Julio Daio Bløg

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Segunda-feira, 5/12/2016
Julio Daio Bløg
Julio Daio Borges
 
Ferreira Gullar (1930-2016)

Morreu o nosso último poeta digno de nome. Também o nosso último candidato a Prêmio Nobel. Podemos desistir de ganhar. Em literatura, pelo menos

Gullar, cuja família era Goulart, foi reconhecido por todos. No seu aniversário de 18 anos, sozinho no Rio de Janeiro, um único livro publicado, amigos bateram na porta do seu apartamento para comemorar com ele. O último a entrar, teve de se apresentar: "Oi, eu sou o Oswald de Andrade"

Quando estava no exílio - como Paulo Francis, foi de esquerda quando ninguém era, e deixou de sê-lo quando todo mundo virou -, viveu situações precárias e achava que poderia não sobreviver. Resolveu deixar um poema-testamento. Sobre tudo. Foi de Vinicius de Moraes a ideia de gravar Gullar recitando o poema. Quem ouvia a fita, no Brasil da época, chorava. Era o Poema Sujo

Numa das últimas Flips a que eu fui, Gullar leu o "Sujo" para a plateia. E numa das últimas edições, pela José Olympio, era encartado um CD com ele recitando o "Poema"

Além de poeta, Gullar tinha uma grande sensibilidade artística, participou do movimento neo-concretista, e foi crítico de arte. Era um ferrenho crítico da arte contemporânea e achava que a arte conceitual havia ido longe demais. "É como se a literatura ficasse presa no James Joyce, ou no Guimarães Rosa", afirmava

Também rompeu com os concretistas (os poetas concretos) - que morreram, quase todos, brigados com ele. Gullar justificava o rompimento dizendo que poesia não era matemática - e quando usavam fórmulas matemáticas para criar poemas, não havia mais sentido

Por conta do seu engajamento de esquerda, se aproximou da turma do Teatro Opinião, e se meteu a fazer poesia de cordel. Igualmente, se desiludiu. Não acreditava que seu papel, como poeta, era "sensibilizar as massas" politicamente - muito menos, produzindo poesia de baixa extração...

Ultimamente, arranjou muitas brigas, pois se tornou um grande crítico do PT, da esquerda e dos intelectuais (muitos, colegas seus). Sua coluna semanal na Ilustrada, dada a sua grande obra poética, tornara-se incômoda - para tanta gente que abraçara a utopia e não sabia mais viver sem se apoiar no governo e na Lei Rouanet...

E Ferreira Gullar - para quem não gosta da Globo - trabalhou na TV Globo. E podemos dizer que a poesia brasileira deve alguma coisa à Globo. Porque esta permitiu que Gullar vivesse dignamente enquanto se dedicava àquela...

Era um prazer ouvir Gullar falar. Era um mestre. Como tinha muita vivência, e uma obra digna desse nome, nunca lhe faltava assunto, e suas opiniões eram, no mínimo, interessantes

Ninguém poderia imaginar que um gênio desses poderia sair do Maranhão (nada contra os maranhenses), e ainda por cima se chamar José Ribamar (o mesmo nome daquele homem). Talvez Gullar tenha vindo, justamente, para redimir o Maranhão

E Gullar sofreu como pai. Tinha esquizofrenia na família, mas se colocava à disposição para falar do assunto sem rodeios - ajudando, inclusive, outros pais, e familiares, na mesma situação

A poesia brasileira fica à deriva agora. Perdeu um farol. Um norte. Como não se faz mais obras, como se fazia antigamente, ficamos órfãos - poeticamente

Claro, Gullar não viveria para sempre. E tivemos sorte por tê-lo, entre nós, durante tanto tempo. Mas olhando o horizonte da poesia brasileira hoje, não é dos mais animadores

Sobra uma poesia liliputiana, como diria Francis, pós-Leminski. E permanece a controvérsia se MPB é poesia, se "letra de música" equivale a poema e se Bob Dylan merecia o Nobel etc.

