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Domingo,
14/3/2021
Canção do migrante
Antonio Feitosa dos Santos
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Enquanto se esconde o sol no horizonte, Meu corpo fica envolto numa saudade infinita, Da terra, do lugar e daquela gente querida, Lembranças que ao meu espirito visita. Bendito seja essa hora, que dá vida a minha vida.
Sinto falta e saudade do aconchego do campo, Da chuva que lá caia, do trovão e do relâmpago, Do barulho que fazia a água sobre a descida, O vento agitava as folhas, tangendo o pirilampo, Bendito seja essa hora, que dá vida a minha vida.
Ainda hoje eu sinto, cheiro do capim molhado, Nas manhãs de cada dia, pelas frestas o clarão, Levantava de mansinho, na manhã amanhecida, A janela entreaberta, inspirava no fundo o pulmão, Bendito seja essa hora que dá vida a minha vida.
Ouvia o galo da campina, dando voz a passarada, O orvalho sobre a folha, com o sol se dissipava, Das flores do cafezal, o perfume me convida, Nas veredas do plantio, sem medo eu caminhava, Bendito seja essa hora que dá vida a minha vida.
Ouvia o mugir do gado e o berro do carneiro, O relinchar do cavalo, num canto da pradaria, Num paraíso terrestre, os sons são de ouvida, As águas, o sol, as flores, as noites enluaradas, Bendito seja essa hora que dá vida a minha vida.
Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em
14/3/2021 às 15h52
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