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Segunda-feira, 2/12/2019
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Escritor

Um dia, entrando na rua Erê, de volta da escola, lembrei que minha irmã tinha falado que o Cyro dos Anjos morava ali e que sempre passava em frente de nossa casa.

Já era famoso, fiquei curioso, com vontade de conhecer, conhecer não, conversar com ele. Conversar sobre o quê? Não teria assunto. Morria de vergonha de tudo.Mas eu não estava cansado de saber que um escritor, um artista não eram igual a todo mundo? Não estava acostumado a ver os jogadores de futebol, famosos como o Pampolini, que eu via de perto, no Campo do Cruzeiro, toda hora dando entrevista, aparecendo nos jornais? Os artistas que via na Rádio Inconfidência, quando Lurdinha, nossa vizinha, doida pra ser cantora, levava a gente aos ensaios, e com isso eu acabava ficando perto dos artistas, tudo de fora, o Alcides Gerardi, o Anísio Silva e até o Gregório Barrios de uma vez que veio cantar em Belo Horizonte? Não tinha o Guignard, famoso no Brasil inteiro que dava aula pro pessoal debaixo das árvores no Parque Municipal? E o boêmio do Rômulo Paes, popular na cidade, todo ano com uma música pro carnaval , sempre no Café Palhares tomando umas?

O escritor é outra história.

Você vê um cara cantando, uma bailarina, um ator de frente pro público. Faz sentido um escritor puxar uma folha de papel e começar a escrever na sua frente?

Um outro artista — o regente de orquestra. De costas para a plateia sabe que lá em baixo pode ter alguém que naquela hora está pensando na pessoa que ama, ou outro que está com o coração apertado, que não aguenta mais porque nunca amou.

Nunca vou querer ser escritor. Escrevo alguma coisa de vez em quando, uns poemas pra passar o tempo, tranco na gaveta pra ninguém ver. Ficar horas e horas na frente de um papel, numa solidão danada?

Eu nem sei por que escrevi isso. Tudo por causa do Cyro dos Anjos, sempre solitário. Taí, O Solitário da Rua Erê, pensei, até dá título de romance. Não sei nada da vida dele, nunca li uma linha do que escreveu. Passa sempre na nossa rua, com um livro debaixo do braço — talvez até minhas irmãs suspirem.

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Postado por Blog de Anchieta Rocha
2/12/2019 às 10h53

 
Quanto às perdas IV

Torna-se fragmento a eternidade
do tempo que se recolhe ao amor
umedecendo orquídeas
de inacabado gozo.

Distraidamente, volto ao meu tema.

Meu livro de cabeceira a repetir
estórias que preciso ouvir. Meu canário
de estimação treinando a garganta
para um solo sem plateia.

Ao escapar do enovelado curso
da espera, minhas roupas atam-me
às hastes das glicínias azuis.

Na véspera do azul, foram
prenúncios de silêncio.
Na véspera do azul, foram
promessas de lábios.

De tudo isso, o tempo
é cúmplice. E matéria.

Ameaça de eternidade.


(Do livro Nada mais que isto)

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Postado por Blog da Mirian
28/11/2019 às 21h24

 
Quanto às perdas III

Trancadas na urna das águas,
guardam-se as cinzas do extinto fogo da manhã
que reverterá no arco-íris.

Útero de infinita gestação,
ele é mãe das borboletas.
Das libélulas. Dos camaleões.

No princípio foi o verbo.
No princípio foi um jardim.
Na casca do fruto foi o sol.

O pecado.
As cores.

E na pele da serpente
a esmeralda.

O coral.

Do que será eterno
dizem as cores.

E as dores.


(Do livro Nada mais que isto)

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Postado por Blog da Mirian
16/11/2019 às 13h01

 
Quanto às perdas II

Nas profundezas da terra, decide-se
a errância do mundo. E o mundo tem
grandes pernas caminhantes. E o mundo
carrega um falo ereto.

E o mundo tem braços que abraçam.
E o mundo carrega barriga grávida.

De borboletas.
De rochedos.

Plantam rezas as minhas mãos.
Recitando orações, meus lábios
nomeiam sentidos para reger
os acontecimentos.

Na cidade dos homens
distanciam-se as ruas.
Na clareira das aves,
anoitece.

Banhado pelos séculos, o tempo
escorre pelas pernas da garça.

