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Segunda-feira,
12/10/2015
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Melhores presidentes do Brasil, parte 3
Finalizando a lista iniciada na parte 1 e parte 2, a lista completa dos 28 concorrentes. Para decepção de quem lê as colunas de opinião da Folha só para discordar, ficam fora de competição 3 nomes polêmicos.
Getúlio Vargas. 15 anos de ditadura. Hors concours.
Dilma Rousseff. Aguarda o final do mandato, se terminar.
Lula. O veredito da história deve aguardar o veredito dos tribunais.
1 - Juscelino Kubitschek.
2 - Rodrigues Alves.
3 - Fernando Henrique.
4 - Itamar Franco.
5 - Washington Luís.
6 - Prudente de Morais.
7 - Campos Sales.
8 - Wenceslau Braz.
9 - Afonso Penna.
10 - Nilo Peçanha.
11 - Delfim Moreira.
12 - Sarney.
13 - Figueiredo.
14 - Epitácio Pessoa.
15 - Café Filho.
16 - Dutra.
17 - Hermes da Fonseca.
18 - Jango Goulart.
19 - Getúlio Vargas (eleito).
20 - Castello Branco.
21 - Geisel.
22 - Arthur Bernardes.
23 - Fernando Collor.
24 - Jânio Quadros.
25 - Medici.
26 - Floriano Peixoto.
27 - Deodoro da Fonseca.
28 - Costa e Silva.
Está bom, dou minha opinião apesar de prematura. Todas as iniciativas consideradas positivas, e que eram mais ou menos consenso na época, como voto universal secreto e direitos trabalhistas, o ditador Getúlio Vargas fez aprovar mas nunca aplicou, usando de diversas artimanhas, pretexto, e golpes. A defesa do Estado Novo feita pelas esquerdas é especiosa, e sobra seu lado ditador. Se não estivesse fora de competição, Getúlio disputaria as 4 últimas posições.
Dilma Rousseff só pode ser comparada aos mais atrapalhados presidentes da República Velha, por volta da posição 17, fazendo a presunção de inocência para todas as acusações não transitadas em julgado. Com a mesma ressalva, chuto que Lula ficaria logo abaixo, talvez entre Jango e Getúlio eleito.
Completar a lista me libera para fazer o serviço que outros profissionais especializados e acadêmicos relapsos não fazem, além de escrever um artigo sobre controle adaptativo, que é minha obrigação.
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Postado por O Blog do Pait
12/10/2015 às 11h02
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Ainda sobre o outro
Escrevi na crônica anterior algo sobre não pensar no outro. No entanto, como escritor, estou sempre olhando, analisando e me pondo no lugar desse outro. A alteridade é importante para o escritor. Alteridade, palavrinha que me fez passar vergonha numa entrevista para entrar no mestrado em uma universidade federal.
Acredito que sempre somos o centro do mundo. O mundo gira a nosso redor sim. Mesmo quem pensa na coletividade, no bem comum, é solidário, na verdade é por uma satisfação pessoal. Sente-se melhor consigo mesmo quando vê a felicidade do outro. Não deixa de ser, portanto, individualista e egocêntrico.
Vejamos o sexo. É um ato individualista, mesmo que seja a dois, a três, a quatro, etc, e mesmo para aquele homem que fica se preocupando se a mulher vai gozar ou não. Ele o faz porque sente prazer em ver o prazer do outro.
Os políticos são individualistas (conte-me uma novidade, Cassionei!), mesmo aqueles que dizem pensar no bem comum. O caridoso também é individualista. Todos pensam somente em si. Quem me desculpem os que se dizem altruístas, mas não acredito no altruísmo.
Então, como ia dizendo, quando escrevo, olho para o outro. Sou um observador do outro. Analiso gestos, opiniões, atitudes, para assim ajudar a criar minhas personagens que, como vocês sabem, não surgem do nada. Há um pouco dos outros em cada personagem que invento, assim como há um pouco de mim. "Personagem", etimologicamente, significa "máscara". O escritor apenas mascara a realidade ou então tira as máscaras de quem as usa. Portanto, tomem cuidado comigo!
Toda vez que penso na palavra "outro", me vem à mente a novela O outro , da Rede Globo, e um poema do português Mário de Sá-Carneiro, que foi musicado pela Adriana Calcanhoto: "Eu não sou eu nem sou o outro,/Sou qualquer coisa de intermédio:/Pilar da ponte de tédio/Que vai de mim para o Outro."
