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Quarta-feira,
11/11/2015
Blog de Camila Oliveira Santos
Camila Oliveira Santos
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Segue o Cão Arrependido...
O arrependimento é o pai dos que tomaram uma atitude. Pois só os que tentaram podem queixar-se desse sentimento. Falando assim é fácil de justificar os erros, porém quando nos arriscamos e não acontece como esperávamos muitas vezes é difícil aceitar o resultado. Aquilo que perdemos, que deixamos no caminho e não dá para recuperar.
Mas como aprender sem errar? Como se livrar das tendências perfeccionistas? Isso não é possível e nos resguarda para fazer algo bem feito. É um dos presentes que vem no pacote de vida, mas sendo franca após uma grande experiência de arrependimento, digo que sim, é melhor arrepender-se do que nunca ter feito e uma vez feito não há mais volta. Conviva com isso ou até esqueça se puder! Pegue do fato as boas experiências, aprendizados e bola pra frente!
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Postado por Camila Oliveira Santos
11/11/2015 às 02h48
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O Papel Principal na Peça
Não sei se você já pensou nisso, mas observe bem... Ás vezes se diz comum e irrelevante para o andamento da vida, porém você é uma importante personagem cujo seus pais deram um nome. Todos os dias sua personagem abre os olhos e escolhe improvisar ou encenar cada passo ensaiado de uma vida que foi progredindo em aventuras, fracassos, aprendizados, amores e muitos mais elementos que contribuem para que uma peça seja acompanhada com animação.
Sua personagem contracena com tantas outras e faz a diferença positiva ou negativamente na vida do outro e de outros numa corrente infinita de diferentes proporções. Vejo você aí fora, transeunte no grande palco e trocamos olhares que irão se encontrar novamente ou foram únicos enquanto duraram.
Ás vezes ganhamos prêmios, outras vezes esporro. Mas pare e pense... Do alto ou em baixo este é o seu palco, sua cena, todos estamos aí querendo o papel principal. Não hesite, quebre a perna e arrase nesses quinze breves minutos de fama aos quais você tem direito na vida.
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Postado por Camila Oliveira Santos
13/10/2015 às 09h58
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A Frustração de Um Escritor
Houve um tempo em que fingi não me importar. Achava até natural aquela pulguinha me cutucando o cérebro, indo e voltando a todo momento pra nunca me deixar de verdade. Falo sobre o que deve sentir um escritor ao menos um milhão de vezes durante a vida ao esquecer, num relance de distração, a história perfeita que começou a se formar em seu amâgo e morreu antes mesmo de ganhar nome.
Se o defunto tivesse lugar no cemitério da memória tudo bem, mas não! Insiste em virar fantasma para nos atormentar com seus resquícios do que podia ter sido um conto genial dos últimos tempos da última semana. Sempre pensamos isso ao amargar a perda. É impossível! Não acontece só comigo de perder aquela frase perfeita que quando chega até o papel, deixou verbos de ligação pelo caminho e ficou incrívelmente estranha. Sempre tem alguém pra dizer que ficou ótima, mas você sabe bem lá no fundo que quando pensou não era assim que soava.
Como pode ser possível tal castigo? E quando achamos a frase perfeita na boca de outro e pensamos de imediato que poderia ter sido nossa... Era nossa! Ele roubou... Enfim, amo o que faço com seus infernos e céus. Pois não escolhemos escrever, apenas acontece num belo dia, ao transformarmos ideias em frases, frases em histórias, histórias em cenas ou o processo contrário. Não importa, abençoado é o escritor com seus momentos de purgatório e graça, realizando secretamente desejos e visitas a mundos improváveis para os quais não fomos convidados, rompemos em invasão.
Por isso todos os dias neurótica, frustrada e abençoada eu acordo, levanto e observo... Sento, penso e escrevo um pouco mais.
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Postado por Camila Oliveira Santos
28/9/2015 às 04h49
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Retrocedendo a Vida!
O tempo nos trouxe até aqui. Todos nós sem distinção, apesar de ousarmos em defini-las. É tão estranho, tantos rostos se movendo para frente enquanto muitos nem sabem realmente o porque. Queria ter a chave do universo ao menos pra essa resposta... Por que caminhar rumo ao desconhecido com tanta força e violência se nem ao menos estaremos lá para brindá-lo ou degredá-lo com a força de nossos pés?
É, realmente é estranho... Mas seguimos e nem todos são assim, seguindo devagar o bastante para retroceder e enxergar as verdadeiras ações que regem o universo de forma equilibrada e soberana. Retrocedendo rumo ao passado perdido há muito tempo, tão longe que não possa ser lembrado, nem sequer foi visitado. Indo e seguindo em busca da verdade que desconhecemos.