Eu acho que Dylan não merecia. Já Gullar merecia. Dá uma ideia da grandeza dele - para o Brasil e para a nossa língua

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Postado por Julio Daio Borges
5/12/2016 às 11h06

 
4 de Dezembro de 2016

Estava meio pensativo se ia ou não, mas quando soube da morte do Ferreira Gullar, fui - por ele

Fazia tempo que não ia, acho que foi minha primeira manifestação pós-impeachment. Eu não achava que o Temer deveria ser incomodado. Até a última semana...

A gente percebe que a manifestação vai ser boa já no metrô: os camisas amarelas embarcando, aumentando a cada estação e desembarcando, em massa, na estação Paulista

Muita gente de meia-idade pra cima. Muitas famílias. Crianças. Muita gente enrolada na bandeira do Brasil (novo modelito)

Quando a gente percebe que tem muita gente "normal" se encaminhando da Consolação para a Paulista, conclui, antecipadamente, que vai ser algo representativo

Outro termômetro, pra mim, é a esquina da Augusta com a Paulista: quando a manifestação vai ser grande, ali já fica lotado - mas, desta vez, não estava

Desta vez, a concentração foi mesmo em frente ao Masp, onde estava o carro do Vem Pra Rua. Os carros anteriores a eles não me chamaram muito a atenção

Só teve um imediatamente anterior, um pouco antes do parque Trianon, onde subiu o Major Olímpio, e começou a berrar, daquele jeito dele, como quando era candidato a prefeito - até que falou coisa com coisa e o pessoal gostou

Chegando ao Masp, já se avistava os bonecos. O "novo", do Renan, que podia ser confundido com o Gilmar Mendes, pela calva e pelos óculos. E, do outro lado do carro de som, o eterno Pixuleco. Meio sentado, já que, de pé, ficaria maior que o "Renan" - o foco era o Renan

Procurei me instalar no Starbucks nas imediações, para fazer transmissões via Wi-Fi. (Na fanpage do Digestivo tem uma.) Mas estava difícil entrar e sair do Starbucks

Ilhado, aproveitei para ouvir os discursos. O Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, fez questão de dizer que não era a favor do "Fora, Temer". Depois o Modesto Carvalhosa assumiu o microfone, mas se ouvia mal - ou não se ouvia nada

Basicamente, as pessoas vibravam e aplaudiam quando era mencionado o nome do Sérgio Moro. E, para a minha surpresa, havia um esforço, nos carros de som - nos primeiros, pelo menos - no sentido de afirmar que "nem todos os políticos" eram bandidos e que "nem todos", no Congresso, desvirtuaram as "10 Medidas"

O MBL estava num carro mais módico, desta vez (nem dava, quase, para reconhecer). E a turma da extrema direita - intervenção militar etc. - começava a aparecer mais na direção da Brigadeiro (mas não tinha muito quórum, não)

Como não poderia deixar de ser, não se ouvem mais os slogans anti-PT, como "Fora, PT" e "a nossa bandeira jamais será vermelha" etc.

E, dada a diversidade da fauna, me pareceu que a turma do Haddad - aquela que frequenta a Paulista "interditada" no domingo - acabou se misturando "quase sem querer" com o que chamavam de "coxinhas" (e, agora, quase não chamam mais)

Claro que a extrema esquerda não veio. Não havia quebra-quebra. Nem bandeiras vermelhas. E não vi nenhum cartaz "#ForaTemer"

Ainda é contra a corrupção (o movimento). Agora é contra o Renan. Respingando no Congresso e no STF. Mas ainda não é "contra o presidente". (Temer: em São Paulo, ainda não foi sua vez)

A sensação, como sempre, é muito boa - de ter ido. Eu fui mais por curiosidade, desta vez, confesso. Mas acho saudável. Mesmo não concordando 100% com a pauta

Quem não foi, perdeu. E vou além: quem não vai nas manifestações, não entende o Brasil de hoje. (Tem de sair do Facebook, gente)

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Postado por Julio Daio Borges
5/12/2016 às 10h55

 
Aprendendo a viver com menos

Hoje recebi um e-mail de uma pessoa aflita com a situação econômica

E hoje, por coincidência, vi uma previsão, Mansueto Almeida Jr, sobre o superávit primário

No e-mail que eu recebi, a pessoa falava sobre "ter a paciência de um monge budista"

E na previsão do Mansueto, o superávit não era para 2016. Nem para 2017. Muito menos para 2018...