A novela, escrita pelo Aguinaldo Silva, bebeu na fonte da boa literatura e do cinema que tratam do duplo, da possibilidade de haver um sósia de cada um de nós solto por aí, aprontando das suas e com o risco do original levar a culpa. O pior, ainda, é quando esse outro toma nosso lugar. O duplo , do Dostoiévski, William Wilson , do Poe e O homem duplicado , do Saramago, são algumas das obras literárias que trazem este tema.
Já o poema de Sá-Carneiro sugere aquele outro que gostaríamos de ser e não conseguimos. Aliás, na tentativa de ser outro, ficamos no meio termo, entramos em conflito com o outro eu, gritando no meio da ponte como na pintura de Edvard Munch, enquanto ignoramos os outros que estão atrás de nós, tentando nos ajudar ou nos prejudicar, depende da interpretação que se faz da pintura.
Ou seja, quando escrevo olho para os outros, porém, da mesma forma, para o outro que está dentro de mim.
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Postado por Blog de Cassionei Niches Petry
12/10/2015 às 10h53
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Receita para fazer seu orientador aparecer
Os doze trabalhos de hércules, o pesquisador
Hércules é um dos habitantes da cidade Universitária de Atenas. Ele é metade mortal e metade-aspirante à PH-Deus . Vive rodeado por PH-Deuses e imerso em problemas, de pesquisa. Ele é orientado por Zeus, o Deus dos Deuses, mas quem o orienta mesmo é Quíron, seu co-orientador, uma vez que Zeus vive em seus congressos no olimpo e (para sorte de Hércules) nunca aparece. Quíron é um centauro, mas para Hércules ele é um centauro. Junto com Jazão, Narciso, Aquiles e Orfeu, Hércules vive inúmeras aventuras em direção ao título de PH-Deus. Há quem diga que só Hércules tem condições de chegar à PH-Deus, isso, é claro, se ele sobreviver aos seus 12 trabalhos como doutorando.
Acompanhe a tira cômica do herói toda semana!
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Postado por Blog de Alex Caldas
11/10/2015 às 21h00
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Como fazer seu orientador aparecer? Veja tira
Os doze trabalhos de hércules, o pesquisador
Hércules é um dos habitantes da cidade Universitária de Atenas. Ele é metade mortal e metade-aspirante à PH-Deus . Vive rodeado por PH-Deuses e imerso em problemas, de pesquisa. Ele é orientado por Zeus, o Deus dos Deuses, mas quem o orienta mesmo é Quíron, seu co-orientador, uma vez que Zeus vive em seus congressos no olimpo e (para sorte de Hércules) nunca aparece. Quíron é um centauro, mas para Hércules ele é um centauro. Junto com Jazão, Narciso, Aquiles e Orfeu, Hércules vive inúmeras aventuras em direção ao título de PH-Deus. Há quem diga que só Hércules tem condições de chegar à PH-Deus, isso, é claro, se ele sobreviver aos seus 12 trabalhos como doutorando.
Acompanhe a tira cômica do herói toda semana!
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Postado por Blog de Alex Caldas
11/10/2015 às 20h58
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Devo evitar a qualificação de doutorado? Veja tira
Os doze trabalhos de hércules, o pesquisador
Hércules é um dos habitantes da cidade Universitária de Atenas. Ele é metade mortal e metade-aspirante à PH-Deus . Vive rodeado por PH-Deuses e imerso em problemas, de pesquisa. Ele é orientado por Zeus, o Deus dos Deuses, mas quem o orienta mesmo é Quíron, seu co-orientador, uma vez que Zeus vive em seus congressos no olimpo e (para sorte de Hércules) nunca aparece. Quíron é um centauro, mas para Hércules ele é um centauro. Junto com Jazão, Narciso, Aquiles e Orfeu, Hércules vive inúmeras aventuras em direção ao título de PH-Deus. Há quem diga que só Hércules tem condições de chegar à PH-Deus, isso, é claro, se ele sobreviver aos seus 12 trabalhos como doutorando.
Acompanhe a tira cômica do herói toda semana!