Sendo assim, olhares jamais se cruzaram, corpos jamais se esbarraram, nunca se amaram. Mãos deixaram de se tocar, arranha-céus não foram construídos, carros não foram inventados, o céu continua azul como da primeira vez que brilhou. Tudo está intocado, perdido no que foi e no que nunca será. Envolto em mentiras e verdades, consequências e perdas.
Até que não haja mais nada. Depois do caus, silêncio e virgindade. Tudo retrocede e pára quando o primeiro ser vivo da Terra está prestes a abrir os olhos... E você... Se tivesse o poder, nos contaria a história da humanidade novamente?
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Postado por Camila Oliveira Santos
16/9/2015 às 10h11
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Você Já Foi Feliz Para Sempre?
Você já foi feliz para sempre? Falo daquela sensação de euforia que toma conta do peito. Primeiro com ansiedade, depois satisfação por aquele momento estar existindo, para completar com o desejo de que jamais acabe.
Sim! Com certeza você já foi feliz para sempre... Na infância, perto de ganhar alguma coisa importante. Quem sabe no Natal ou Dia das Crianças. Eu fui feliz nesses dias e em muitos outros mais, e haja coração e respiração quase explodindo desmedida. Como amava isso!
O tempo passou e aqui estou eu, nem tão eufórica, nem tão ansiosa, mas esperançosa por cada novo dia em que eu possa ser feliz para sempre. Fui feliz assim nas formaturas, nos casamentos e festas de despedida. Aquela cena que podeira se auto congelar no tempo e o The End entraria para subirem os créditos. Mas graças a Deus não é assim, existe um outro dia para consertar, para errar, para viver e de novo ser feliz acompanhando o anoitecer até o último suspiro de vida preguiçoso do sol.
Talvez seja isso mesmo, talvez viver cada dia seja ser feliz para sempre. Tentando na incrível habilidade contida em nós ser alguém melhor.
Ai, ai...
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Postado por Camila Oliveira Santos
16/9/2015 às 09h49
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Selvageria Nunca Sai de Moda
Selvagem - Ser em estado primitivo que não conhece regras e nem sabe se servir delas. Como é possível isso estar presente no ser humano até hoje? Porque no período inicial, selvageria podia ser até tolerada, mas era função do indivíduo pensante evoluir. Isso foi alcançado em parte com muita dor, sangue e pasmén, selvageria. Porém, alcançamos um patamar onde esse tipo de atitude deveria ser abolida e hogerizada por todos.
Mas não é o que acontece em quase qualquer sociedade existente no mundo, vista como está a situação de tantos países e civilizações que se dizem cultos, esclarecidas e em plena ascensão. Pois do que adianta tantas descobertas tecnológicas, tantos estudos e curas quando simples problemas de fome e tolerância não são resolvidos?
A corrupção, uma forma elegante de selvageria. A destruição dos registros iniciais da humanidade por ignorância e a debandada de um povo que não pode estar em paz na sua casa. Tudo é resultado selvagem daqueles que não compreendem seu próprio espaço, quem dirá o do próximo! Elementos que perderam a relação com o mundo e nada mais lhes restou a não ser selvageria. Perpetuando algo que deveria estar extinto da alma humana.
Pobres serão os homens que descobrirem no fim que não foram nada, apenas selvagens.
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Postado por Camila Oliveira Santos
5/9/2015 às 06h34
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Me Esqueci de Envelhecer!
Quem foi que soprou o vento?
E esqueceu de me dizer.
Quem foi que espantou o tempo?
E inventou de envelhecer.
Do dia soprou-se horas,
Formou-se semanas,
Deu-me meses...
Quem foi que espichou o tempo?
Quem disse que era agora?
Gritou marchando já!
Quem foi que inventou o cento?
Desses que vem com o vento,
E esqueceu de me dizer.
Segue teimoso e lento,
Se esqueceu de me esquecer.
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Postado por Camila Oliveira Santos
15/8/2015 às 05h55
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As Três Adolescências do Cinema
O mundo pode tremer, se agitar, até explodir. Mas ele nunca estará livre dos jovens, hoje conhecidos como os aborrecentes adolescentes. É ele, foi ou será você o incompreendido da vez, pelo menos uma fase da sua vida. E o engraçado é que você entenderá mais do que a maioria sobre moda, música, vida... Enfim, os novos ares que habitam o universo e o deixam mais interessante, menos inquieto, renovado por um segundo.
