contrário. Se você não está satisfeito com os resultados, deve buscar por técnicas que possam ajuda-lo com sua performance.

2. Resistir faz parte da criação

Todo escritor tem como desafio uma folha em branco, mesmo para aqueles mais experientes. É perfeitamente natural que, no início, o escritor invente centenas de desculpas para não escrever, mas é exatamente a resistência que aguçará sua habilidade de criação. Aos poucos, será possível aprender a lidar com a ansiedade, que, de fato, é inerente a todo processo de criação.

3. Leia sobre o que gosta de escrever

Ler comprovadamente ajuda na escrita, não só por tudo o que você absorve durante a leitura, mas pelo próprio processo de mentalização. Se você gosta de um tema em específico, leia sobre ele e tente construir um texto baseando-se nele, mas usando suas próprias palavras. Se sabe que gosta de fantasias, compre livros do gênero e aprofunde-se sobre o tema. É também muito válido separar os temas que você não gosta e entender os motivos. Dessa forma, você vai começar a conhecer seu estilo e linguagem de escrita.

4. Originalidade requer constância

Se você começou a se aventurar no universo da escrita é necessário que você se concentre em dominar primeiro as habilidades básicas. Aprenda e expressar-se de forma original, estruturando histórias e expressando seus reais pensamentos, com coerência e exatidão. Quanto ao estilo, você irá desenvolvê-lo intuitivamente através da prática constante.

5. Fazer é diferente de vender

Escrever históricas puramente artísticas é muito diferente de escrever histórias com o objetivo de que elas atinjam o público alvo. Isso acontece não só com escritores de livros, mas com qualquer tipo de escritor. Vale ler livros best-sellers para entender porque eles atraem tanto o interesse do público. Lembre-se de que é preciso conhecer a linguagem do público para que a escrita não fique muito particular. Portanto, se você deseja levar isso como trabalho, é necessário aprender a diferenciar a abordagem de seus textos.



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Postado por Blog de Sophia Parente
28/4/2016 às 11h52

 
A diferença entre um mestre e um doutor

Os doze trabalhos de hércules, o pesquisador

Hércules é um dos habitantes da cidade Universitária de Atenas. Ele é metade mortal e metade-aspirante à PH-Deus . Vive rodeado por PH-Deuses e imerso em problemas, de pesquisa. Ele é orientado por Zeus, o Deus dos Deuses, mas quem o orienta mesmo é Quíron, seu co-orientador, uma vez que Zeus vive em seus congressos no olimpo e (para sorte de Hércules) nunca aparece. Quíron é um centauro, mas para Hércules ele é um centauro. Junto com Jazão, Narciso, Aquiles e Orfeu, Hércules vive inúmeras aventuras em direção ao título de PH-Deus. Há quem diga que só Hércules tem condições de chegar à PH-Deus, isso, é claro, se ele sobreviver aos seus 12 trabalhos como doutorando.



Acompanhe a tira cômica do herói toda semana!



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Postado por Blog de Alex Caldas
24/4/2016 às 15h59

 
Blow up: depois daquele beijo

Não houve beijo.
E se, naquele lugar, crime aconteceu,
não o registrou o fotógrafo de jardim.
Sobre o tripé, alteava-se a quieta lembrança
da caixa mágica.
Dela fazia parte o pano preto
que escondia o lambe-lambe.
Dela fazia parte o pano preto
que eu imaginava cartola mágica
de onde sairiam pássaros.
E chocolates.

Esta era eu.
Rosto redondo.
Vestidinho e meias brancas.

À expectativa do retrato, transformava-se
a câmera em realejo, palco e cinema.
Depois, ante a simplicidade solene do passeio,
emergia no papel o passado vivo.

Esta era eu.
Fita no cabelo.
Sapatos pretos de verniz.

Não houve beijo. E da paisagem surgiu o tempo
que ora sustenta no colo o coreto e o gradil
servindo de fundo à minha imagem.

Não houve beijo. O beijo a lente
não presenciou. Entanto seu cristal transcendeu
os limites do possível. E a escrita da luz gravou-se
em passageira eternidade.

