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Segunda-feira,
20/3/2023
Blog Feitosa dos Santos - Prosas & Poemas
Antonio Feitosa dos Santos
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Nem o ontem, nem o amanhã, viva o hoje
Quanto mais corremos, mais a linha final a ser cruzada se aproxima. Vá devagar e sempre, assim o caminho te parecerá mais alongado e você poderá, vez por outra, contemplar as flores.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
20/3/2023 às 21h57
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Humanidade do campo a cidade
Joga na terra e a rama nasce, E Bem dito, diz-se da batata, Há pessoas assim. São muitas, Isso a minha mente relata, Veio ao mundo, viveu sem viver, Não aprendeu a aprender, Além do açoite de uma chibata.
Vida contemplativa e pacata, O verde, o zumbir dos ventos, O sol no lombo do espinhaço, À noite o corpo ao relento, A chuva que vem, mas não vem, Dos outros vê e ouve desdém, Desmilinguido corpo sonolento.
Expor a miséria é meu intento, Os que não retiveram a educação, Não senhor, eu nunca aprendi, Me faltou no tempo a instrução, Desde pequeno muito trabalhei, Nas casas da roça o pai era o rei, Filhas e filhos viviam a escravidão.
Não há diferença na comparação, Do homem que se diz urbano, Aquele que desenvolveu o intelecto, E no conceito sapiens passou o pano, Enveredou-se nas ruelas do egoísmo, Banhou-se na lama do racismo, Escondeu-se no obscuro dos humanos.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
10/3/2023 às 21h19
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Assim criamos os nossos dois filhos
Em um período não muito fácil fomos pais de dois filhos, com um intervalo de dois anos e sete meses de um para o outro. Marinheiros de primeira viagem, pegamo-nos a pensar, qual seria a melhor maneira de criar as crianças. Eu e minha esposa sempre conversamos muito sobre muitas coisas, logo nos deparamos a falar da educação dos nossos dois filhos. Algumas coisas copiaríamos dos nossos pais, logicamente aprimorando-as, porque o tempo já não era o mesmo da nossa época de criança. Cuidar e educar dois filhos no Rio de Janeiro, com os pais trabalhando oito horas diárias, não é um exercício fácil. Lembro que uma das coisas que conversamos, foi o de esticar a corda, sem jamais soltar a ponta ou seja dar liberdade sem tirar o limite. A liberdade para uma criança tem limiar, isso é necessário porque na vida nem sempre podemos e nem sempre será como queremos. Minha mãe falava: vontade dá e passa. Isso aplicamos aos nossos filhos sem pestanejarmos. Tínhamos a convicção de que ao dizer sempre sim a eles, um dia ao querer dizer não, já não teria efeito. Aos poucos íamos mostrando que o mundo não é condescendente com ninguém. Ao mesmo tempo que ele dá, tira. Alertávamos para que eles estivessem sempre prontos para as boas oportunidades e procurassem ser polidos no trato para com os outros. Esclarecíamos que a vida é uma dádiva de Deus, o tratamento devia ser igualitário para todos, ninguém nasce bonito, feio, rico ou pobre porque quer. São fatos impositivos à vida. Ensinávamos que há um tempo para cada coisa: brincar, estudar e trabalhar, se a gente dividisse direitinho, ainda sobraria tempo. Esses filhos queridos aprenderam que um simples olhar tem um significado extraordinário, assim bastávamos mirar para que eles entendessem a mensagem que queríamos passar. Foram crescendo e fomos aumentando o nível da comunicação familiar. Mostramos que em nosso trabalho tínhamos que cumprir normas, aceitar as tarefas que nos eram confiadas e que nem sempre o que fazíamos era o que desejávamos fazer. A criança quando não orientada devidamente é como um barco à deriva, que ao sabor dos ventos, dificilmente atracará em um porto seguro. Hoje nossos filhos são casados, pais e bem sucedidos naquilo que se propuseram a fazer. Tiveram a liberdade de escolher suas profissões. Não interferimos em suas escolhas, coube-nos orientá-los, a tomar o timão e navegar as águas por eles escolhidas. Que os bons ventos os levem a muitos portos seguros em seus navegares. (04/02/2023)
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
4/2/2023 às 15h07
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Compreender para entender
Não é razoável tentar explicar política e religião a quem não está disposto a ouvir, analisar, questionar e compreender as diversas variáveis destas disciplinas. Compreender é a base da liberdade que tanto sonhamos.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
4/2/2023 às 10h48
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O que há de errado
Sempre bate uma saudade, Da minha infância querida, Das peraltices engraçadas, Folguedos da minha vida.