O superávit, segundo o Mansueto - que está no governo -, é para 2019!

Sim, você leu certo: dois mil e dezenove. Daqui a três anos...

E para piorar um pouquinho, o Mansueto completou: "Se Deus quiser..."

Então eu respondi ao e-mail da pessoa aflita: "Teremos de ser monges budistas durante um bom tempo ainda"

Por mais três anos, pelo menos

Ou mudar de país...

"Se bem que eu desconfio", escrevi à pessoa, "que, depois da vitória do Trump, a economia está assim, estagnada, no mundo inteiro"

Eu sei, pode ser que o Mansueto esteja errado. Pode ser que o Trump acerte - em seus investimentos em infra-estrutura nos Estados Unidos - e que o mundo inteiro cresça, por consequência, já no ano que vem...

Mas pode ser que o Mansueto erre no outro sentido, também. Pode ser que o Brasil não tenha superávit *nem* em 2019...

Pode ser que os investimentos em infra-estrutura do Trump gerem inflação nos EUA, alta na taxa de juros do FED, e consequente fuga de dólares, e de investimentos, no Brasil

A verdade é que desde 2014, aquele ano de Copa e eleição, quando a Dilma foi reeleita e o Brasil que produz esmorreceu, desde então eu não enxergo crescimento num horizonte tão próximo...

O impeachment, em maio, parecia um alento - mas as reações não vêm rápidas, o crescimento foi revisto para baixo em 2017 (pela própria equipe econômica), e o Trump hoje é visto como "fator de incerteza", por mais que prometa um choque de capitalismo...

Eu não escrevi no e-mail que respondi, mas eu poderia ter escrito:

Vamos ter de nos acostumar a viver com menos

E, sinceramente, acho que já estamos vivendo...

O Uber, por exemplo

O carro está deixando de ser um "bem de capital" para se tornar meio-de-transporte (quero dizer primordialmente)

Telefone fixo, TV a cabo... Netflix e streaming não crescem só porque são mais legais, não - mas porque são mais *baratos*

E não só no Brasil... no mundo!

Estou lendo um livro sobre "economia do compartilhamento" (minha tradução para "sharing economy") - e nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, as pessoas estão compartilhando tudo e mais um pouco

Basta lembrar do Airbnb - que te permite compartilhar sua casa, e que está gerando controvérsia junto a hotéis e corretores de imóveis...

Numa economia mundialmente estagnada, os ativos não aumentam - permanecem os mesmos e sofrem depreciação...

Portanto, é preciso "fazer dinheiro" com eles. Ou se desfazer deles - logo de uma vez

Afinal, quando teremos crescimento econômico? Daqui a três anos?

Você aguenta mais três anos como 2014, 2015 e 2016?

Já pensou o que vai fazer até lá (2019)?

Esta é uma pergunta para todos nós...

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Postado por Julio Daio Borges
24/11/2016 às 09h36

 
Trump e adjacências

Embora tenha me impressionado o fenômeno eleitoral, não escrevi mais sobre o Trump. Procurei me informar

Também entrei em discussões quase infinitas (principalmente com meu amigo Ram Rajagopal) - mas tirei algumas conclusões, que gostaria de compartilhar

Não tenho todos os dados, nem ambiciono ter. Hoje li uma frase que me justifica nessa postura:

"Os amadores estão conquistando o mundo - porque os especialistas o destruíram."

Troque "amadores" por outsiders. E troque "especialistas" por profissionais. (Essa frase *me representa*, como dizem. E a você?)

Voltando ao Trump, ao "populismo", Brexit, João Doria, ameaça de Le Pen na França etc. e tal (por que eu acho que isso aconteceu - e por que eu acho que vai acontecer muito mais):

1. A internet mudou o mundo

Para o bem e para o mal (OK, eu concedo)

Acontece que, hoje, as notícias circulam muito mais rápido

E as notícias ruins, você sabe, chegam mais rápido ainda

Isso nos leva ao segundo ponto:

2. As pessoas estão cansadas

Ou porque não têm emprego. Ou porque não têm dinheiro

Ou porque, às vezes, os têm - mas têm medo de perdê-los...