Coladas na caixa de madeira, outras imagens.
O sorriso do homem do chapéu de palhinha.
O olhar triste da mulher do broche de abelha.
A brilhantina no cabelo do senhor de jaquetão.

Entre o passeio e a volta,
ninguém se perdeu no tempo.

Esta sou eu.
No andamento da vida, minha face
diluiu-se nas águas do lago.

Esta sou eu.
Memória que repousa
neste pedaço de papel.

(Do livro 50 poemas escolhidos pelo autor)

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Postado por Blog da Mirian
23/4/2016 às 16h37

 
Uma propina da mesma Orcrim quando apareceu

O crime sem a parte não é todo,
A parte sem o crime não é parte,
Mas se a parte o faz crime, dando parte,
Não se diga, não é crime, sendo todo.

Em todo o Orçamento é o crime todo,
O todo delata o crime em qualquer parte,
Dá parte do crime todo em toda a parte,
Em qualquer crime sempre fica o todo.

Ingênuo da orcrim não seja parte,
Pois que feito o suborno em partes todo,
Corrompe cada parte em sua parte.

Não se dizendo parte deste todo,
Propina, que delataram, sendo parte,
Nos dava parte deste crime todo.

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Postado por O Blog do Pait
23/4/2016 às 13h25

 
O Autorretrato


Torso/Ritmo, Anita Malfatti. Fonte:www.mac.usp.br


Do que se trata? (Autorretrato, 2010)