Sobre sinuoso rio de voltas,
longo longo será o voo.


(Do livro Nada mais que isto)

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Postado por Blog da Mirian
25/10/2019 às 21h16

 
Uma crônica de Cinema

Era uma segunda-feira. Dia dezoito de agosto de dois mil e quatorze. Depois de um longo e cansativo dia de trabalho, decidi ir ao cinema, que me serve como remédio para qualquer mal. Tendo assistido quase tudo o que estava em cartaz, optei por 'Não Pare na Pista - A Melhor História de Paulo Coelho', que pelo título já se pode notar o assunto. Fui ao Cinemark e fiz o de sempre, comprei minha entrada e fui comer qualquer coisa para segurar o estômago até a hora em que eu poderia realmente jantar. Entrei na sala assim que foi liberada, para aproveitar os dez minutos de provável sossego. Passaram-se cerca de oito minutos e eu ainda era o único dentro da sala, eis que surge um sujeito, barba e cabelos compridos, quase um Raul Seixas. Sentou-se na mesma fileira em que eu estava e duas poltronas para o lado esquerdo. Ali ficamos, olhos atentos, um grunhido ou risada, hora ou outra. Éramos os únicos na sala e o filme era bom.

Depois de quase duas horas, o filme chegou ao fim. Nós olhamos e com um gesto, simples e rápido, agradecemos um ao outro pela ótima e tranquila sessão. Saímos então do cinema, com uma segunda-feira mais leve nas costas e na cabeça, um filme que fomos assistir juntos, mesmo sem saber.

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Postado por A Lanterna Mágica
14/10/2019 à 01h43

 
Visitação ao desenho de Jair Glass

De autoria do desenhista Jair Glass, o livro intitulado Breviário de Decomposições , Ed. Pantemporâneo, foi lançado na Casa das Rosas, em São Paulo, em setembro deste ano de 2019. Sobre a produção artística de Jair Glass, trago aos leitores este conjunto de poemas que giram em torno do processo criativo observado por mim nos seus desenhos.
Meu pai era desenhista.
Lápis de todas as cores e texturas. Papéis de gramaturas e cores várias. Até papel colorido de balão e bandeirinhas. O onirismo habitava a prancheta e, antes das refeições, revestia a mesa. Na verdade, o desenho habitava aquele tempo. O brinquedo preenchia a casa.
Revivendo a experiência dos materiais que conheci na infância, visitei os desenhos de Jair. Me reencontrei na poética desses materiais. Por isso me desviei da gramática. Por isso a poesia. E não um texto teórico. Eis meu breviário poético.


BREVIÁRIO DO ENCONTRO ÍNTIMO

Para Jair Glass

I
sob cores noturnas
em angustiado sossego,
caminho sem chão
ante o princípio das coisas
não havidas

dentro desse hiato, me reencontro,
oscilante prumo de instável amanhecer
longe da razão acorrentada

“diante do pensamento repetido
a girar em torno do próprio umbigo,
acolho o delírio que nos salva
da razão doente”

visitante do espaço que habita dentro de mim
faço acertos com minhas dúvidas;
meu respirar insiste em percorrer
as arestas do chão

à persistência do náufrago de pulmões de aço,
entrego-me inteira às decomposições do mundo

eu, fragmento desse jogo,
como não me reconhecer
lavrando terras de papel?

diante do espelho quebrado por Narciso,
vejo-me além da objetividade

no bolso, um pedacinho de lápis azul


II
ao desmonte das coisas acabadas,
sorvo transformações do anoitecer
porque a noite tem infinitas luzes

ao desmonte da infinitude,
delineio progressivo ir e vir
enquanto meus dedos deslizam
pelas entranhas da angústia
agregada ao papel

matéria viva, o papel,
tecido de fibras do lume poente:
tensos e lassos fios distendendo-se
de desprazer e gozo

ao impulso das mãos,
ressalto o mundo das coisas que pulsam
antes do pouso no papel

desdobrando traços, linhas, cores,
preencho vazios em meu percurso
ao fundo da Terra

seleiro dos trajetos originários,
a Terra é meu quintal


III
da Terra inteira, faço meu quintal
que me traz de volta ao inesperado

quando desdobro nervuras de papel,
meu cosmos agrega ossos, paredes,
águas, nuvens, manchas