Etapas foram vencidas, Desde quando fui criança, Passei pela adolescência, Carregado de esperança.
Trago na minha lembrança, Alegrias de um passado, Onde criança era criança, Ninguém vivia assustado.
Hoje, seres indignados, Sem saber qual a razão, Faz-se coisas por fazer, Sem nenhuma convicção.
Flor da pele a emoção, Da massa humana na terra, Não há prazer no diálogo, Confusão, barulho e guerra.
Assim o progresso emperra, Não vamos a lugar nenhum, Se todos perderem o bonde, O poço é um lugar comum.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
3/2/2023 às 16h03
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Promessa da terra
O relâmpago riscando o céu, Na serra o trovão se redobrava, A chuva caindo aos borbotões, E a terra enxuta se molhava.
O cheiro da terra levantava, A brisa o tangia aos recantos, Logo as sementes brotavam, A noite piscares dos pirilampos.
Para as crianças um espanto, Aos adultos coisa da natureza, Nem o homem, mulher e menino, Produziriam essa singela beleza.
Esse é um ato de grandeza, Do Divino Pai, nosso escultor, Lá do céu, no trono bem sentado, Cuidando a terra do agricultor.
Ele em todo o seu esplendor, Um dia nessa terra há de voltar, Juntar toda essa gente honesta, E com Ele em seu reino descansar.
Eles convictos costumam rezar, Muita fé guardam em seu coração, Salve a família de fé e bem unida, Brava gente desse saudoso torrão.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
1/1/2023 às 10h17
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Alma nordestina, admirável gênio
Tinteiro, pena ou carvão, Lajedo, areia e o chão, Nada impede o aprender, Ele nunca se disse não, E assim ele foi pensando, A mente organizando, E puxando o cordão.
Do torniquete um lápis, Escrevinhava no chão, O lajedo era a lousa, Giz um pedaço de carvão, Treinava todos os dias, Sempre com a alegria, Lá pros lado do sertão.
Tornou-se um autodidata, Escrevia e lia em profusão, Leu os livros que achou, A outros ensinava a lição, O seu nome era aprendiz, Na cultura foi base e raiz, Indo do agreste ao sertão.
Escreveu muitos cordéis: Em meu tempo de criança, Também o vício da jogatina, Esses tenho na lembrança, Homem de inteligência rara, A honestidade lhe foi cara, A razão, a fé e a esperança.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
1/1/2023 às 09h56
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Nosotros
Do outro fica o recado, A você nariz empinado, Deixa de ser indolente, Não te deram educação? Questione a tua razão, Não fale o que não sabe, Não julgue sem ser julgado, Aprenda a ficar calado, Essa a verdadeira lição. Veja a corda em tua mão, Ela poderá ser esticada, Quando menos se espera, Bum. É uma queda danada, Assim, falamos aos demais, Aprendam a viver na paz. Não sabes ficar calado? Encare a tua vida defronte, Não seja tão arrogante, Veja o outro com cuidado.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
1/12/2022 às 10h39
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Berço de lembranças
O relâmpago riscando o céu, Na serra o trovão se redobrava, A chuva caindo aos borbotões, E a terra enxuta se molhava.
O cheiro da terra levantava, A brisa o tangia aos recantos, Logo as sementes brotavam, A noite piscares dos pirilampos.
Para as crianças um espanto, Aos adultos coisa da natureza, Nem o homem, mulher e menino, Produziriam essa singela beleza.