Trata-se de minha inocência minada, de minha inocência pisada, de minha inocência perdida. Trata-se de remontar às origens do mundo e de minha própria história. Trata-se de Caim e Abel, de um combate espiritual. Trata-se de não negar Deus, mas de tornar-se Deus; de não recusar a coroa ao rei, mas de se fazer rei. Trata-se de não rezar mais, de não mais pedir a benção, mas de dar a benção. Trata-se de criar, de se tornar “o divino que sorri e brinca”, de Fernando Pessoa. Trata-se de obstinadamente demonstrar a existência em si de algo que “vale a pena”. Trata-se de arriscar-se a perder a vida na aventura de gerar e viver outras vidas: a destes personagens que carrego no peito. Trata-se de esquecer, de recomeçar, de vir a ser criança novamente. Trata-se de tomar consciência de si mesmo. Trata-se de emocionar-me, de tornar-me humano. Trata-se de ceticismo e devoção. Trata-se de deixar de ser um impassível animal de rebanho. Trata-se de reconhecer-me no servo que caminhava cabisbaixo ao sol, sob o temor do chicote de seu senhor, e, ainda que ciente do risco de ser fustigado no rosto e cegar, vira-se exibindo ao seu dominador uma boca enfadada de murmurar “Sim, senhor” e dois olhos faiscantes a protestar: “Isso já foi longe demais, basta!”. Trata-se de ser tomado pelo mesmo furor deste escravo em desejar mais que os outros lhe ensinaram que poderia desejar. Trata-se de atingir o que ninguém ousa atingir. Trata-se de sujeitar-se a ser perseguido, achincalhado, a correr o risco de padecer de fome e frio e abreviar seus dias por acreditar em algo maior que a própria vida. Trata-se de acreditar na liberdade do mundo do faz de conta, na potência criadora da mente humana.Trata-se, também, de dinheiro, mas de algoque nem todo dinheiro do mundo seria capaz de comprar. Trata-se de receber sem pedir, de dar aos meus pais e à minha mulher o que lhes é de direito por terem me estendido as mãos quando eu mais necessitei. Trata-se de se reconhecer vítima não meramente do meio, como crê toda gente comum, mas igualmente de si mesmo, de suas próprias idiossincrasias, virtudes, fraquezas, ambições e vícios. Trata-se de examinar a questão do suicídio, da morte, da iniqüidade e da benevolência humanas, do bem e do mal. Trata-se de ouvir mais a si próprio que aos outros, uma vez que se refere menos ao senso comum que à intuição. Trata-se de, ao amanhecer, ser tomado pela angústia de escrever, de um parto sem hora marcada. Trata-sede uma necessidade diária de solidão. Não se trata, de modo algum, de não sentir dor, de não se sentir infeliz, mas de na infelicidade lobrigar a alegria porque compreendeu que não conhecerá o paraíso sem antes cruzar o inferno. Trata-se, então, de na fraqueza reconhecer a própria força, e na aparente insignificância e esterilidade de seus dias discernir o que há de grande e belo em seu amanhã. Também não se trata de ser completamente distinto dos demais - pois isto é pensar como eles, é ser como eles - mas de na multidão não me perder, não desacreditar no que apenas meus olhos serão capazes de mirar: o meu caminho. Trata-se, então, de questionar a própria noção de igualdade. Trata-se de um sentimento de raiva, de revolta que me lança ao “tudo ou nada”, contra tudo e contra todos. Trata-se de a um só tempo ir contra mim mesmo na defesa de minha pessoa. Trata-se de uma lacuna em meu ser, do martírio de uma ferida que não se cicatriza, da coexistência em meu peito de demasiada carência e um não menor amor-próprio; da necessidade de ser amado, lembrado, mas de negar-se a pedir, a fazer qualquer concessão por um gesto de carinho ou reconhecimento. Trata-se de justificar não a aparente ociosidade, mas o gênio; não o mal, mas o bem. Trata-se de acusar. Trata-se de antes morrer de pé a viver de joelhos. Trata-se de achar imperdoável acreditar na existência de uma divindade se não puder participar dessa divindade. Trata-se de ser impossível, de afigurar-se irredimível se contentar com menos do que se deseja e admira. Trata-se de buscar em mim mesmo o meu próprio mundo, o meu próprio deus, o meu próprio inferno e paraíso. Trata-se da busca pela minha individualidade. Trata-se de ser homem sem deixar de ser menino; de ser humano sem deixar de ser divino. Trata-se de ser mais um na multidão ao mesmo tempo em que se dá conta de haver em si uma multidão de homens e mulheres. Trata-se de ser a regra e a exceção. Trata-se de ser contraditório, caprichoso e incoerente por não ser um, mas muitos e, por isso, ser tão incompreendido. Trata-se de mostrar-lhes “Ah! Vejam quanta injustiça suporto por não aceitar viver como vocês!”. Trata-se de um acerto de contas. Trata-se de minha vingança e de minha redenção. Trata-se de tudo o que eu tenho, de tudo o que eu sou. Trata-se de se entediar com o real, mas deste não prescindir. Trata-se de minha literatura, de dar vida a um mundo que satisfaça a vontade de liberdade e distinção que existe não apenas em meu coração, mas no coração de cada homem.Trata-se de compreender o meu tempo. Trata-se de não temer o orgulho e a revolta, mas de criar minha própria linguagem, revelar uma identidade. Trata-se, enfim, de tornar-se um grande escritor ou nada mais ser nesse mundo.

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Postado por O Equilibrista
22/4/2016 às 19h12

 
Mãos Sujas


by Marcel Caram


"Eu não me desfaria da minha doença, pois há muita coisa em minha arte que devo a ela." Edvard Munch

