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Quinta-feira,
12/4/2018
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Postado por Metáforas do Zé
12/4/2018 às 11h11
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Cenas do bar - Vladimir, o solteiro.
- Que cara é essa, Vladimir?
- Sua prima me deixou.
- Sério? Juro que pensei que vocês estavam bem.
- Pois é, eu também.
- Você andou aprontando?
- É...fico meio besta na hora do sexo.
- Ah, por favor, não venha me falar disso, eu tenho consideração pela Ana, minha prima, quase irmã.
- Não quer mesmo saber?
- Bom...Menos os detalhes mais picantes.
- Então, eu sou um cretino. Na hora h, falei o nome da Jussara.
- Puta que pariu, Vladimir!
- Cara, ela ficou muito puta.
- Com razão, né? Porra, Vladimir!
- Eu acho que...
- Ah, vai me dizer novamente que não consegue esquecer a Jussara.
- É...Tá difícil.
- Cara, pobrezinha da Ana, vou ligar pra ela mais tarde.
- Peça desculpas por mim.
- Nem pensar.
- Tá bom, tá bom, deixa pra lá.
- Mas e as outras? Não entendo como não deu certo com a Patrícia.
- Tinha bafo.
- Oi?
- É...acordava azeda, dava bom dia e o mundo apodrecia.
- Mas todo mundo acorda de bafo.
- Sim, mas não com a Eliza Samúdio escapando pela língua...
- Tá, tá. Mas e a Sandra?
- Masoquista.
- Como é?
- Na hora h ela falava: me bate.
- E você batia?
- Não, claro que não, você sabe, um de la Mancha jamais bate em uma mulher.
- E o que você fez?
- Larguei ué. Uma pena, estava quase gostando dela.
- Cara, talvez ela queria só uns tapinhas na bunda.
- Não mesmo. Ela me olhava com ódio....
- Tá, mas e a Jurema?
- Colocava o cotovelo na mesa.
- Só isso?
- E palitava os dentes.
- Só?
- Prendia os palitos nos dentes, ficava igual um vampiro, parecia o Temer, compreende?
- Ok, entendi. E aquela morena, a Sueli?
- Ah, nem me fale daquela guria.
- Porquê?
- Aquela desgraçada nunca esqueceu o ex-marido.
- Uai, mas você também não esquece da Jussara...
- Tá, tá, mas eu sou eu. E ela queria me transformar nele. Vivia falando "o Valter é isso, o Valter é aquilo, o pinto do Valter não entorta..."
- Tá bom, chega, já entendi.
- Cara, solidão é foda...Não conhece mais alguém pra me apresentar?
- Ah, me erra. Sinceramente, acho que você devia falar com a Jurema, confessar o erro, pedir desculpas, tentar uma volta.
- Não vai dar, ela está praticamente casada com o Arlindo.
- Aquele baixinho que trabalhava com ela na repartição?
- Ele mesmo. Estão juntos desde logo que nos separamos.
- Cara, mas aquele bicho deve ter bafo.
- Com certeza, deve acordar com gosto de merda na boca.
- Já viu ele jogando truco? Grita feito um porco. Imagina o escândalo que deve fazer na hora do sexo?
- Pois é, e limpa os dentes com fio dental, fica passando aquela porra de um lado pro outro, uma imundície.
- Porra, Jussara é corajosa.
- É sim...Mas acho que ela fala meu nome na hora H.
- Será?
- Tenho quase certeza.
- E o Arlindo deixa?
- Mete porrada nela, mas parece que ela gosta, vai entender.
- Situação difícil a sua, Vladimir.
- Pois é, Jussara sempre compreendeu o mundo melhor que eu.
- Saideira?
- Pede chope, o meu sem espuma.
- Agora me lembrei de uma amiga de infância, a Lúcia está solteira...
- Manda o zape, tô topando qualquer coisa.
- Com essa tem tudo pra dar certo.
- Porquê?
- Ela é surda...
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Postado por Blog de ANDRÉ LUIZ ALVEZ
12/4/2018 às 10h19
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Deu na primeira página...
Vedaram- lhe os olhos com a tarja preta do tempo
acusando seu atempo de irresponsável
criando- se o limite entre o adulto e o desnecessário.
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Postado por Metáforas do Zé
11/4/2018 às 10h08
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Palavra vício
A palavra não é amuleto
Amuleto é sonho in vitro
Palavra é semente
Esquece a palavra que ela se frutifica
Lustra a palavra que ela se desgasta
por incrível que pareça ela perde o brilho
Como as cores de u'a aquarela
arranja as palavras que elas se comunicam
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Postado por Metáforas do Zé
10/4/2018 às 17h37
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Sem troco
Despir-se do medo do desejo
é o mesmo que perder o medo do silêncio
Desejo e silêncio
faces da mesma moeda
Intransponíveis porém absorventes
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Postado por Metáforas do Zé
10/4/2018 à 00h10
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Libertarias
Seria u'a espécie de balcão de liberdades?
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Postado por Metáforas do Zé
9/4/2018 às 13h05
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A mandioca e o canário da terra
De uma Fábula Indescritível:
O Canto São Raízes Aéreas
Aos 4 ventos, em 4 cantos
E, a Escrita, Raízes Subterrâneas,
Que Por Seu turno Trabalham Em Silêncio...
Durma-se Com Um Barulho Desses
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Postado por Metáforas do Zé
9/4/2018 às 12h56
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Lua nova
Ao escrever um poema ganhava um dia O sol que despontava e os primeiros raios Iluminavam-lhe os descaminhos
Hoje os raios perderam seus atos reflexos E as letras, qualquer sentido Teve que aprender a caminhar com
Os próprios pés...
Com sol ou sem sol Com palavras ou sem palavras A iluminação se tornou Uma sombra
E a sombra O guia de Um suposto Caminho
Sem estrelas Tornou-se Mais Um Adivinho
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Postado por Metáforas do Zé
9/4/2018 às 10h56
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Máscara XI: Lua cheia
Volúvel e humana, minha vida te conduz
em comum acordo com tuas mutações,
crisântemo dos céus.
Abençoado círculo noturno,
tuas cavernas de pétalas nacaradas
escondem-me o rosto e segredos
sob teu solo onde São Jorge vitorioso cavalga.
E me protege dos perigos que conheço
E das ameaças que desconheço.
Porque a morte se apossa
de todos os lugares.
Pudera eu reter em pensamentos
tua serena luminosidade.
Pudera eu fazê-la visível
à luz do dia.
Pudera eu plantar nas ruas
essa máscara de rara flor.
Sempre noturna
Sempre iluminada.
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Postado por Blog da Mirian
7/4/2018 às 11h33
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Livre
Caiu Como Uma Luva...
Assim Como A
Meia Sai Do Pé,
A Palavra ou idéia Se Desloca Da Metáfora...
Descalça Caminhas Sobre A Relva
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Postado por Metáforas do Zé
7/4/2018 às 10h55
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Julio Daio Borges
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