Afinal, por que o dinheiro/emprego está acabando? Ou, melhor dito: por que não se faz mais emprego/dinheiro como se fazia antigamente?

3. A economia estagnou - no mundo

Eu sei que alguém vai dizer: "Mas eu conheço gente ganhando *muito* dinheiro"

OK, eu também conheço

Mas estou falando da *média* das pessoas...

O fato de a economia mundial não crescer não é uma opinião minha - é um dado histórico

E de quem é a culpa?

4. As pessoas acham que a culpa é dos políticos

Ou porque "roubaram" muito. Essa conclusão é a mais fácil. E a Lava-Jato está aí para corroborar

Ou porque administraram mal. E os "anos Dilma" estão aí para provar. (Embora tenha gente que não queira enxergar...)

Ou porque estão há muito tempo no poder - Trump acusava Hillary de estar há 30 anos - e não fizeram "nada" (ou muito pouco) para mudar

Logo, o que as pessoas fazem?

5. Chutando o pau da barraca...

Junte desemprego, falta de dinheiro, economia estagnada (ou decrescendo), corrupção, má gestão e/ou falta de vontade política...

O que você acha que as pessoas vão fazer na hora de votar?

Acostumadas à velocidade da internet, as pessoas não vão mais sustentar o "establishment"

Usando, novamente, exemplos do Brasil:

Foram os políticos que deflagraram a Lava-Jato?

Foram os políticos que lideraram as manifestações?

Foram os políticos que produziram o impeachment?

Os políticos o votaram porque, caso contrário, iriam perder as eleições (como os que votaram "contra" perderam de fato)

6. Em outras palavras

As pessoas não querem mais "políticos profissionais"

As pessoas não querem mais sustentar o establishment

Alguém que queira mudar: vai defender a ordem vigente por quê? (Tem lógica?)

7. Descendo de cima do muro...

As pessoas não querem mais aquela postura "PSDB" diante da vida

"Ah, mas o PSDB não 'ganhou' as últimas eleições?"

Ganhou por falta de opção (e eles sabem)...

As pessoas querem alguém que diga o que pensa (mesmo não concordando 100% com o que é dito)

8. É forma e, não mais, conteúdo

É postura

É "atitude" (como dizem os jovens)

E as pessoas querem resultados

Pra ontem

Você vai me arranjar emprego ou vai ficar só justificando o desemprego?

Vai promover o crescimento econômico ou vai só justificar o não-investimento?

Vai colocar o Estado para trabalhar pela sociedade ou vai ensinar todo mundo a se dependurar nele (até que fique insustentável)?

9. Jogando o bebê fora (junto com a água do banho)

As pessoas não estão mais tolerando

Se tornaram intolerantes? Preconceituosas? Xenófobas? Homofóbicas? Misóginas? Misantropas?

Não adianta chamar as pessoas de "fascistas" agora...

Elas querem saber se vão ter trabalho. E se vão conseguir pagar suas contas...

Das minorias, a gente cuida depois, tá?

É a vez da *maioria* agora...

10. Democracia, lembra?

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Postado por Julio Daio Borges
21/11/2016 às 14h34

 
Sobre a vitória de Donald Trump

Sinceramente, eu não me lembro da última vez que passei a noite em claro

Eu só ia dar "uma olhadinha" como estava indo - mas vieram uma série de reviravoltas e eu não consegui parar de assistir...

No site da Fox, um dos que atualizavam em tempo real, a Hillary ganhou só no comecinho

O mais impressionante, porém, foi o do New York Times - conhecido por ser "esquerda" -, que teve de reverter seu favoritismo totalmente

A CNN - que chamam de "Clinton News" - resistiu até o fim, e acreditava numa reviravolta da sua candidata (mesmo quando outras redes já davam vitória do seu oponente)...

No Brasil, erraram mais do que com João Doria... Não teve um "Cristo" que acertou

Errou a Globo News, mais fragorosamente, acompanhada dos comentaristas da CBN, como Merval Pereira, e dos jornais, como Eliane Cantanhêde (que, em política nacional, costumam acertar...)

Episódio, igualmente, triste foi o da joint-venture "Manhattan Connection+Antagonista" - onde passou mais vergonha o Caio Blinder (lembrando os tempos em que era humilhado, no ar, pelo Paulo Francis)

Arnaldo Jabor, que vem errando desde 2013, não mudou o padrão. E até o Reinaldo Azevedo soltou um "textão" - logo cedo - e errou...