quando redobro fibras de papel,
irrompem versos conduzindo
imagens, segredos e águas

alheia aos desígnios da nascente,
delineio rios sem margens

não mais que vazadouro, a poesia
não mais que vazadouro, o desenho

então me reencontro lavando papéis e objetos
e logo me reconheço mão sonhadora
ao plantio e ao cuidado desse meu quintal

meu quintal, também jardim das metamorfoses

sempre me reconheço
na sedutora indefinição das manchas,
nos cortes e recortes ressuscitando matizes
em meu solo fecundado

então, me reconheço no cultivo do impossível
então, me reencontro costurando hastes d’água
e bordando teias invisíveis na pele das cores

ao entrelace do bordado e da costura,
devolvo à terra o que um dia será terra
presenteio a terra com jornais e revistas
acalento a terra com o madrigal das folhas secas

numa caixa mágica,
minhas provisões do vindouro
reunindo e igualando bichos e humanos,

assim me reencontro arando a ante-linguagem
incontida na palavra

por isso me reencontro no desenho


IV
a germinar tessituras na folha inerte,
meus dedos redobram luzes do dia,
meus olhos abrem-se ao estranhamento
perambulando pela casa

caminhante dos espaços velados,
meu lúgubre enlevo não esmorece,
minha vertigem me reanima na queda,
meu grito alcança o fundo do solo

atravessando a neutralidade da superfície,
meu corpo escorre pelas crateras do encontro
indo frutificar onde a terra nasce da terra
sob raízes da árvore-matriz

quando desdobro nervuras de papel,
meu ânimo irrompe múltiplo de motivos
agregando raiz, tronco, folha, fruto

ao devaneio do papel,
humanizado vegetal enlaça meu corpo
e preserva minha carne
que se recusa a morrer


reencontro-me na luz que veste o tempo
reencontro-me no tempo que despe a noite

o mundo, não mais que terra,
me oferece as tetas do leite primevo

à imensidão da vida
o nada reluz


V
nas cores, me reencontro
tingindo sombras e mistérios

porque assim se mostra a vida
porque assim o tempo jorra
porque retornaremos à terra
porque somos terra

atravessam a planície de fibras
semi-luzes dispersas no papel

o desenho ilumina o parto das coisas,
das coisas vistas pela primeira vez

primeiro olhar
primeiro gesto
primeiro ato

junto aos cadernos da escola,
minha caixinha de lápis de cor

nas coisas que me aguçam a memória,
me reconheço

nas coisas que me falam aos sentidos,
me encontro e me reencontro
sempre sempre sempre


VI
também me entrevejo
assustadora face que é minha

à densidade das cores tingindo meu rosto,
meu fôlego irrompe entre crateras vegetais
para lutar contra moinhos de vento

disposta a caminhar pelo “impossível chão”
jogo no lixo meus sapatos


para onde irei?
quem sou?


os fantasmas que me assombram
são os mesmos que me acalentam

na árvore originária, desenho a raiz,
desenho o fruto que proverá meu alimento


idealizo enfim a árvore do pecado

E o paraíso perdido


VII
aos abismos das cores
nada pergunto do inesperado visitante

sem alarde, Eros rompe as fibras do papel
e, recluso, declara-se à espera do outro

sensual,
o corpo não se permite reclusão permanente

exilado,
o corpo não aceita a infinitude


quanto ao Amor,
Eros permanece calado


no xadrez do jogo
ou no cruzamento das grades de grafite,
a vida sempre desdobra seu recomeço

sobre inesgotável campo de transformações
a pele se reconhece tessitura de papel

meu ânimo desperta ofegante

apercebo-me agora
o que não serei depois

muito além de mim

ao alcance das mãos,
um pedacinho de lápis azul

à explosão da vida,
o passado se aproxima
e se afasta da memória

o que virá depois
resguarda-se num esboço

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Postado por Blog da Mirian
11/10/2019 às 20h37

 
Quanto às perdas I

Irmanando-me à solitude dos astros
delineia-se meu roteiro de caminhante.
Ir em frente. Ir frente. O que se perdeu
seria agora fardo. Ou penitência.

Nas areias de um jardim perdi e achei
o anel gravado com minhas iniciais.
No trabalho perdi muitas canetas.
Guarda-chuvas, já se foram vários.
(Eu gostava daquele de tecido indiano.)
Livros? Sei que emprestei dezenas.
Sempre perco as agendas. E não me lembro
onde guardei meus diplomas.

