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Terça-feira, 6/10/2015
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FRESCOR DE LA FEMME

Teus beijos
em ato concomitante
Presença constante

A um só tempo,
aguçam e
matam-me a sede

Orvalho sobre a relva

Os corpos
buscam a nudez
como u'a
forma de abrirem-se
às brisas,
entrelaçando-se
em ventos

Alquimia
da carne
em perfume

Sutil e denso
toque das
flores

Fogo brando
palpável

- Mas, me
perdoe
o pieguismo
exacerbado,
o presente descontrole
de lirismo,
pois não há
como negar:

- Mulher! és Divina.

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Postado por Metáforas do Zé
6/10/2015 às 23h51

 
A República na lona.

Eu acredito que o Brasil nunca atravessou um período tão turbulento, econômica e politicamente. O PT, o ex-presidente (graças a Deus) Lula e a Presidente Dilma estão totalmente desacreditados, embora o ex-presidente mande mais que qualquer um outro. Prévia de nova pesquisa aponta a popularidade da presidenta caindo abaixo dos 10% e a rejeição aproximando-se dos 80%.

A inflação já beira os dois dígitos. O último reajuste da gasolina vai repercutir em todos os demais itens de consumo,uma vez que tudo é transportado por caminhões. Quem vai aos supermercados encontra frutas legumes e verduras com preços estratosféricos. Os artigos importados sofreram um severo reajuste em consequência da desvalorização do dólar.

O desemprego aumenta a cada dia, já são milhões de desempregados, muitos dos quais sem acesso ao seguro desemprego, pelas novas regras baixadas pelo governo. Tudo indica que outros direitos dos trabalhadores serão cortados.

O comércio e a indústria estão praticamente parados e demitindo. Ao visitar ruas de casas comerciais no centro de Fortaleza (por exemplo), o que se vê são inúmeros vendedores na porta sem nenhum comprador no interior das lojas. O que ainda sobrevive são empresas que vendem produtos de necessidades básicas como alimentação e medicamentos. Para ilustrar, estive em um grande supermercado hoje, que faz promoções de frutas, legumes, verduras e carne as terças e quartas-feiras e que geralmente, nestes dias, estava superlotado; havia umas quarenta pessoas fazendo compras e os caixas estavam vazios.


Mas, se fosse somente isso, talvez nos uníssemos em prol de um Brasil economicamente forte. Mas a operação "Lava a Jato" mostrou um país que vive nos subterrâneos, nas podridões dos esgotos fétidos da corrupção. A indagação que se faz não é "qual político está ligado a ela?", mas "qual político não está ligado a ela?". Num eventual impeachment onde presidente e vice percam o cargo, quem assume é o presidente da Câmara que, pelas notícias veiculadas, está mais que enrolado na citada operação, isto sem se falar das contas na Suiça.

Mas,nos últimos dias, o Poder Legislativo também deu sua mostra de que está lá tão somente para defender interesses próprios. Os abutres devem ter pensado que há animais bem pior que eles. O PMDB mostrou sua horrenda cara fisiologista, capaz de devorar ministérios, secretarias, cargos em comissão. Em nenhum momento algum dos deputados se dignou pensar nos destinos do país. Cheguei a ficar com dó da Presidente, pela chantagem que estava sofrendo.

Resta-nos esperar que DEUS resolva intervir e que algo aconteça para que tenhamos a coragem de lutar pelo nosso país, pois, tudo que foi mencionado acima, parece não levar nenhum de nós a se revoltar contra tal estado de coisas. Não há, também, alguma liderança moral e eticamente forte o suficiente para organizar e levantar o povo. Aliás, não há qualquer liderança oposicionista.

SALVAI-NOS PAI.