O Olavo de Carvalho, que atira para todos os lados, acertou desta vez: "Este dia está batendo todos os recordes mundiais de caras de bunda"

Voltando aos Estados Unidos, foi um erro "monstro" de praticamente todos os institutos de pesquisa. E, como aqui no Brasil, de praticamente *todos* os especialistas

No meu Twitter - eu acompanho mais os EUA do que o Brasil -, o clima apocalíptico tomou conta rápido. E previram de tudo: além da queda das bolsas, obscurantismo, racismo, homofobia, misoginia, nazismo e, claro, Terceira Guerra Mundial

Mesmo empreendedores "otimistas" que eu acompanho - como o Jason Calacanis, "investidor-anjo" do Uber: estava completamente perdido - sem saber em que mundo iria acordar...

Mesmo o irmão do Elon Musk - nosso "novo Steve Jobs" - fez previsões sombrias: de retrocesso, depressão, falta de fé na humanidade etc.

Vendo tudo assim "de fora", e como um movimento que parecia "orquestrado" - embora não o fosse (as pessoas só estavam respondendo a uma hipótese que mal consideraram) -, achei um exagero

Uma das comparações mais frequentes, por exemplo, foi com o Brexit - e, como lembrou um "tuiteiro" brasileiro, o mundo *ainda não acabou* para os britânicos...

As bolsas vão chacoalhar mesmo. Até porque vivem disso. E até porque "precificaram" errado. Quem precificou "certo", ganhou. Mas como a maioria "não"...

Pessoalmente, não acho que o Trump vai implementar *metade* das políticas atribuídas a ele.... O negócio do "muro", por exemplo: ele foi até o México e sequer discutiu esse assunto com o presidente...

"Esqueçam o que escrevi", já disse um presidente-eleito do Brasil - não sei se vocês se lembram...

E, como disse o João Doria, "eleição tem canelada mesmo". Aliás, o mesmo Doria que foi chamar o Haddad, a Marta e a Erundina para um Conselho...

Não acho que o Trump seja maluco. Temos de reconhecer, como disse outro "tuiteiro" gringo, que ele derrotou, sozinho, os Bushs e os Clintons... Não é pouco

E vale o mesmo raciocínio que eu fiz para o João Doria: se ele venceu, que tal reconhecermos?

Eu queria ver a mídia, e os jornalistas, e os institutos de pesquisa... fazendo um mea-culpa: "ERRAMOS" (assim, em caixa alta)

Mas isso é quase como querer que petistas reconheçam seus erros. Ou esquerdistas. Ou intelectuais...

A verdade é que - como já disseram também os "memes" - Trump acaba de demitir, sozinho, a mídia, os jornalistas, os institutos de pesquisa etc.

A realidade é esta, meus amigos - em que ele venceu. Vamos encarar

A realidade pode ser dura, mas, como diz Woody Allen, "ainda é o único lugar onde pode se comer um bom bife"

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Postado por Julio Daio Borges
9/11/2016 às 09h28

 
Viagem pros EUA num café em São Paulo

- A gente quer muito ir pra Europa, mas, agora, com as crianças...

- Estados Unidos é uma pegada mais família.

*

- Tem de conhecer, viu? Tem de ir, nem que seja pra dizer: "conheci e vi".

- Eles fazem tudo pra você querer ficar lá...

*

- Porque é assim: tudo lá é muito longe. Tudo é muito grande.

- Olha que a gente ficou no Centro...

- Quando a gente pegava o carro, era meia-hora, quarenta minutos.

*

- Tem de alugar carro, viu?

- E tem de pegar carro grande.

- Só não precisa de carro quem já tá na Disney...

- E quem não quer sair da Disney, né?

*

- Aí você pega aquele trenzinho... Tipo carrinho de golfe, sabe?

- Depois, "monorail" ou bote.

- Tem um hotel que é assim: você passa no meio...

*

- O safari é fantástico. Parece que você tá na África.

- Já o Epcot é mais tecnológico...

- Aquela parte que tem os países, né?