As vivências de um homem se encadeiam umas às outras numa tal velocidade que poucas vezes ele chega a se tornar consciente de seus estados interiores. Muitos de meus dias transcorrem sendo plenamente absorvidos pelos afazeres cotidianos, pelas preocupações e distrações comuns a um homem casado e pai de um filho. Se há instantes em que é necessário um pouco mais de dedicação e paciência, comumente eles se sucedem sem sobressaltos. São horas vividas sem reflexões ou inquietações mais profundas em que minha vida em si mesma se justifica, inconscientemente se organiza e se ajusta ao ambiente em que vivo. Maquinalmente se vive. De tempos em tempos, entretanto, um sentimento se impõe e tudo se desorganiza. Outrora, quando ainda não o compreendia, lastimava-o. Hoje o aceito, e aceitá-lo significa silenciar e escrever. Está presente em minha vida como o espaço vazio deixado pela ausência de dentes na catraca de uma bicicleta, fazendo com que vez ou outra a corrente saia, interrompendo o movimento que possibilita ao ciclista manter o equilíbrio. Nestes momentos de instabilidade em que sinto a minha vida se desorganizar, distancio-me dos outros. Escrever é uma tentativa de reorganizar-me, de reaproximar-me. Impõe solidão. Exige que eu desça da bicicleta e suje minhas mãos recolocando a corrente em seu lugar para poder seguir em frente. É com as mãos sujas que tomo consciência da singularidade de minha existência. É com as mãos sujas que escrevo. A personalidade de um homem é constituida de muita coisa desagradável, de "defeitos" sem os quais se torna impossível viver. Viver é sujar-se de si mesmo. Sentindo-me à margem, estou entregue à minha sujeira, revirando conflitos íntimos enquanto uma pergunta me angustia: serei capaz de reestruturar-me, de reabilitar-me, através de uma linguagem que comunique o que se passa comigo? O sentimento de vazio, a sensação de desajuste em relação ao ambiente em que vivo e a incerteza de saber se conseguirei comunicar-me e suavizar meu isolamento precedem minha escrita. Jamais escrevo se me sinto plenamente ajustado. Somente comecei a sentir necessidade de escrever após ter tomado consciência da dor de estar só no mundo, descobrindo-me como criatura única e separada. Não escreveria se viver não doesse. Aceitar tudo isso foi muito difícil - toda separação é dolorosa -, mas não posso me furtar aos momentos de solidão, às situações limites e às ocasiões em que tenho de sujar as mãos para seguir traçando meu próprio caminho. Foram essas vivências que fizeram de mim o artista que sou e artista nenhum pode prescindir do que o faz ser ele mesmo se quiser avançar.

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Postado por O Equilibrista
22/4/2016 às 15h05

 
A Decisão


www.desenhoswiki.com


"Tomando a decisão e realmente querendo, os próprios pés o conduzem para a realização." Talmude babilónico


Foi num domingo que tomou uma daquelas decisões que definem um caráter e seu destino. Àquela hora, não somente em sua casa, mas em toda a rua, todos ainda dormiam quando ele ergueu-se da cama decidido a tirar a velha bicicleta do pai da garagem. Se quisesse descobrir – e ele queria – como seu pai realmente se sentia nas aventuras que lhe narrou repetidas vezes, e com um entusiasmo que sempre o contagiava, teria de seguir em frente com aquilo. Cresceu ouvindo coisas como “Há dias, meu filho, em que as nuvens encobrem as montanhas e pedalamos em seu interior. Quando isso acontece, tudo o que me move é o desejo de avançar entre elas para ver o mundo do ponto mais alto. Nesses momentos não penso nem no esforço, nem no cansaço, nem nas dores. É como se os pneus deixassem de tocar o solo. Eu me sinto como se fosse pura vontade. Um dia você entenderá o que estou dizendo e verá como é indescritível a vista do mundo e da vida que se descortina diante de nós quando atingimos semelhantes alturas!”. Estas frases não lhe saíam da cabeça. Queria desvendar o seu real significado, e para isso sabia que deveria dar o primeiro passo.

Quando entrou na garagem, surpreendeu-se ao ver como a bicicleta era grande e pesada. Nunca haviam estado tão próximos. Ao menos, nunca a havia sentido tão próxima de si. Sempre adiou aquele encontro porque se habituou a pensar que não tinha idade suficiente. Na verdade, quem desejava convencê-lo disso era a mãe, sobretudo depois do acidente sofrido pelo pai. Ele, no fundo, mas lá no fundo mesmo, há algum tempo sabia que a idade não era mais um obstáculo. Não que até ali houvesse mentido para si mesmo quanto a isso, pois bastava vê-lo ao lado da única bicicleta da casa para abolir qualquer dúvida: ele era pequeno para ela. Naquele momento, entretanto, de um modo que jamais soube explicar, sentia que não era assim tão pequeno. Por isso, se bem que assustado, resolveu não tornar ao seu quarto.

Respirou fundo buscando se acalmar e ganhar ânimo enquanto se esforçava em rememorar os preparativos do pai antes de pedalar: verificou a pressão dos pneus, ajustou a altura do selim, lubrificou a corrente e os cabos do freio e, certificando-se que estava tudo em ordem, levou-a para a rua com muito cuidado para não fazer barulho. Temia que sua mãe descobrisse o que planejava. Ela sempre descobria o que se passava em sua cabeça. Como ela era capaz disso, ele nunca soube.