Escaparam-me alguns eclipses.

Ganhei vazios. Salvei-me
do quintal que terminava
no fim do mundo.

Conheço todos os intervalos
do tempo paralisado e ativo.

Quanto às perdas, alegra-me
a fantasia do esquecimento.

(Do livro Nada mais que isto)

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Postado por Blog da Mirian
10/10/2019 às 19h43

 
MEMÓRIA

Dela ficara um retrato.

Um só.

Apenas.

 

E uma saudade

imensa

que dele transbordava.

 

Uma dor-rio

lágrima-mar

oceanotristeza

 

que nascendo juntos

em correnteza

daqueles olhos da foto

 

invadiam o quarto

e desaguavam

nos dois olhos de fora do retrato.



Ayrton Pereira da Silva

in Umbrais

Ed. 7Letras



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Postado por Impressões Digitais
2/10/2019 às 16h58

 
Quando a Juventude Te Ferra Economicamente


Ás vezes, quando somos jovens, por não ter uma vivência maior, as coisas parecem fáceis demais. É aí que nossos planos podem dar muito certo ou totalmente errados. Acrescente a isso uma crise econômica inesperada e todos os fatores que ocorrem a partir disso...

Com certeza você vai chegar ao termo “caus financeiro”. Quando se é jovem, então? Caraca, ninguém merece! Queremos tudo e não temos nada, tanto a conquistar e muitas ofertas irresistíveis que aglomeram sonhos e conquistas numa vida que mal começou.

E seja por razão de estudos, vontade de conhecer o mundo, ajudar a família ou conquistar status e independência, atropelamos e contamos com algumas cartas que nem sempre podem se concretizar. Desse modo, investimos baseados em concursos que não chamam, empregos que não estão seguros, ganhos que não acontecem e voltamos diversos passos atrás, pra não dizer a estaca zero.

Esses ainda estão no lucro, em detrimento daqueles que ficaram endividados e não puderam terminar suas faculdades, tiveram que voltar a morar e depender dos pais, perderam seus carros e em consequência disso, relacionamentos, estabilidade e uma chance de conquistas a flor da idade. Se muitos adultos encontram-se nessa mesma situação, imagine os jovens que passam por isso pela primeira vez e ainda tem que assistir seus pais em situação similar, sendo quem sabe, usados como único apoio disponível.

Abrangendo um campo maior, há jovens no mundo que independentemente de situações de crise, não sabem se organizar financeiramente e nem recebem ajuda de alguém. Crescendo como adultos desastrosos que não sabem controlar seus gastos e ganhos, rendendo contas que não conseguem ser pagas. Tudo isso se deve a falta de educação financeira, que ao contrário do que dizem, também precisa vir do berço.

O problema é que apenas uma mínima parcela recebe esse tipo de orientação e ainda falta muito pra que algumas instituições aprendam a valorizar o consumidor cidadão, um indivíduo social que merece ser respeitado e conservado como cliente assíduo. Mas em vez disso, preferem “fidelizá-lo” com dívidas, combos de produtos que não interessam, tarifas exploratórias, juros e propostas surreais que prometem a reorganização financeiramente, porém no fim só auxiliará mesmo a instituição na cobrança descabida da “bola de neve”.

Acreditem, o mundo real tem muito disso. Falar nas entrelinhas pra tornar o inexperiente em especialista na marra. Contudo, thanks God, existem alguns jovens que são entendidos e disciplinados com as finanças. Geralmente, pessoas que receberam o exemplo e puderam acompanhar a família ou a escola, aprendendo o valor do dinheiro ou que estranhamente, se interessaram precoces pelo assunto e felizmente era o tema certo.

Entretanto, a maioria ainda se interessa e deposita sua energia voraz em boys bands e super heróis, me incluo nessa. Inocentes e contentes, sem saber que o futuro nos espera ali na porta com um bilhete precificado só de ida pra terra da “oportunidade”.



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Postado por Blog de Camila Oliveira Santos
30/9/2019 às 03h42

 
Bens de consumo

A humildade não
é um bem de luxo,
mas, artigo de
primeira necessidade,
sobretudo na hora de
nossa morte, Amém!...

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Postado por Metáforas do Zé
24/9/2019 às 14h23

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