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Postado por Blog de Alex Caldas
11/10/2015 às 20h51
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Literatura e o gênero fantasia
O gênero de fantasia é um dos estilos mais dúbios e duvidosos que existem dentro da literatura. Isso porque aquilo que ela entrega em muitas casos não cumpre aquilo que sua proposta inicial diz, que é a de se aventurar por lugares e roteiros que sejam realmente inovadores e fantásticos.
Por princípio, o gênero fantasia deveria ser aquele que provê maior liberdade criativa ao autor. É quando a inventividade pode falar mais forte do que em qualquer outro, sem medo de atropelos, sem jamais poder ser taxada como exagerada.
Na literatura romântica, erótica ou policial, sempre há determinados elementos que precisam existir. Na romântica, tem que haver um casal apaixonado, na erótica tem que haver cenas picantes, na policial é preciso haver um eixo investigativo que prenda o leitor até a solução dos fatos. Já o gênero de fantasia é livre. Não há nenhuma regra prévia exceto o uso de criatividade. Bem, pelo menos deveria ser assim.
A humanidade contou com umas poucas dúzias de autores que realmente foram criativos nesses gêneros, como Isaac Asimov, J. R. R. Tolkien, Mary Shelley, Lewis Carroll, os irmãos Grimm, Lovecraft, Philip K. Dick, etc. Esses autores criaram esteriótipos narrativos de fantasia que se estabeleceram e se fixaram na mente do público leitor e dos novos autores, entrando de uma maneira tão forte que é pouco possível que se consiga sair dessa lógica.
Por isso que olhar lista de livros do gênero fantasia sempre vai parecer que se assiste a um apêndice de algum clássico da série, alguém que leu O Senhor dos Anéis e pensou "E se na verdade o Frodo fosse um adolescente em uma escola de soldados?", desenvolvendo a trama de um novo livro. Isso então gera uma espécie de paradoxo, pois o estilo literário que deveria ser o mais inovador acaba sendo um pastiche sequente de si mesmo.
O gênero fantasia é um dos que mais se aproximou do conceito de indústria cultural. Nos últimos anos, com o sucesso de adaptações cinematográficas como O Senhor dos Anéis e Harry Potter, além do mais recente fenômeno de Game of Thrones o público para essas narrativas tem aumentado, tanto que histórias desse gênero, principalmente aquelas com temáticas medievais, tem frequentemente entrado para listas de best sellers. Se for temática medieval com um adolescente em formação a chance de sucesso é maior.
É bastante evidente que a produção de histórias assim se adéqua a uma lógica mercadológica e os autores e as editoras pretendem atender a um público específico. Justamente por isso, a literatura de fantasia deixa de ser de fato fantasia, mas apenas retrata uma história de relações humanas que se passa em um território inventado. Não é de fato algo inovador, mas algo banal contando alguns elementos que não encontram apelo no nosso mundo factível.
Podemos pegar alguns clássicos do gênero para avaliar. Em Frankenstein, Mary Shelley promoveu uma avaliação sobre a relação do ser humano com a natureza, questionando se havia limites éticos entre sua capacidade de influenciar e domesticar o mundo querendo imitar Deus. Lewis Carrol em Alice no País das Maravilhas traça uma complexa e criativa fauna de seres que levam o leitor a um longo questionamento. Asimov levantou a relação entre homens e máquinas e levantou a discussão sobre as possibilidades dos homens serem dominados pelas máquinas. Foram autores inovadores e que conseguiram ir além do mero lugar comum.
A literatura de fantasia atual tem se prendido muito a um modelo próprio, focando-se em um público juvenil, muitas vezes com uma proposta de formação de novos leitores. Essa proposta é válida, mas ela não esgota todas as possibilidades, até porque inovação é necessária por mais que seja pouco palatável ao grande público.
Talvez seja esse o ponto em que a literatura de fantasia encontre maior dificuldade: não encontrar um público que consiga aceitar uma literatura que fuja de qualquer tipo de relação com o mundo factível. Uma obra de fantasia precisa de elementos que a aproximem do mundo tangível, até mesmo como forma de situar o leitor. Daí o herói derrotando o vilão, bem versus mal, a mocinha sendo salva e se apaixonando, o ajudante atrapalhado, o mago misterioso e todos os elementos que levam as pessoas a interpretarem aquela história e a tornam algo inteligível.