Fora de casa, olhou à sua volta à procura de um lugar onde apoiar a bicicleta com segurança para que pudesse subir nela. Encontrou apoio num bloco de pedra. Quando conseguiu sentar no selim, um de seus pés não mais tocava o chão. Dali a instantes, o outro também deixaria de tocá-lo. Sem dar por isso, atingiria, então, aquele ponto em que não haveria como voltar atrás. Como não conseguiria equilibrar-se por muito tempo estando parado e não teria a segurança que havia encontrado no bloco de pedra, assustou-se ao ver que não teria onde se amparar. “Vou cair”, pensou, mas, no mesmo momento em que esse pensamento lhe assomou à mente, prendeu a respiração, contou “um, dois, três” e, num impulso decisivo, foi-se embora, ziguezagueando. Sentiu o coração disparar. Foi tomado por um medo terrível, um medo tão inerente àquilo que estava fazendo quanto o próprio oscilar de seu corpo e da bicicleta buscando desesperadamente encontrar o equilíbrio. Ao tirar os pés do chão, adentrara numa nova realidade. O medo de cair o fazia pensar, mas não havia mais tempo para pensar. Não poderia pensar, pelo menos não como antes. Chegara o momento de apenas sentir o movimento, de deixar-se ser e simplesmente pedalar, mas, para ele, não era nada simples. Naquele instante, pela primeira vez se deu conta de que coisas simples podem se tornar terrivelmente assustadoras quando temos a sensação de que nossas vidas estão em jogo. O pai, certa vez, lhe preveniu que alguma oscilação é natural, que o próprio medo e a incerteza são naturais e que aos poucos ele se habituaria a tudo aquilo. “Tem que aprender a conviver com o medo”, dizia seu pai, “O que não pode é parar. Se parar, você vai cair”. Como seu corpo, o medo e a coragem, sua confiança e desconfiança iam e vinham. Deliberavam, agitavam-se, confundiam-se dentro de si. Sentia tudo pender ora para um lado, ora para outro até que, após alguns insucessos, os músculos da face finalmente evidenciaram os primeiros sinais de confiança e não demorou a que um sorriso assomasse. Aprendera a andar de bicicleta.

Anos mais tarde, quando tomou outra decisão, desta vez de que se tornaria escritor, comparou o medo que sentia, diante de uma folha de papel em branco, de não conseguir escrever, e a sensação do indescritível por ter escrito a tudo aquilo que seu pai havia lhe descrito anos antes sobre ver o mundo e a vida das grandes alturas. Compreendeu que os anos passaram, mas algo nele não havia mudado. De algum modo, era ainda aquele menino, e escrever havia se tornado sua maneira de reviver aquela que talvez tenha sido a experiência mais significativa de sua infância.

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Postado por O Equilibrista
22/4/2016 às 10h56

 
Prince

No início dos anos 90, eu tinha cabelo comprido e ouvia rock pesado, mas conversava com o Pedro Mariano, por causa de um amigo em comum (músico)

Um dia, entrando na escola, mostrei meu fichário, cheio de guitarristas de rock, e o Pedro me falou que o único que prestava ali era o Prince

Achei engraçado, o Pedro era arrogante, filho da Elis e do César Camargo Mariano, não aceitava discutir música com muitas pessoas (eu tinha paciência)

Não concordei com o Pedro na época. Era difícil, para mim, achar que algum guitarrista fosse melhor que o Steve Vai de Passion and Warfare (1991)

Mas fiquei com aquilo na cabeça. E hoje concordo com o Pedro. Não que Prince seja melhor *guitarrista* mas, sim, melhor músico

Ele foi - também - um grande guitarrista. E o solo de "Let's go crazy" é respeitável. (Não é de alguém que tem medo ou que não sabe o que está tocando)

E Prince foi um grande artista pop, na época em que Michael Jackson e Madonna estavam no auge - e ele conseguiu fazer frente aos dois. Não como bailarino, ou coreógrafo, mas como músico, e compositor

