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Domingo,
31/3/2019
Mas, afinal, qual o futuro da TV?
Enderson Oliveira
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No dia 15 de março, a Universidade Federal do Pará sediou a palestra de Vinoba Vinayagamoorthy. Foto: Enderson Oliveira
Óculos que fotografam com apenas um click, possibilidade de escolher o ângulo da câmera em uma transmissão esportiva, envio imediato de fotos e edição em 'telas' criadas a partir de Realidade Aumentada, além de uma possibilidade gigantesca de troca de informações e conteúdos entre pessoas e veículos.
Este panorama é o que futuro - ou mesmo o agora - reserva para as Comunicações, em especial a imprensa e a produção de conteúdo colaborativo, principalmente na Televisão.
Isto e muito mais foi apresentado e discutido pela pesquisadora Vinoba Vinayagamoorthy, do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da British Broadcasting Corporation (BBC) de Londres, Inglaterra, na conferência “Habilitando Interações Mais Ricas: fornecendo experiências em multi-dispositivos conectados e sincronizados”, realizada no dia 15 de março, na Universidade Federal do Pará, em Belém.
A programação fez parte da Jornada de Cooperação Internacional da UFPA, realizada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) e da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer) da UFPA, com apoio do Núcleo de Inovação e Tecnologias Aplicadas a Ensino e Extensão (NITAE2) e Programa de Pós-Graduação Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior (Ppgcimes).
Na palestra foram apresentados diversos cases e alternativas que estão sendo testados pela BBC em Londres. Foto: Enderson Oliveira
Na palestra, Vinoba destacou que a TV passa por inúmeras e céleres modificações em grandes centros, como no Reino Unido e a passos mais lentos em outros países, como no Brasil e, mais ainda, na Amazônia.
Ela citou que a BBC, apesar de ser um veículo independente e não apresentar propagandas, justamente para evitar se atrelar a algum objetivo financeiro externo, investe maciçamente nas inovações tecnológicas como, por exemplo, oferecer a programação ao usuário em aplicativos, seja através da conexão direta à TV via tablets, por exemplo.
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Isto permite que os sujeitos possuam maior protagonismo na definição do que se assiste/ acompanha. Com o poder de escolha e personalização de seu conteúdo, passam a ter o que chamou de "experiência adaptativa". Indo além, tal possibilidade permite também aos veículos compreenderem mais facilmente os perfis dos públicos e, assim manter a cadeia de produção de conteúdo e instigar seu consumo.
Nesta cadeia, é fundamental também o feedback e atenção ao consumo de fato do público, que por vezes rejeita algumas iniciativas mais inovadoras e retoma algumas práticas mais antigas. Para isso, são aplicados testes que possibilitam a percepção do que o público nota e de fato consome da produção da BBC.
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Tudo isto ocorre porque, segundo a pesquisadora, o avanço tecnológico não se encerra em si próprio. É fundamental que as pessoas entendem o que utilizam e o porquê de utilizarem daquela forma. Só isto poderá de fato colaborar para a "evolução" na produção e consumo de novas alternativas na TV.
É justamente levando isto em conta que pode-se também ousar na forma de conseguir as informações necessárias, não apenas sobre audiência, mas de que audiência se busca/ se deseja investir.
Para isso, a BBC já disponibiliza conteúdos educativos e experiências lúdicas, muitas vezes baseadas na gamificação, que não somente atraem a atenção dos telespectadores, como também ajudam a traçar o panorama de consumo, algo bem mais possível na Europa e difícil de imaginar sendo aplicado logo no Brasil e na Amazônia.
Além da conferência, a pesquisadora ministrou o workshop "Gerando ideias para o futuro da TV" (Generating ideas for the future of TV). Foto: Enderson Oliveira
PERFIL
Vinoba Vinayagamoorthy é engenheira, com doutorado em Ciência da Computação pela University College London (UCL). Sua área de atuação é a pesquisa e o desenvolvimento de experiências sincronizadas em telas complementares. Tal atuação envolve a elaboração de protótipos para experiências de exibição de conteúdo e também estudos exploratórios sobre como os diferentes públicos podem reagir a esses conteúdos.
Por Enderson Oliveira
Postado por Enderson Oliveira
Em
31/3/2019 às 11h37
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