*

- Na Universal, você tá dentro do filme. Você fica *dentro* do filme...

- É tudo de verdade!

- Muito legal.

*

- Tem de ficar, pelo menos, uma semana lá.

- Ó, pra viagem... Com os parques, o hotel...

- Vocês têm de economizar pra comprar e pra comer, também.

*

- Porque é o seguinte: lá, a gente perde a mão fácil...

- Ficamos sem dinheiro, na metade da viagem!

- Ano passado, eu quase me f*, fui com o dólar a 4...

*

- Sabe qual é o segredo? Deixar para comprar só no final da viagem.

- E deixa uma "cota" - diária - pra comida.

*

- Se vocês economizarem um pouquinho todo mês...

- Vão pagando!

- Vocês não têm férias e "décimo"?

*

- Cês vão lembrar da gente lá.

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Postado por Julio Daio Borges
21/10/2016 às 10h48

 
Bob Dylan ganhando o Nobel de Literatura

Não é nova a incursão da poesia na música popular. O principal exemplo, no Brasil, é o de Vinicius de Moraes, que foi poeta de verdade antes de ser compositor popular. João Cabral de Melo Neto, que foi um dos maiores poetas do século passado, disse que Vinicius poderia ter sido o maior, se quisesse. E Carlos Drummond de Andrade, outro dos grandes do século XX, disse que Vinicius foi o único poeta que teve a coragem de viver como poeta.

Já a partir dos anos 60, podemos considerar que os "poetas" - ou "os que poderiam ter sido" - optaram, diretamente, por fazer letras de música. E o principal exemplo, no Brasil, é o de Chico Buarque de Hollanda, o letrista que está mais próximo da poesia desde Vinicius (apesar de seus romances tardios).

Ninguém nega a importância cultural - e até social, nos anos 60 - de Bob Dylan. Havia duas pessoas que os Beatles queriam conhecer quando se tornaram famosos. A primeira era Elvis Presley e a segunda era Bob Dylan. Zimmerman, seu sobrenome original, foi a grande influência de George Harrison, a ponto de John Lennon reclamar da idolatria em entrevistas.

No filme "Não estou lá", em que vários atores encarnam o multifacetado Dylan, fica registrada a sua aproximação com Allen Ginsberg, o poeta beat. Considerando que os beatniks foram os pais intelectuais dos hippies - e, por conseguinte, de todos os anos 60 como nós os conhecemos -, é significativo o respeito que Ginsberg dedicava a Zimmerman.

Bob Dylan compôs verdadeiros hinos - que embalaram a juventude sessentista. E sua passagem do "folk", do violão, para o rock, da guitarra, é considerada, culturalmente, revolucionária. Repercutindo, também, no Brasil: quando Caetano Veloso chamou Os Mutantes para "eletrificar" Alegria, Alegria, originalmente uma marcha-rancho.

Se tivesse morrido nos anos 60, 70, ou até 80, Dylan teria se transformado num mito da cultura popular, como John Lennon, James Dean e Marylin Monroe. Mas preferiu sobreviver - e é óbvio que a mesma intensidade não teria como se manter: Bob Dylan se diluiu.

Caetano Veloso, contudo, nos mostrou que Zimmerman continuava fértil, quando fez a sua versão para Jokerman, de 1983, ainda uma grande letra.

Até Steve Jobs - um hippie tardio, que misturou contracultura com business, e que namorou Joan Baez, a grande intérprete de Dylan - se gabava de conhecê-lo e de poder convidá-lo para jantar. (Tentou imiscuí-lo nos eventos da Apple, sem muito sucesso.)

Tudo isso para dizer que Bob Dylan é uma grande figura, no melhor sentido do termo, e que tem uma importância, para a música popular, e para a *cultura* popular, inquestionável.

Agora: Prêmio Nobel de Literatura, não acho que seja o caso...

Sei que a academia sueca tem lá as suas idiossincrasias - e já premiou figuras muitos menos significativas, inclusive escritores, com o Prêmio Nobel.

Mesmo assim, considero premiar Dylan, com o Nobel de Literatura, um erro e uma injustiça.