Apesar de bem-sucedido e consagrado, conseguia escrever sobre a dor da perda, e do abandono, em "Nothing compares 2 you" - que praticamente lançou Sinead O'Connor (que foi essa canção e nada mais)

Seu reinado foi até os anos 90, quando foi atropelado pelo rap e pelo hip-hop, cuja estrada, para o mainstream, ajudou a pavimentar. Prince era muito sofisticado, musicalmente, para o que veio depois

E numa evidente crise de identidade, se perdeu com aquele negócio de mudar de nome: primeiro para "Victor", depois para aquele símbolo hermafrodita. Acabou virando "Symbol"

Ultimamente, tentou se relançar. Mas passou muito tempo fora. E não entendia a internet - como muitos artistas de sua época, aliás

Para se ter uma ideia do tamanho do equívoco, basta procurar "Prince" no YouTube e no Spotify. No primeiro, só há vídeos "ao vivo" (de baixa qualidade). No segundo, um único álbum - e o Spotify informa que Prince é um dos artistas mais procurados...

Sua teimosia em resistir ao compartilhamento vai lhe cobrar um preço alto agora: se não estiver na internet, em pouco tempo sua memória irá se apagar

Tempos atrás, baixei sua discografia (apesar das proibições). É impressionantemente boa. Consistente. E envelheceu bem - ao contrário de muita coisa dos anos 80

Eu gosto de 1999 (1982) em diante. Purple Rain (1984) é um clássico. Sign O' Times (1987) entra numa fase mais conceitual. E eu me lembro muito de Lovesexy (1988), porque é da minha época, e do vídeo de "Alphabet Street" (lembro de ver com meus amigos)

Acho que Prince vai bem até Graffiti Bridge (1990) - que o Pedro Mariano tentava me impingir -, até Diamonds and Pearls (1991), que eu acho maravilhoso, desde a canção-título

Em meados dos anos 90, quando eu já estava no reino do jazz e da música clássica, ainda comprei uma coletânea do Prince, na saudosa Virgin Records, com "singles" e B-sides

Desde "When doves cry" ("Maybe I'm just like my mother/ She was never satisfied"), "I feel for you" ("I think I love you") até "Sexy M.F.", "Get off" ("22 positions in one night stand") e "Cream", que eu considero uma perfeição pop. Passando por "Thieves in the temple" ("Love comes quick/ Love comes in a hurry") e "Raspberry beret", que a gente dançava em festas

Entre os três maiores artistas pop oriundos dos anos 80, Prince é o meu favorito. O Michael Jackson não tem tantos discos bons (que você consiga ouvir de ponta a ponta). Nem a Madonna

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Postado por Julio Daio Bløg
21/4/2016 às 18h29

 
Mãos

Eu gostava quando chegava de noite na aula, a professora vinha na carteira, pegava na minha mão e me punha pra escrever. Já fazia três meses que eu frequentava o curso de alfabetização.

Muita gente de idade, eu era o mais novo. Nem sabia segurar no lápis. Da primeira vez fiz um a redondo. Os colegas caçoavam vendo eu morder a língua. Com o tempo fui pulando pras outras letras, juntando todas. Não demorou, já formava palavra, tudo seguido, igual no caderno do meu filho.

É da leitura que eu mais gosto. Escrever é difícil porque tem que pôr sentido nas letras e prestar atenção no rumo do lápis.

É bom aprender as coisas pra não passar vergonha, igual acontecia comigo. Se a pessoa não sabe assinar o nome e vai tirar um dinheiro no banco, todo mundo fica olhando pro dedão na almofada. Mais triste é depois em casa. Entro no banheiro, sento no vaso, fico vendo a tinta preta, pensando, escondido do menino.

De uns tempos pra cá eu ando muito feliz. Comecei a ler as placas na rua e pegar ônibus sem ter que perguntar pra ninguém. No supermercado então é o que eu mais gosto. Leio as letras miúdas das embalagens sem medo de errar, igual duma vez que levei pra casa um negócio que só as mulheres usam.