Esse é um ato de grandeza, Do Divino Pai, nosso escultor, Lá do céu, no trono bem sentado, Cuidando a terra do agricultor.
Ele em todo o seu esplendor, Um dia nessa terra há de voltar, Juntar toda essa gente honesta, E com Ele em seu reino descansar.
Eles convictos costumam rezar, Muita fé guardam em seu coração, Salve a família de fé e bem unida, Brava gente desse saudoso torrão.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
1/12/2022 às 10h37
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Não sou eterno, meus atos são
Ao falar de amizade, falo também da convivência com os nossos pares, isso quer dizer, aqueles com os quais cruzamos nas ruas, na vizinhança e pelos quais há de prevalecer o respeito, qualquer que seja o grau de apreço, que tenhamos a esses indivíduos, eles merecem toda a nossa consideração, ato que costumo chamar, amizade humanizada.
É fato, há uma falta de sintonia entre as pessoas, não só no nosso pais, mas em diversos recantos da terra. Conversando com o meu filho, que se encontrava na Alemanha, precisamente em Berlim, e ele me falava: aqui dentro (em casa) os nossos amigos são maravilhosos, nos acolheram muito bem, mas lá fora sinto falta do calor humano do Brasil, ainda existente nos nossos grupos, por afinidades ou profissionais.
Talvez eu refute, pouquíssimos grupos, de modo geral direi existia, no passado, longe vai a afabilidade dos brasileiros, uns para com os outros. Não mais nos reunimos para uma conversa, para um cafezinho ou mesmo para um almoço aos finais de semana.
Com o advento tecnológico da internete, a amizade escondeu-se por trás de uma pequena tela de celular e desses amigos lembramos apenas a fisionomia de muitos anos atrás. Talvez eu exagere no que estou a escrever, mas que esse distanciamento existe, ah! existe.
Houve uma deturpação dos valores nas amizades. Pessoas queridas foram afastando-se de tudo e de todos, vez por outra aparecem palavras desses na telinha que aprendi a amar e desprezar dependendo do momento protagonizado.
As pessoas estão desenvolvendo um comportamento que não condiz com aqueles que nos foram ensinados, como verdadeiros valores educativos, éticos, morais e sociais. Uma boa parte desses indivíduos, cultivam a deseducação, a birra, a agressividade, o ódio e o desprezo pelo próximo. Protagonizam horrores nas redes sociais e se acham donos da sapiência e da prerrogativa da verdade em detrimento do direito que tem o outro de agir segundo o seu livre arbítrio.
Percebe-se que há um certo descontrole emocional, um desequilíbrio entre a emoção e a razão, a incompreensão de que o direito de um acaba, quando começa o direito do outro. Sabe-se pois, que não devemos jamais ultrapassar o limite da razão. A amizade, nunca foi e nunca será a deixa para o abuso de quem quer que seja.
O respeito é o patrimônio maior de um indivíduo. É fundamental para a solidez do caráter humano e é primordial para a convivência saudável do coletivo social.
Com o advento político desse ano (2022), ficamos estarrecidos com o modus operandi das redes sociais e parte dos seus operadores. Insanidades apregoadas a regiões do território nacional e contra pessoas, sem limites e sem remorsos, sem a generosidade que sempre foi tão comum aos brasileiros.
O dom da palavra, a oportunidade do conhecimento, não requer passaporte nem há barreira instransponível ao acesso de outrem. Somos simplesmente humanos, detentores de defeitos e qualidades, buscando ou dando oportunidades a outros. E não preciso lembrar, sejamos ricos ou pobres, mais ou menos inteligentes, feios ou bonitos, poderosos ou não, todos têm um encontro marcado no cemitério, onde seremos enterrados ou cremados.
Leia-se em Génesis: faça-se o homem minha imagem e semelhança. Deus nos deu a liberdade para seguir o caminho da Luz ou o caminho das trevas, segundo as práticas dos nossos atos na vida terrena. Você decide, pense nisso.
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Postado por Antonio Feitosa dos Santos
1/12/2022 às 10h34
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Julio Daio Borges
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