Primeiro porque Bob Dylan não precisa. É suficientemente conhecido. E, ainda mais, rico. Como enumerei, foi reverenciado desde Harrison até Jobs. E é difícil uma pessoa na Terra que, mesmo indiretamente, não tenha sofrido influência sua. Já teve fama e gloria. Sem falar em poder e dinheiro.

Já os escritores, como bem sabemos, precisam. E a literatura, de verdade, também precisa. Um exemplo é Philip Roth, outro dos cotados para o Prêmio. Roth, também judeu, foi muito lido nos Estados Unidos, OK (é o maior escritor norte-americano vivo) - mas não dá para comparar onde a música de Dylan chegou com onde a literatura de Roth chegou. Se alguém precisa de reconhecimento, é a alta literatura. E se alguém precisa de dinheiro, *não é* a música pop.

No Brasil, é lembrado, nessas horas, Ferreira Gullar. É difícil comparar sua literatura - ele escreveu poesia de verdade - com a "literatura" de Bob Dylan. Mas podemos comparar com a "poesia" de Chico Buarque: como "poeta", Chico pode ser mais popular, mas Gullar - poeta de verdade - é maior. E se você tentar comparar as letras breves de Chico com o "Poema sujo", de Gullar, não vai conseguir - porque não há comparação.

Por fim: se essa moda pegar, e se forem premiar todos os grandes letristas dos anos 60 pra cá - com o Nobel de Literatura -, os escritores nunca mais vão ganhar.

E olha que eu gosto de música de música popular... Mas literatura - alta literatura - é outra coisa. (Quem leu, sabe.)

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Postado por Julio Daio Borges
13/10/2016 às 11h33

 
Eleições num café em São Paulo

- Sabe qual é o segredo do Trump? Ele não é de Washington, ele nunca foi político. Ele não é do sistema, entendeu?

- É quase um voto de protesto, então?

- E se ele não fosse tão louco, seria eleito!

* * *

- Tem de privatizar tudo mesmo: Anhembi, Pacaembu... Tem de mudar o Ceasa de lugar. Essas coisas precisam ser feitas, entendeu?

- E tem mais: se o João Doria fizer uma boa prefeitura, bobeou vira até presidente!

* * *

- Aquele negócio que o Kassab fez, foi muito feio. Quando ele virou ministro... eu não acreditei.

- Ele vai conforme o vento.

- Aquele negócio de sair de um governo, entrar no outro... Não dá!

* * *

- Ela trabalhou pro Russomanno, aí eu perguntei: "E agora?"

- O Russomanno deve tá p* da vida; tava na frente...

- Mas era esperado, né?

- É sempre assim: quem sai muito na frente...

* * *

- Agora, o pior é o Rio de Janeiro.

- Lá tem um bispo, da Universal... E lá tem esse Psol, que é a coisa mais retrógrada...

- Mas o carioca merece, né?

- Carioca gosta de contestar...

- Lá, ou é funcionário público, ou tá na praia.

* * *

- Esquerda festiva!

- Intelectual gosta disso.

- Gosta disso e gosta de viver bem, né? Gosta de Angra, gosta de Paris...

* * *

- E a juventude, agora, com o Che Guevara?

- Sanguinário!

- Que causa idealista, que nada.

- E ele gostava de poder, né?

* * *

- E a Dilma falando em "democracia"? Falando em "povo"...

- Ih, eles tão tudo milionário!

- Que democracia, que nada.

* * *

- O fato de um funcionário público - lá em Curitiba - montar uma operação dessas...

- Isso, sim, é democracia!

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Postado por Julio Daio Borges
8/10/2016 às 13h50

 
A Doria, o que é de Doria

Votei na Marta. Era a minha candidata. Perdeu. Reconheço

Mas no segundo turno, como ela não ia passar, ia votar no João Doria. Nunca no Haddad. Nem no Russomanno

Eu achava a Marta a melhor escolha, porque ela já tinha experiência prévia da cidade. E, fora do PT, ela parecia ter se livrado daquele "ranço" esquerdista. Parecia mais amadurecida e mais disposta a deixar um "legado". E ela tinha o melhor vice, Andrea Matarazzo

Só que a Marta ficou indecisa. Mesmo ferida pelo PT, não conseguiu atacar seu partido de origem. E os paulistanos não perdoaram. No reduto-mor do antipetismo, terminou rechaçada