Duas vidas - a de antes e a da agora, um cego descobrindo o mundo. Mesmo assim ainda tenho muito que aprender. Se depender de mim, até estrangeiro eu vou falar. Perto de onde trabalho tem uns tudo branquelo. Eles embolam a língua, eu acho chique, todo mundo presta atenção mesmo sem entender nada.

Quando não estou com meu caderno, pego os do menino, fico apreciando, as matérias tudo separado, uma anotação pra cada coisa. Gosto dos livros também. Igual um que tem. Todo colorido, tudo explicado, tudo bonito. Capital, país, estado, antes eu achava complicado, não entendia nada.

No dia que a minha mulher chegou da rua falando que ia ter um curso pra adulto no salão da igreja, eu não gostei, ainda mais que ela tem uma caligrafia bonita e leitura boa. Fiquei nervoso na hora, mas conseguiu me dobrar: ia ser bom pra mim, as coisas podiam melhorar na fábrica.

A aula começava no dia seguinte. Cheguei do serviço, encontrei lápis, borracha e um caderno encapado em cima da mesa. Guardei pro menino não ver.

Deu um frio na barriga, quase voltei da porta da sala de aula. Criei coragem e fui sentar no fundo. A professora chegou, perguntou meu nome e anotou na caderneta. Os meus colegas também sentavam pela primeira vez num banco de escola.

Então aconteceu dela chegar e pegar na minha mão pra me ensinar a escrever. Debruçava e encostava. Eu via ela na carteira dos outros, ajudando todo mundo na maior inocência.

Eu ficava tentando mudar o pensamento pra outras coisas, cuidando pra não sentir nada, não tinha jeito.

Chegava em casa, entrava no banheiro pra tirar o perfume da mão dela e ficava comparando: lisura e beleza, as mãos de uma, casquenta de lavar roupa, as da outra. Deus no céu, minha mulher na terra e a professora. De noite, os pesadelos. O dedo na almofada, garrancho saindo do lápis, mão o tempo todo: mão preta, mão com luva, mãos das duas. Resolvi não voltar na aula — não tardava fazia uma besteira. Arrumei uma desculpa, inventei pra mulher que queria estudar numa escola mais apertada.

De noite, parei na porta da sala de aula igual no primeiro dia, quis voltar. Criei coragem e fui até a mesa.

Desta vez segurei a mão dela. Macia, toda dentro da minha. Olhei pra ela e disse que estava com um problema na vista, que não conseguia enxergar direito, que não ia frequentar mais a aula.

Não menti. Eu não estava conseguindo ver nada no trabalho, nem minha mulher nem meu filho. Abrindo os meus olhos, ela não me deixou enxergar mais nada.  

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Postado por Blog de Anchieta Rocha
20/4/2016 às 22h01

 
Depois do cinza

Ali estava uma tela impossível, mas alguém conseguia desenhar na superfície irregular, eram traços, cores, efeitos, técnicas que venciam chapiscos e infiltrações. Isabela, garota sempre ocupada com fones minúsculos que lhe invadiam os ouvidos, era a única a se impressionar com aqueles desenhos, afinal um muro de cemitério não é dado a receber olhares que demorem tanto. Na verdade, nem era a única. Todas as vezes antes de fazer subir e descer o rolo ensopado de tinta cinzenta, o zelador da prefeitura se demorava em contemplar o desenho, reparava cada detalhe como se se despedisse. Isabela não se importava quando dava de cara com o muro pintado de cinza, sabia que em breve haveria de se encantar com um novo desenho. Até gostava que fosse assim, a espera tinha sabor que alegrava parte do dia. Depois, Isabela sentiu crescer uma força que lhe exigia invadir aquele mistério. Arriscando-se entre as artimanhas da madrugada, passou a fazer vigília em frente ao cemitério e eis que o flagrante se deu na terceira vez. Lá estava ele a tratar o muro como relíquia. Isabela reconheceu as galochas, os cabelos cheios, a postura torta. E o jeito de contemplar o desenho. Um artista que vivia de renovar sua obra. O zelador da prefeitura era assim.



Texto originalmente publicado no site flaviosanso.com
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Postado por Flávio Sanso
19/4/2016 às 22h35

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