No cinema não é diferente. E se três décadas existiram, três também foram os estilos de adolescentes na telona. Em 1980, John Hughes decidiu que jovem deveria curtir a vida adoidado, não só como bad boys e mocinhos, mas juntos num clube dos cinco, com gatinhas e gatões, garotas nota mil e de Rosa Shocking. Porém independente de tudo, eles se divertiram e aprenderam, ensinando no simples gesto de levantar a mão para o alto, após um castigo que tirou o Sábado, que valia a pena e a vida continuaria.
Na década que se seguiu, eles estavam mais representados na pele de universitários e seguiam agora com a sociedade dos poetas mortos, queriam se formar com mérito, com honra, literalmente caindo na real. O pânico surgia para aterrorizar e matar de curiosidade até os que sabiam o que eles fizeram no verão passado. Meio sério, meio bobo e complicado assim dez anos se passaram.
Finalmente nos anos 2000, os valentões caíram em desuso e os nerds agora tem o seu lugar de destaque sem levar a pior das líderes de torcida e jogadores do time de droga nenhuma (o valentão mór acompanhado dos dois idiotas figurantes atrás). Agora eles culpam as estrelas, vivem correndo atrás, admiram monstros brilhando no crepúsculo e até veem as vantagens em ser invisível... Essa garotada! O que mais faltam fazer?
Não importa o quanto descordemos ou recordemos, é esse tipo de filme que sempre marcará época com suas músicas, seus amores, de liberdade e ensinamentos. Então capitão, meu capitão carpe diem e viva a adolescência!
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Postado por Camila Oliveira Santos
14/8/2015 às 04h33
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O Universo Dentro de Mim
Desculpe-me se preciso ser Lola, Marina, Ana e Juliana. É que o universo em minha cabeça expõe seus mundos de repente me obrigando a pintar, às vezes, a Torre Eiffel de azul, a povoar a Terra de monstros, seres mágicos, soldados e heróis.
Esses planetas tem vontade própria, num momento são letra, no outro são frase, logo página...
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Postado por Camila Oliveira Santos
1/5/2015 às 03h16
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Escritores
Escritores são póstumos, acham que sabem tudo em vida,
Coitados só saberão na morte,
Quem sabe o alimentem o ego com um pouco de sorte,
Pois de escritores a Terra está cheia.
Dos endinheirados e cosedores de meias.
Inventores que tudo escrevem, a todos observam,
erva - daninha da boca em forma de pena.
Pior que soltar palavras ao vento, as registra em papel.
Seriam proveitosos apicultores, colhendo favos de mel.
Miseráveis são de bom sinal, pra alcançar famigerado talento.
Que este seja banido e morra de fome,
o desgraçado de mais puro veneno
que escorre-lhe das vísceras cerebrais até o punho.
Dá ao mundo sua mordida fatal, desfaz o pensamento de gente puritana,
coloca na cabeça a arte mundana, satisfaz com palavras o teu calor.
Malditos são os escritores, que em vida querem dominar a Terra com idéias,
quando conseguem estão mortos, deveriam estar guardados em férias.
Comportamento das transformações causadas,
para pagarem até com as artérias,
estão mortos só nos corpos, estão vivos nascendo em raças,
construtores de cenas desgraçadas, mariposas voando, num livro em traças.
Mila Olivier
Como nem todos entenderam o poema, decidi colocar em anexo a explicação que postei no texto crítico do Gilberto Antunes Godoi.
Olá, Gilberto! É a Camila Oliveira, ou melhor Mila Olivier, só vim para esclarecer meu texto (poema) e as circunstâncias em que o criei. Primeiramente, sou escritora como você, tenho um livro publicado "A Madame que Colecionava Jovens", à venda pela editora Buriti e participo de muitas antologias e publicações por aí. Com esse poema ganhei dois concursos literários e minha intenção não é de forma alguma denegrir o escritor e sim usar o tom irônico para exaltá-los. Escrevi esse texto após assistir o filme "Lope" que retratava a vida do dramaturgo espanhol Lope de Vega, um escritor que não era reconhecido, pois escrevia sob encomenda dos poderosos que não sabiam escrever e assinavam suas obras. Ótimo filme com Selton Mello e Sônia Braga. Mas você tem o direito de opinar, só gostaria de deixar claro que amo escrever mais que tudo, se você me conhecesse saberia disso, que a inspiração vem de todos os cantos e por trás das produções sempre há um motivo e uma história, assim como você teve uma motivação para escrever essa crítica. Abraços!
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Postado por Camila Oliveira Santos
1/5/2015 às 02h07
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Julio Daio Borges
Editor
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