O gênero fantasia tem produzido quantidades consideráveis de obras. Porém, são livros que tem caráter muito maior de produto de consumo do que de arte propriamente dita. Os fundadores desse estilo conseguiram colocar seu nome na história da literatura. Aos que vieram em seguida, é pouco provável que seus nomes prevaleçam por mais de duas gerações.
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Postado por Blog do Carvalhal
11/10/2015 às 19h14
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Estrague sua vida que eu estrago a minha
Conheço pessoas que têm um aplicativo no celular que avisa onde há uma "blitz" policial. Não saem de nenhuma festa sem antes consultar o oráculo para poder fugir do bafômetro e de uma multa. Essas mesmas pessoas reclamam dos governantes, dos impostos, da crise, da violência, dos furtos. Inclusive têm medo de terem seus carros roubados. E, claro, esquecem que os bandidos também têm o mesmo aplicativo e que, por isso, também escapam da polícia depois de praticarem o roubo.
Conheço pessoas que, depois de ler este primeiro parágrafo, já estão tentando se desculpar, se justificar, vão tentar me atacar, achando que estão certos em burlar as leis. "Ora, bebo, mas não perco meus reflexos", "o limite de velocidade é muito baixo nas ruas da cidade", "não deixo meus documentos em dia porque os governantes só nos tiram dinheiro e sou apenas mais uma vítima da indústria da multa".
E o bandido, pergunto, também não seria vítima de algo, segundo os defensores do chamado "direitos humanos"? Não reclame, então, se te roubarem, afinal todos temos nossas razões, todos somos vítimas.
Por que estou escrevendo isso? Sei lá, estava pensando cá com minha xícara de café e meu cachimbo sem fumo: parei de beber justamente depois de começar a dirigir, pensando nas pessoas que estão comigo, nas pessoas que estão na rua, nas pessoas que estão em outros carros. Basta pensarmos no outro. O que eu faço tem consequência não só para mim. O problema é que só pensamos em nós mesmos, nos nossos prazeres, na nossa pretensa infalibilidade.
Minto. Penso em mim também. Na verdade, penso primeiro em mim. E só penso no outro que faz parte da minha vida. Como escreveu Luiz Felipe Pondé, no seu Guia politicamente incorreto da filosofia, "quando o 'outro' não cria problema, não há nenhum valor ético supremo em tolerá-lo." Que se dane o outro. Penso só no meu bem-estar. Se bebo, fico com meu estado mental alterado e não gosto disso. O pior é a ressaca do outro dia e, com ressaca, não consigo ler e escrever. E se não consigo ler e escrever eu não vivo. Sem literatura eu não vivo. A literatura é a minha cervejinha. Ela é que me embebeda.
Ah, mas é claro que bebi muito. É o que está louco para me dizer aquele que me conhece de carnavais passados, de boates todo o final de semana, do vinho ou do "samba" (mistura de cachaça e Coca-Cola) quase diário nas esquinas da vida. Costumo dizer: ainda bem que não existia facebook na minha adolescência. Postaria coisas de que estaria arrependido hoje.
Não estou julgando ninguém. Não tenho moral para isso. Critico, porém, quem julga os outros de forma hipócrita. Viva e arque com as consequências. Já dizia o ator Antônio Abujamra: "a vida é sua, estrague-a como quiser". Eu a estrago com a literatura. E com muito café também.
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Postado por Blog de Cassionei Niches Petry
11/10/2015 às 17h50
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Uma História da Tecnologia da Informação- Parte 12
Parte 12: Lembro aos leitores e leitoras que não leram Partes 1 - 11, que vocês podem acessá-las "clicando" no Mais Claudio Spiguel aí embaixo no rodapé do texto.
Além de publicar esta série no Digestivo Cultural, envio os textos para grupos eletrônicos dos quais participo assiduamente. Na Parte 11 da série escrevi que estamos nos aproximando do fim desta viagem fantástica, e recebi vários comentários lamentando que esse seja o caso... querem mais, e isso é confortante. Na verdade, como eu também escrevi na Parte 11, há muito mais a contar no tema, e estou pensando seriamente em usar esta série como base de um livro sobre o tema... graças ao retorno positivo de vocês, leitores e leitoras, portanto o meu muito obrigado. Alguns comentários recebidos incluíram perguntas específicas, portanto resolvi escrever esta Parte 12 abordando essas perguntas para não deixar nenhum "i" sem o pingo, e nenhum "t" sem o traço horizontal.
