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Sábado,
4/2/2023
Assim criamos os nossos dois filhos
Antonio Feitosa dos Santos
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Em um período não muito fácil fomos pais de dois filhos, com um intervalo de dois anos e sete meses de um para o outro. Marinheiros de primeira viagem, pegamo-nos a pensar, qual seria a melhor maneira de criar as crianças. Eu e minha esposa sempre conversamos muito sobre muitas coisas, logo nos deparamos a falar da educação dos nossos dois filhos. Algumas coisas copiaríamos dos nossos pais, logicamente aprimorando-as, porque o tempo já não era o mesmo da nossa época de criança. Cuidar e educar dois filhos no Rio de Janeiro, com os pais trabalhando oito horas diárias, não é um exercício fácil. Lembro que uma das coisas que conversamos, foi o de esticar a corda, sem jamais soltar a ponta ou seja dar liberdade sem tirar o limite. A liberdade para uma criança tem limiar, isso é necessário porque na vida nem sempre podemos e nem sempre será como queremos. Minha mãe falava: vontade dá e passa. Isso aplicamos aos nossos filhos sem pestanejarmos. Tínhamos a convicção de que ao dizer sempre sim a eles, um dia ao querer dizer não, já não teria efeito. Aos poucos íamos mostrando que o mundo não é condescendente com ninguém. Ao mesmo tempo que ele dá, tira. Alertávamos para que eles estivessem sempre prontos para as boas oportunidades e procurassem ser polidos no trato para com os outros. Esclarecíamos que a vida é uma dádiva de Deus, o tratamento devia ser igualitário para todos, ninguém nasce bonito, feio, rico ou pobre porque quer. São fatos impositivos à vida. Ensinávamos que há um tempo para cada coisa: brincar, estudar e trabalhar, se a gente dividisse direitinho, ainda sobraria tempo. Esses filhos queridos aprenderam que um simples olhar tem um significado extraordinário, assim bastávamos mirar para que eles entendessem a mensagem que queríamos passar. Foram crescendo e fomos aumentando o nível da comunicação familiar. Mostramos que em nosso trabalho tínhamos que cumprir normas, aceitar as tarefas que nos eram confiadas e que nem sempre o que fazíamos era o que desejávamos fazer. A criança quando não orientada devidamente é como um barco à deriva, que ao sabor dos ventos, dificilmente atracará em um porto seguro. Hoje nossos filhos são casados, pais e bem sucedidos naquilo que se propuseram a fazer. Tiveram a liberdade de escolher suas profissões. Não interferimos em suas escolhas, coube-nos orientá-los, a tomar o timão e navegar as águas por eles escolhidas. Que os bons ventos os levem a muitos portos seguros em seus navegares. (04/02/2023)
Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em
4/2/2023 às 15h07
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