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Postado por Blog de Expedito Aníbal de Castro
6/10/2015 às 16h42

 
Melhores presidentes do Brasil, parte 2

Continuando o post anterior, vamos por partes, da República nova até Fernando Henrique.
1 - Juscelino Kubitschek. Nosso maior presidente. Pergunte a qualquer político da situação ou oposição em quem Juscelino votaria e ouça a resposta: "no candidato do meu partido". Só não é unanimidade porque os extremistas rejeitam o legado progressista e liberal do político mineiro.
2 - Café Filho. Liberalização econômica. Uns dizem que cumpriu suas obrigações constitucionais, embora pairem certas dúvidas.
3 - Dutra. Desperdiçou a situação positiva que o Brasil vivia depois da guerra mundial. O eleitor preferiu não desafiar seu compromisso com a democracia.
4 - Jango Goulart. Presidente fraco, tentou impor posições minoritárias e não soube defender a república das ameaças golpistas.
5 - Getúlio Vargas. Legado duvidoso - embora seja difícil separar a figura de Getúlio ditador da de Getúlio eleito, confusão que existia no próprio. Meteu o Brasil numa crise institucional com o suicídio.
6 - Jânio Quadros. Nenhuma iniciativa positiva. Meteu o Brasil numa confusão ao renunciar.

Ditadores.

1 - Figueiredo. Passou o poder aos civis. Administrou mal a economia do país, mas como se viu em seguida, a incompetência não o distinguia.
2 - Castello Branco. Dizem que pretendia voltar à normalidade mas nunca se vai saber. O desastre econômico que se afigurava foi evitado.
3 - Geisel. Casuísmo econômico e político deram errado. Iniciou a abertura.
4 - Medici. A pior fase da ditadura. Teve tanto mérito em ganhar a Copa como em receber uma conjuntura favorável: nenhum.
5 - Costa e Silva. AI 5. Nada mais a dizer.

Volta definitiva da democracia.

1 - Fernando Henrique. Estabilizou a política e a economia após 3 décadas de crise. Criticar é mesquinhez.
2 - Itamar Franco. Iniciou a estabilização, talvez meio sem saber.
3 - Sarney. Péssima condução da economia. Normalização democrática.
4 - Fernando Collor. Afastado legalmente por desonestidade. Péssima gestão. Confisco e outras inconstitucionalidades. Sempre pode ter acertado alguma coisa por motivos errados.

Na parte final, o ranking completo.



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Postado por O Blog do Pait
6/10/2015 às 07h35

 
Atempo

Embora vividos,
revividos,
dissolvidos,
deglutidos,
metabolizados,
os princípios
sempre haverão
de ser
retomados

Quando esqueço
de que cada
passo é
o primeiro passo,
simplesmente
tropeço

O 1º passo
é a garantia
de eternidade

Graduação
daquele que
Sabe, ao
grau de
Eterno
Aprendiz.

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Postado por Metáforas do Zé
6/10/2015 às 06h30

 
carta aberta a Anete Guimarães

A conhecida palestrante espírita Anete Guimarães fez uma palestra em que critica os ateus, segundo ela, perigosos materialistas que podem destruir nossas famílias. A crítica é motivada pela noticia de que a Grande Igreja do Espaguete Voador abrirá uma sede no Brasil. Critico aqui o uso que ela faz da palavra ateu, sem entrar no mérito nem na polêmica dos comedores de macarrão voador.

No que discordo de seu discurso, cara Anete, é sua definição de ateu.
Quem são os ateus?
O dicionário esclarece: aquele que não crê em Deus.
Cito um ateu famoso, esclarecendo sua opção em suas próprias palavras:

"As religiões nunca serviram para aproximar os seres humanos. As religiões serviram sempre para dividir. A história de uma religião é sempre uma história do sofrimento que se inflige, que se autoinflige ou se inflige aos seguidores de outra e qualquer religião. E isto parece-me de tal modo absurdo que creio mesmo que o lugar do absurdo é por excelência a religião. () O mundo seria mais pacífico se todos fôssemos ateus.
José Saramago, As Palavras de Saramago - Cia das Letras."> Um ateu não é mau. Não é materialista. Nem ganancioso. Um ateu não deseja eutanásia, eugenia ou riqueza à custa da exploração alheia. Peço a Anete que reveja seu conceito, pois em uma palestra recente, falando sobre a Grande Igreja do Espaguete Voador, a cara colega (também sou médica) delirou. Ateu é simplesmente quem não acredita em Deus. alguns, como Saramago, apresentam excelentes motivos para sua opção.
Compreendo sua apreensão quanto ao grupo de cientistas ateus que representam uma influência forte para crianças e jovens, com suas idéias materialistas. Veja bem: idéias do Espaguete Voador, e não de todos os ateus do mundo! Seria o mesmo que condenar todos os cristãos pelas fogueiras da Inquisição!
Não entro no mérito da palestra, excelente, enfocando bem a necessidade das pessoas ditas religiosas serem coerentes em seu comportamento, sob o risco de serem contestadas em argumentos lógicos pelos seus filhos, coisa que aliás sempre aconteceu, independentemente de grupos que façam pouco das religiões. Muita gente se diz religiosos "não praticante", um absurdo, pois, se não pratico a religião, não sou seguidor. A outra hipótese, citada por Anete, é a hipocrisia. Convenhamos, a hipocrisia dos pais afeta mais o comportamento dos filhos que um grupo de gente estranha, pelo menos os pais estão em contato diário e têm como influenciar enormemente os pequenos.
Conheço algusn ateus que não cito porque não são famosos e não podem servir de contra exemplo. Posso citar um caso na contra mão de seu discurso, do escritor e psiquiatra Augusto Cury, que ao procurar dismitificar Deus, estudou a personalidade de Cristo e se tornou cristão.
Portanto, uma primeira categoria de ateu se apresenta: o ignorante. Ao estudar, percebe uma outra realidade e se converte, espontanamente.
O caso de José Saramago é outro, eu diria que é o da maioria dos ateus que conheço: é o indignado. Ele é genoroso, preocupoa-se com seus semelhantes e depara-se com um mundo hostil. Os personagens de seus livros são pessoas que enfrentam com dignidade as adversidades de um mundo caótico. Por exemplo, em Ensaio sobre a cegueira, uma cidade inteira é redimida da estranha doença que se abateu sobre eles pela única personagem que não foi afetada e que mostrou empatia pelo sentimento dos demais. Saramago estimula a solidariedade, do tipo que a senhora chamaria de caridade verdadeira.
Saramago é importante, famoso, rico. Nem sempre foi assim. O dinheiro não o deformou. ele é um ateu generoso que predere acreditar no ser humano, que pode consertar com amor o mudno caótico sem deus, porque ele raciocina assim "se houvesse um Deus, Ele não permitiria tanta maldade".
Há ateus generosos, que fazem o que é preciso ser feito, que amam, que oferecem auxílio a desconhecidos em dificuldades, apenas porque é o certo a ser feito,, afirmando "se eu estivesse no lugar dele, gostaria de receber apoio". Simples e coerente.
Sarmago investiu muito de seu dinheiro em cultura, incentivou jovens escritores, reconstruiu a cidade de Maputo destruída por uma inundação. e o escritor Mia Couto divulgou um depoimento tocante a respeito de como ele enviou um cheque vultoso e quando chamado para ser homenageado na inauguração de um posto de saúde construído com uma parte do dinheiro enviado parecia constrangido, e ficou comovido com o fato de darem ã construção o nome de um de seus romances, Levantado do chão.
Esse ateu Anete,e tantos outros, não cabe no saco de gatos onde a senhora os colocou, rotulados de "perigosos materialistas". Perigoso? Saramago? Não acredito. Perigosos, a meu ver, são os fanáticos religiosos, os fundamentalistas, os inquisidores, gente de mente fechada que chama cientistas de bruxos e queima gente viva, que "em nome de Deus" faz guerra. Espere aí. Deus disse "não matar"em todos os credos religiosos - Torah, Evangelho, Alcorão, sutras budistas e por aí vai.
Religiosos matam outros religiosos porque acreditam em um diferente livro sagrado. Nunca ouvi falar de um ateu que proclamando guerra para destruir os que acreditam em algum deus.
Fica o convite, Anete, para a senhora repensar sua definição. Amplie seu conceito de ateu. ao lado de quem só pensa em lucro e prazeres materiais, grupo em que há, sim, uma minoria de ateus em um universo de hipócritas, há outras categorias. Os desinformados, como Augusto Cury. Os humanitários inconformados, como Saramago, cujo coração amoroso sofre com o sofrimento do próximo e se desespera por não perceber lógica no discurso das igrejas oficiais.
Anete, você tem razão quando diz que os crentes devem setr coerentes e ter argumentos para responder a materialistas influentes o bastante para ordenar a matança de outros seres humanos. Ouso afirmar, no entanto, que os ateus humanitários serão os primeiros a combater tal comportamento.
Ateu humanitário? Sim, Anete, eles existem e são numerosos. Ateu não é sinonimo de malvado. Ateu significa apenas: aquele que não crê em um deus.