Um comentário continha a seguinte pergunta: "como é possível o meu computador estar ligado através da Internet a computadores de todo o mundo se só há um fio que vai do computador para o modem, e um fio só também do modem para a rede telefônica? " Bem... talvez a melhor maneira de visualizar o que realmente acontece é através da telefonia; o seu telefone, leitor, não tem uma linha física direta a todos os outros telefones do mundo, e, no entanto, você pode telefonar para todos eles. Quando você chama um certo número, o seu telefone é conectado a uma central (um computador chamado de "switch" ), que tem conexões com outras centrais com outros computadores "switches" , até que chega no computador "switch" ao qual está conectado o telefone que você está chamando, e só aí então uma conexão completa é estabelecida entre o seu telefone e o telefone chamado, através de todos os "switches" pelo caminho. É, de fato, o conceito de uma REDE.
TELEFONE ANTIGO, DE MANIVELINHA
Para tornar a visualização ainda mais clara, voltemos no tempo ao começo da telefonia, quando o telefone tinha apenas uma manivelinha, e em algum lugar da cidade havia sempre uma telefonista humana sentada na frente de um painel onde figuravam todos os (poucos) telefones da cidade (a telefonista e o painel formavam o "switch" da época). Quando você queria falar com alguém, você girava a manivelinha, e uma campainha tocava na sala da telefonista, e uma luzinha acendia junto a um furinho no painel rotulado com o seu telefone. A telefonista então estabelecia um contato com você fisicamente ligando um fone de ouvido no furinho com a luz acesa e você dizia a ela com quem você queria falar. Ela aí fisicamente conectava através de um cabo o furinho com o seu telefone com o furinho do telefone sendo chamado (da mesma maneira que era programado o ENIAC - veja a Parte 8) e o telefone chamado tocava e você estava então conectado ao seu interlocutor. Tudo isso era analógico.
TELEFONISTA E O PAINEL DE CONEXÃO
Uma vez digitizada a voz humana, e com os MODEMs (Parte 7) um computador "switch" substituiu o painel e a telefonista, e faz a conexão desejada através de um programa de software e as conexões de REDE existentes e disponíveis.
A Parte 11 tem ilustrações que mostram a evolução dos primeiros anos da ARPA-net, precursora da Internet, mostrando as conexões entre os computadores em rede; uma das características da Internet de hoje é o ALTO grau de redundância, ou seja, há uma miríade de caminhos para conectar o seu computador àquele que você está buscando, de modo a minimizar a dependência da conexão por qualquer computador específico. É por isso que é raro uma conexão falhar na Internet.
Um outro leitor comentou que a minha descrição e exemplos pareciam terminar no início dos anos 90, e portanto como é que eu dizia que havíamos chegado aos dias de hoje? O comentário falava até de jargões como Cliente-Servidor, Processadores Paralelos, e até o mais moderno "cloud computing" , ou Nuvem de Processamento. O meu esclarecimento ao leitor é que descrevi os três parâmetros FUNDAMENTAIS que definem o ambiente computacional de hoje: 1) a DISTRIBUIÇÃO da capacidade de processamento nutrida pela miniaturização dos componentes; 2) a DIGITIZAÇÃO das representações analógicas, principalmente da voz humana, fotos e filmes; e 3) a CONEXÃO entre os computadores por intermédio de REDES, principalmente a INTERNET. Após o aparecimento da Internet (1989) esses parâmetros continuaram evoluindo (um belo exemplo é o tipo de conexão entre os computadores, culminando com as conexões sem fio de hoje - Wi-Fi ), porém, nenhum OUTRO parâmetro fundamental apareceu para se juntar a esses.
O projeto de um sistema distribuído de processamento de dados envolve sempre duas questões fundamentais: 1) Em que computador reside que parte do sistema (no Cliente ou no Servidor, em que processador, em que ponto da Nuvem); e 2) Como é a rede de conexão entre esses computadores. Por exemplo, no sistema distribuído que eu divisei para datilografar, formatar, e imprimir a minha Dissertação de Doutorado (Parte 10) havia três processadores organizados em série: o IBM PC, o computador "mainframe" Amdahl, e o computador de controle da impressora XEROX 9700. A datilografia (elaboração, edição e armazenagem) do arquivo fonte ocorria no IBM PC; a formatação ocorria no Amdahl; e a impressão, na XEROX 9700. Por uma questão de marketing, os consultores na área de sistemas vão inventando aqueles jargões como se fossem coisas novas e diferentes, mas os princípios, os parâmetros fundamentais, são os mesmos.