Já João Doria foi muito hábil em captar as intenções de voto do antipetismo, que era a força motriz destas eleições. Algo como um desdobramento "eleitoral" do impeachment, da Lava-Jato e das manifestações

Eu não gostava do João Doria no começo, achava ele muito "ensaiado". Como alguém que tinha acabado de decorar seu texto. Nunca me convencia muito nos debates

Também achava ele muito "engomado". Ainda acho. Uma espécie de prefeito dândi. Ou, como se dizia em português do século XIX, um "janota"

Uma vez encontramos ele na Livraria Cultura do shopping Iguatemi, num daqueles eventos infantis da Catarina. Ele parecia um boneco de cera, esticado desde a roupa e com aquela cor rosada de bronzeamento artificial

Não que isso diga muita coisa da sua capacidade política. Mas eu achava ele um candidato muito "montado"

Contudo, ele fez sua lição de casa

E sua capacidade de trabalhar sempre foi lendária (disso eu já tinha ouvido falar...)

Observando as taxas de rejeição dos demais candidatos, ontem ficou, para mim, claro que um "outsider" tinha grandes chances de levar. Além do antipetismo, existe hoje a enorme repulsa pelos políticos tradicionais. E o fato de ele ter brigado com a cúpula do PSDB - o partido da oposição bananeira - parece tê-lo impulsionado ainda mais (o Diego também observou isso ontem)

Só que, agora, ele vai ter de ser *político* da mesma forma...

Na verdade, acho que já está sendo. Me pareceu muito respeitoso no último debate, mesmo com figuras arcaicas, como Luiza Erundina. A Marta, inclusive, já parecida ter se rendido ao seu charme. E, como observou Reinaldo Azevedo, numa boa análise da campanha toda, ninguém conseguia mais atacá-lo

Quem assistiu ao seu discurso da vitória, deve ter percebido que ele fez questão de agradecer a praticamente todo o PSDB. Não só ao governador Geraldo Alckmin, mas à família Covas, que lhe forneceu um vice, ao clã dos Montoro, até ao senador José Serra... Só faltou, claro, FHC, Aécio Neves... E Andrea Matarazzo

Como um filho pródigo, retornava agora ao ninho tucano, o mesmo que, durante as prévias, ele havia desagregado...

Ia quase me esquecendo da gestão. "Sou um gestor", foi a melhor definição de si próprio

E, mais uma vez, veio a calhar. Pois, a última coisa que Dilma foi, desde 2010, foi gestora. Ela nunca foi "gerentona". Isso foi um engodo. E ficou no inconsciente de muitas pessoas. Sobretudo, na mente dos paulistanos...

Na cidade que nunca para, João Doria "acelerou". E seu jingle insistia no "João Doria trabalhador". Mas outro tipo de trabalhador - bem diferente daqueles "trabalhadores"...

"O PT é o partido dos intelectuais que não pensam e dos trabalhadores que não trabalham", profetizou Roberto Campos, que nos deixou há 15 anos

Que João Doria trabalhe, portanto. E consiga executar aquilo a que se propôs

É difícil agradar ao paulistano. E, desde que me entendo por gente, não me lembro de nenhum prefeito unânime...

Mas ele deve tentar. Quem sabe, se revele um fenômeno, como se revelou nestas eleições? ;-)

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Postado por Julio Daio Borges
3/10/2016 às 10h02

 
A juventude piorou muito

Na segunda série, em 1982, a gente ria do Lula, que, na sua campanha para o governo do estado, incluía no currículo: "Ajudante de tintureiro"

- Nem tintureiro, ele consegue!

E ríamos às gargalhadas. Era um colégio de classe média. Família. Bem daquele tipo que a Marilena Chauí não gosta...

Hoje, a pessoa sai da faculdade votando no Haddad

Ou seja: a gente já praticamente entrava na escola sabendo que votar no PT era errado. E hoje as pessoas saem da faculdade achando que votar no PT é o certo (isso depois de tudo o que aconteceu!)

Começo a concordar com as críticas que fazem à Geração Y: é uma geração perdida; melhor focar nas próximas

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Postado por Julio Daio Borges
3/10/2016 às 09h57

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