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Páginas pautadas
No solo,
as asas são um fardo
e as pernas são asas...
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Postado por Metáforas do Zé
26/6/2019 às 11h22
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O grito da cor...
ou
A cor do grito...
O grito já não me assusta
O grito é o susto do não grito
O grito passa a ser o Grifo que grafo
pari- passo a cada pará- grafo.
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Postado por Metáforas do Zé
26/6/2019 às 10h56
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Oficina do diabo
Se a necessidade é que faz o gato pular,
na ausência de necessidade urge a falta da falta
ou, a falta de u'a necessidade,
o que faz a mente voar...
É quando pensar se torna coisa séria.
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Postado por Metáforas do Zé
24/6/2019 às 13h29
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Rosa dos ventos
A esperança
O desejo
O encanto
A tríade ou trilha
dos ventos...
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Postado por Metáforas do Zé
24/6/2019 às 12h27
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Pelagem de flor II: NEGRO
Nas manhãs nunca fora visto.
Nunca fora visto nas tardes do jardim.
Chegara o visitante notívago. Meu animal lendário
exibindo pelagem de negrume.
Da escuridão, ele chegara. Mas os hábitos
das flores noturnas não o queriam fúnebre.
Nem a madrugada em seu corpo
o queria temido.
Descendo-lhe o dorso de sombras,
o manto de narcisos luzindo sedas.
Luzindo texturas de carícia.
Ao bicho dos eclipses, as cores
da noite o faziam lânguido.
Acendendo-me desejos.
(Do livro: O camaleão no jardim)
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Postado por Blog da Mirian
23/6/2019 às 08h59
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Efervescências
O presente é incorruptível e inapreensível
No presente jaz o verbo
Mais que Porto & Mar são as areias que absorvem e em paz são absorvidas...
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Postado por Metáforas do Zé
17/6/2019 às 16h59
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Justoresoluto
O desejo obscuro fere apunhalando-me entre quatro paredes
O desejo a céu aberto
me con(fere) à resolução dionisíaca dos ventos
.......................
O que me leva às escrituras são as diferenças
Entre noite e dia; breu e luz
Passado e Futuro ...
Jaz então o presente inapreensível
Quando a caneta rola livre singrando papéis em branco
Assim como águas não guardam mágoas, os papéis não criam vincos
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Postado por Metáforas do Zé
17/6/2019 às 14h57
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A ver navios
Só com a coragem para o nada já se tem tudo
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Postado por Metáforas do Zé
14/6/2019 à 00h23
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Pelagem de flor I: VERMELHO
Em alameda livre, saltam meus cavalos
de carmim. Saltam com narinas afeitas
ao que vive ao redor da casa.
E ao redor dos limites do portão.
Eriçando a pele, meu cavalo de rosas
respira. Do mundo da fábula, chegou-me
este centauro de corolas abertas. Afoita cauda
correndo atrás do vermelho da crina.
À procura de pouso e fêmea,
meu cavalo do verão se olha
no lago das chuvas.
Lambendo a imagem desfeita,
ele ergue imenso falo. E a tarde
o amansa às horas de lascívia.
Do livro O camaleão no jardim.
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Postado por Blog da Mirian
8/6/2019 às 09h29
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Idade Mídia
A lente que foca é fosca
O que nos aproxima nos repele
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Postado por Metáforas do Zé
7/6/2019 às 11h08
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Julio Daio Borges
Editor
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