Vários leitores perguntaram se há tradução para o Português do livro que sugeri no fim da Parte 11, "The Singularity is Near..." escrito por Ray Kurzweill.
Pesquisei e a resposta é não; o livro é disponível no idioma original, o Inglês. O livro tem um subtítulo sugestivo: "Quando os humanos transcendem a Biologia...". A mensagem do livro é a seguinte: nós, humanos, somos a primeira espécie viva a criar uma tecnologia (os computadores) que podem nos ultrapassar.
CÉREBRO HÍBRIDO - A INTELIGÊNCIA NATURAL, E A ARTIFICIAL
Além disso, será possível um ser híbrido entre a nossa Biologia, e a nova Tecnologia que será um ser superior ao humano de hoje.
O SER HÍBRIDO, NA CONCEPÇÃO DO "STAR TREK"
O momento em que isso acontecer, Kurzweill chama de "Singularidade", e como diz seu título, ele julga que ele está próximo. Nesse contexto convém lembrar Darwin: "Não é o mais inteligente, ou o mais forte que sobrevive, mas sim, o mais adaptado."
Acho que a Parte 13 será o Epílogo desta série. Tenham todos a certeza de ter consigo os seus pertences de mão....
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Postado por Blog de Claudio Spiguel
11/10/2015 às 17h19
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Primavera : a estação mais bonita do ano !
Estar perto da natureza é muito bom e na primavera esse prazer ainda é maior. As flores geralmente trazem um ar de alegria, romance e vida a qualquer ambiente. Quem não gosta de caminhar em um parque ou num jardim com aquele visual colorido e perfumado? Mais gostoso ainda é poder trazer a beleza das flores para dentro de casa, porém, sempre há dúvidas sobre o tratamento das plantas, quais espécies são indicadas, entre outras incertezas frequentes.
Segundo a paisagista e arquiteta Daniela Sedo, ter um jardim florido e bem cuidado é muito prazeroso, porém realmente exige cuidado contínuo, investimento em adubo, controle de pragas, além de um profissional qualificado para cuidar periodicamente das plantinhas.
Existem três opções de solução que ajudam quem não tem tempo, paciência ou mesmo dinheiro para cuidar de um jardim: para pessoas que gostam de ter plantas em casa e seu cuidado se limitará à rega, o recomendado é utilizar vasos com espécies plantadas e adequadas para ambientes internos.
Tais espécies necessitam de menos tempo de cuidado e inclusive menos rega. Uma espécie que floresce em ambiente interno e quase o ano todo é o Antúrio e sua variedade "mini", é mais delicada e menor.
Para quem prefere não se preocupar, por causa da correria do dia a dia, nem mesmo com a rega das plantas, a melhor opção é contratar arranjos florais em empresas especializadas que fornecem os arranjos e os substituem periodicamente. Já aqueles que buscam praticidade e custo zero de manutenção, plantas artificiais podem ser uma boa saída.
Durante a primavera, é necessário procurar por espécies rústicas e resistentes como é o caso da Azaléia, Primavera, Iris azul, Ixora e Lavanda. "Essas espécies resistem muito bem aos meses frios e estarão lindas na primavera. Em contra partida, espécies conhecidas como tropicais que são mais sensíveis a variações climáticas, estarão na Primavera com suas folhas queimadas, com manchas e em alguns casos demoram meses para se recuperarem", explica Daniela Sedo.
Nesta época do ano, quando as espécies estão florescendo, elas precisam de cuidados especiais, como a rega constante e adubação adequada para cada tipo de espécie.
Na varanda é possível criar, por exemplo, um deck quadradinho com vasinhos em volta, fazer faixas com pedras maiores ou pequenas, redondinhas, e colocar uma decoração com banquinhos ou objetos graciosos. "Hoje em dia, há decks de cerâmica ou placas de concreto, que imitam a madeira. Esses materiais não requerem manutenção, são práticos, bonitos, não desgastam com o tempo, e são produtos ecologicamente corretos e impermeáveis", aconselha a paisagista.
No inicio da primavera é indicado evitar espécies com folhas delicadas como é o caso das tropicais. Já no final da primavera certas espécies já estarão revigoradas e florescendo muito bem, como é o caso das Impatiens, Margaridas, Gardenia, dentre outras.
