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Terça-feira,
17/7/2018
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Tempo & Espaço
O verbo líquido liquida a palavra
Aquele que se rende à água e se torna renda viva para teus olhos
Poema-sonrizal
O que se dilui na água
Concomitente(mente) efervescente
Substância
Sub instâncias
(Di)stâncias
Distância de si para si
Água & Espuma
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Postado por Metáforas do Zé
17/7/2018 às 08h52
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Mão única
Filosofia não é vacina & Poesia não é uma sina
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Postado por Metáforas do Zé
15/7/2018 às 19h04
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PRESSÁGIOS. E CHAVES IV
Na minha rua morava o adivinho,
contando estórias de oceanos e barcas.
Olhando o céu, ele dizia o futuro.
Leques de palmas. Carruagens de sol.
Sob os astros, era eu personagem das visões.
Sob os astros, meu corpo tornou-se alvo da guerra.
Ante a proa dos couraçados, trancava-se a casa.
Fechava-se o dia. Enclausurava-se a vida.
Dividindo a cena, a esquiva do olhar.
O mago previa a passagem dos cometas.
E as coisas que eu já sabia de mim.
(Do livro Travessias)
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Postado por Blog da Mirian
14/7/2018 às 10h02
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Shomin-Geki, vidas comuns no cinema japonês
Tendo como grandes nomes os diretores Mikio Naruse e Yasujiro Ozu o Shomin-Geki surgiu a partir do estilo Gendai-Geki, que trazia uma visão moderna da civilização e da cultura japonesa. Já partindo para o Shomin-Geki, os diretores trouxeram enredos mais próximos da população japonesa, explorando histórias vividas pela classe baixa. Porém, tanta simplicidade impedia que filmes nesse estilo chegassem a grandes públicos, embora fossem muito populares no Japão durante os anos 30, sua simplicidade, muitas vezes, poderia ser monótona, com cenas longas ou lentas, muitas vezes focando edifícios para que o espectador possa apreciar o lugar.
Nos últimos dias o Centro Cultural São Paulo tem exibido filmes na mostra “Shomin-Geki Cinema, a família segundo Ozu, Naruse e Kore-eda”, que reúne filmes de diretores consagrados, como os mencionados, e novos diretores, como Miwa Nishikawa. Confesso que não conhecia esse movimento do cinema japonês, já tinha assistindo alguns filmes mais recentes do Kore-eda, devido ao meu interesse na cultura japonesa em geral, mas nem imaginei que havia algum segmento. Fui assistir ‘O Que Eu Mais Desejo’ (Kiseki, 2012), de Hirokazu Kore-eda, onde o diretor nos apresenta dois lados da vida, através de dois irmãos que vivem distantes depois da separação dos pais. O mais velho vive com a mãe em um lado da ilha Khyusu, enquanto o mais novo, do outro lado da ilha, mora com o pai. Enquanto o mais novo vive de uma maneira quase independente, o mais velho anseia em unir sua família novamente, embora esse desejo pareça improvável, sua esperança aumenta ao ouvir, na escola, que um desejo formulado no cruzamento de dois trens em alta velocidade se realiza. Então sua jornada começa e toma a atenção do espectador, com uma busca tão sincera no desejo de uma criança, sendo descrita com a simplicidade e sutileza que só poderia ser atingida por Kore-eda.
A mostra “Shomin-Geki Cinema, a família segundo Ozu, Naruse e Kore-eda” vai até o dia 14 de julho e terá mais uma sessão de “O Que Eu Mais Desejo”, além de “Pais e Filhos” (2013), “Era uma Vez em Tóquio” (1953) e alguns outros, e a entrada é gratuita.
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Postado por A Lanterna Mágica
11/7/2018 às 21h00
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Con(fusões)
Luz com luz Vento com vento Água com água
Imperceptível(mente) Fundem-se num Só corpo
Assim como A palavra e a coisa A coisa e a palavra
Razão e espírito O verbo e o corpo Tal consta Em antiquíssimo Preceito bíblico
Água com água Entre tapas
Vento com vento entre assobios
Luz com luz Ante o choque De reflexos
Assim como Numa peleja De facas Mas, sobretudo Em silêncio
Onde se estampa No inconfundível Brilho logo Abaixo de Teus cílios
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Postado por Metáforas do Zé
6/7/2018 às 10h36
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Ocaso
Apesar das
7 cores 7 notas 7 chaves
o acaso do acaso é a causa dos acasos
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Postado por Metáforas do Zé
1/7/2018 às 11h28
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PRESSÁGIOS. E CHAVES I
Pesadelo? Ou rumor da noite obsedada
pelo vento? E aquela substantiva imagem
dos fantasmas engolindo a casa. E emperrando
as chaves. À luz do dia, as portas cerraram-se
sob a tempestade, sufocando telhado
e paredes. Ao fogão, desceram
ameaças de estranho augúrio
a extinguir o fogo.
Matando a fome de pão, a sede das águas.
Dentro da mala, autogerava-se o mar
conduzindo a trégua, possível.
(Do livro: Travessias)
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Postado por Blog da Mirian
30/6/2018 às 11h42
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Sob o mesmo teto
Todos Desenham As mesmas Casinhas Sol E nuvens E a aquarela Está Completa
Todos Escrevem Ou Se Transcrevem Em Suas E mesmas Mágoas, E o diário Sempre Exerce Sua Função Aliviadora
Como Diria Anne Frank O “Papel É Paciente”
Quiçá Diluente Ou Absorvente
O sol É para Todos E os Papéis Também...
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Postado por Metáforas do Zé
21/6/2018 às 10h54
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O alívio das vias aéreas
Afetações Do tempo Ou, aluviões De sonhos
Mosaico De cacos De Imagens Perdidas
Repetem ou
Ricocheteiam A cada Instante de Cada Passo
Na Memória Ou Na língua
Por isso, Preciso Livrar-me Das teias
Do tempo,
Assim como O céu Se livra Das nuvens
Ou As Nuvens Se desfazem Dos céus
Nuvens São O Muco Das Mucosas Celestes
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Postado por Metáforas do Zé
19/6/2018 às 10h50
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PRESSÁGIOS. E CHAVES II
Eclipse? Ou noite alucinada irrealizando
as viagens? Afogando-se no porto, o sangue
dos navios sufocando as próprias artérias.
Iniciado o êxodo, tardia fizera-se a voz
do viajante, convocando camelos.
Em estações de penúria apodrecendo
o trigo, da extinta luz irromperam
espectros exalando urina e enxofre.
Em distâncias, corria a fuga dos dias.
Sete pragas. Sete anos. Sete Mundos.
Eu viajei todos os mares do exílio.
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Postado por Blog da Mirian
16/6/2018 às 09h34
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Julio Daio Borges
Editor
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