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Postado por Blog de Sonia Regina Rocha Rodrigues
5/10/2015 às 10h29

 
Dançando com o tempo no matadouro

Um romance de guerra? De ficção científica? Psicológico? Realista? Satírico? Autobiografia? Não dá para classificar um romance como Matadouro 5, de Kurt Vonnegut, publicado em 1969. Há de tudo um pouco na narrativa do escritor, que é daqueles autores que ficam na fronteira entre a literatura de ficção científica e a chamada literatura mainstream, assim como Philip K. Dick e Ray Bradbury.

Já no subtítulo, Cruzada das crianças, uma dança com a morte, há uma pista de que o romance é um libelo contra a guerra. A referência ao episódio em que crianças foram convocadas para lutar na época das Cruzadas, mas que acabaram sendo vendidas como escravas, acontece na própria fala do narrador. Os combatentes americanos na 2ª Guerra Mundial não passavam de crianças jogadas ingenuamente a uma luta que os levariam inevitavelmente a dançar com a morte. O protagonista da história, Billy Pilgrim, é um deles.

O jovem se alista para lutar na guerra e acaba prisioneiro em um matadouro na cidade de Dresden, na Alemanha. Acontece que o soldado tem um problema: está solto no tempo, ou seja, viaja no espaço temporal sem nenhum controle. Assim como ele está em um determinado momento na guerra, pode estar no instante seguinte com sua esposa e filhos, trabalhando como optometrista, ou então no planeta de Tralfamador, depois de ser abduzido, vivendo uma espécie de Big Brother em uma redoma de vidro com uma atriz pornô muito famosa, para delírio dos alienígenas. Portanto, sabe tudo sobre o seu futuro, inclusive a data de sua morte. Estão nesses pontos os toques de ficção científica, apesar de não ficar bem claro se a viagem é psicológica ou material.

No campo da realidade, a guerra é presença marcante. O protagonista (assim como aconteceu com o escritor na vida real), está em Dresden no dia do fatídico bombardeio, um dos fatos mais polêmicos do conflito, em que morreram por volta de 130 mil pessoas, mais do que na bomba de Hiroshima. "Coisas da vida", como diz a filosofia tralfamadoriana, frase repetida durante muitas vezes, sempre que há referências à morte. O livro foi uma catarse para o escritor, sendo que, na abertura, seu alter ego, Yon Yonson, faz uma viagem de volta à cidade alemã. É este o narrador da história, que faz reflexões sobre a guerra, inclusive sobre a Guerra do Vietnã, conflito no qual o filho de Pilgrim se alista.

A narrativa fluente é composta por fragmentos curtos, num tom de comédia e sem ordem cronológica, pois acompanha o vai e vem temporal do protagonista. Vale destacar também a participação do fictício escritor Kilgoure Trout, personagem presente em outras obras de Vonnegut, que escreve livros de ficção científica. Os argumentos de seus livros são uma atração à parte na narrativa.

O romance (que ganhou uma adaptação para o cinema em 1972) foi editado no formato pocket pela editora L&PM, com tradução de Cássia Zanon. Uma ótima oportunidade para o leitor conhecer um clássico do século XX.

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Postado por Blog de Cassionei Niches Petry
5/10/2015 às 09h01

 
Marcha Sobre a Cidade

O Grupo Um é uma das maiores iniciativas musicais já realizadas no Brasil. Formado pelos irmãos Lelo Nazário e Zé Eduardo Nazário, ele elaborou um som complexo e rico, sendo jazz de altíssima qualidade com um certo toque de ritmo brasileiro.

Com a estrutura típica de uma orquestra de jazz, eles bebem de muitas variações, como do free, do bebop e do fusion. Sua sonoridade é bastante livre e beira o estilo atonal, apesar de não ser um som extremado e manter bases relativamente fixas.

Mesmo com todo essa influência estadunidense, é fácil notar como há uma pegada brasileira, principalmente no ritmo e no uso de percussão. O talento individual fala alto em diversas vezes, como em longos solos de bateria e de teclado. Outra característica bastante presente é a do experimentalismo.