As espécies de sol, como o nome diz, são aquelas que apreciam e precisam da luz do sol diretamente em suas folhas. Apenas claridade não é suficiente, elas gostam de 'tomar sol', e acumulam calor. Essas espécies costumam se desenvolver bem em solo basicamente de terra, e precisam de regas abundantes, de 3 a 4 vezes na semana, e adubação constante.
Outras espécies, também de sol, preferem solo arenoso e com pouca terra, como é o caso dos cactus. Diferentemente das anteriores, essas não precisam, e nem gostam de água, pois, se hidratam através da umidade do ar, que é captado sob a 'pelugem' que reveste suas folhas. Os cactus apodrecem facilmente, se forem regados com frequência, ou mesmo se receberem chuvas constantes.
Já as espécies de sombra, geralmente possuem folhas mais delicadas, e seu porte/tamanho varia de 20cm a 2m, pois dificilmente passam desta altura. Neste caso, o solo deve possuir uma composição diferenciada, contendo serragem, húmus, alguns tipos de nutrientes em farelo, adequados às raízes finas e suas necessidades orgânicas. Esse tipo de solo se mantém 'soltinho' e não deve ficar compactado ou encharcado.
Tanto a primavera quanto o verão são estações ótimas para se cultivar espécies de flor e apreciar sua beleza. As flores também podem ser mescladas com mudas ornamentais, apenas com folhagens sem flor, que ajudarão a ressaltar a forma e o colorido das flores.
Saiba Mais: Revista Ecotour
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Postado por Blog de Vininha F. Carvalho
11/10/2015 às 07h39
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Mês de outubro - vamos refletir sobre paternidade?
Um litro de continental
(conto integrante do livro
É suave a noite)
- Afinal, o que é que vai levar?
_Já disse, um litro de Continental.
_- Freguês, decida-se. Vai o leite ou vai o cigarro?
- Acho que arregalei os olhos de surpresa. Desde a tarde anterior eu estava doido por uma tragada.
Naquela manhã eu estava tão desesperado para fumar que nem café tomei. Empurrei Míriam com brutalidade quando ela veio dizer que acabara o leite e pedir para inteirar uns trocados para a mamadeira. Virei bicho.
Nosso dinheiro é guardado em uma caixa, cada centavo cuidadosamente separado: para aluguel, luz, condução, meus cigarros, feira, gás, o leite do bebê e o resto sai do salário dela. Nada mais justo, já que o moleque é dela. Quando ela veio morar comigo, já estava de barriga.
Eu disse a ela que se virasse, pois se o dinheiro do leite acabara, ela o gastar em alguma outra coisa. Se ela não sabe cuidar do dinheiro, azar dela.
Eu era assim, grosso, estúpido - um ignorantão. Mas eu estava cheio de razão. Levanto de madrugada, me ralo de trabalhar, tenho direito a meu prazer, não é certo?
Assim convencido, e doido para fumar, respondi ao homem no balcão:
_Vai o leite.
_E o cigarro?
_Parei.
Minha voz estava baixa e triste. Que diabos! Eu queria e muito uma boa tragada!
Voltei para casa confuso, sentindo-me leve. Entrei na cozinha e falei:
_Taí o leite do menino.
Então pequei o bacorinho no colo e foi como se o visse pela primeira vez.
A voz da companheira saiu engasgada e tímida:
_Não carecia. O menino não é teu.
_Deixe de falar bobagem, mulher. Pai não é quem faz, não, é quem cria.
Deitei o menino no berço e fui buscar o resto do dinheiro do cigarro. Coloquei o rolo de notas em cima da mesa e expliquei:
_Este dinheiro aqui é para leite, fruta e alguma coisinha de que nosso filho precise.
Míriam mexia o mingau no fogão muito quieta, de olhos fixos na colher de pau.
_Sabe como é, mulher, já que eu vou fazer isso, é melhor fazer direito. - eu estava gaguejando, e aí saí-me com esta doideira - Eu faço questão de dar bom exemplo, e comecei hoje, parando de fumar.
Já se passaram três anos e eu nunca mais fumei. E quer saber? Foi a partir desse dia que eu acertei na vida.
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Postado por Blog de Sonia Regina Rocha Rodrigues
10/10/2015 às 20h24
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