Marcha Sobre a Cidade foi o primeiro álbum lançado pela banda. Esse é um dos maiores trabalhos já compostos na música brasileira, tendo ficado durante certo tanto no ostracismo, tanto por não haver relançamento quanto pelo pouco conhecimento do público sobre essa banda. Além desse, a banda também lançou Reflexão Sobre a Crise do Desejo (1981) e Flor de Plástico Incinerada (1982).





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Postado por Blog do Carvalhal
4/10/2015 às 21h26

 
ENTÃO, BRILHA !

Com posição geográfica privilegiada, a Rua Guaicurus, recebe gente de todos os lugares e o movimento é intenso sempre. Muitos dos que circulam por essa região, estão à procura de seu comércio popular e meretrício barato. Em seu entorno, o viaduto que dá acesso à rodoviária e a vida pulsante de quem circula por baixo dele, trabalhadores e desocupados, tudo misturado.

Ela já foi o centro da zona boêmia de Belo Horizonte, mulheres de classe não passavam por lá. O local era reduto de Hilda Furacão, famosa prostituta que serviu de inspiração para o romance do escritor mineiro Roberto Drummond.

É também rodeada por vizinhos ilustres, como o Espaço 104, local multiuso de arte e bens culturais e o Museu de Artes e Ofícios, que abriga o universo do trabalho, das artes e dos ofícios no Brasil. Locais de referência que valorizam o hipercentro e resgatam a função simbólica de deixar nossa cidade, conectada com o resto do mundo.

Como parte de seu processo de redenção, a "via de má fama" mostra que também tem classe. No calendário oficial dos principais eventos, como a Virada Cultural, a cidade recebe programação diversificada com shows, teatro, dança, literatura e intervenções artísticas em diversos pontos da cidade e a Rua Guaicurus é um deles.

No carnaval é ponto de concentração de Blocos Caricatos que resgatam o lado lúdico da festa popular mais celebrada no Brasil. O lema de um dos blocos mais famosos é justamente o respeito "gente é pra brilhar".

Rejeitada, humilhada, muitas vezes ridicularizada e se nada disso conseguiu te derrubar ou ofuscar: agora é ordem, então, brilha !

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Postado por Blog belohorizontina
4/10/2015 às 12h51

 
Drummondiando Mário de Andrade

Antônio amava Judite, mas era noivo de Maria
que era amada por Juca:

─ Vestido azul! Estás linda, Maria.
─ Não preferes o rosa, Juca?
─ Azul no vestido. Rosa em teus lábios.
─ Antonio prefere me ver vestida de branco.
─ Por que sempre falas nele?
─ É meu noivo, como não falar?

Na mesma sala. O carrilhão toca seis vezes.
O céu escurece:

─ De vermelho, prima? Sinal de alegria?
─ Sim. Amanhã me caso e seguirei viagem com Antônio.
─ Não te verei mais?

Um ano depois, Maria retorna. Ansioso,
Juca espera um aceno amoroso. Na mesma sala,
hora do almoço:

─ O lilás te cai bem, Maria. Te aviva o semblante.
─ Sempre, reparas na cor das minhas roupas. Fetiche?
─ Não, o belo me atrai.

Dois anos depois. Hora da ceia. Maria vestida de preto.
Um licor após o cafezinho. Apaixonado por outra,
Juca se retrai.

─ Nada falaste do meu vestido, Juca?
─ Por que falaria? Enviuvaste?
─ No ano passado.

Juca não mais amava Maria, que agora amava Juca.
Apaixonado por Judite, Juca esquecera Maria
que no mesmo ano se casou com Simplício,
que só agora entrou nessa história de amor.

E o amor de antes ficou sem entender nada
dessa história antiga.

(Texto em torno do poema "Quadrilha", de Carlos Drummond de Andrade, e do conto "Vestida de preto", de Mário de Andrade)

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Postado por Blog da Mirian
4/10/2015 às 11h50

 
Dissecações

A solidão dá choque
A mais sólida de todas realidades
O que, até então,
me fez pensar que o aumentativo
de sólido fosse solidão

-Tão jovem, e tão só...

-Tão velho, e ainda acompanhado...

Os fantasmas se solidificaram
Esquecê-los é como
perder um pedaço do corpo

Os fantasmas são seu leitimotiv

Os fantasmas são sua SOLIDÃO.

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Postado por Metáforas do Zé
4/10/2015 às 08h13

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