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Quinta-feira,
3/3/2016
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Noites perfeitas, elas existem

No meio da tarde se falaram
Como tem acontecido nos últimos dias
Foi por meio de um desses aplicativos de conversas
Ele a convidou para jantar
Passo às 7, tudo bem?
Sim, foi a resposta
E a noite que se seguiu foi perfeita
Mágica
A melhor em anos
Quando ela entrou no carro, seu perfume o desconcentrou
O primeiro olhar causou impacto
Cabelos deslumbrantes
Vestia blusa verde e saia preta
A combinação ideal
Estava produzida
Maquiagem apaixonante
E um discreto salto alto
Partiram
Chegaram
Sentaram
Brindaram
Trocaram olhares, carinho
O toque dela em sua pele era de arrepiar
Riram
Compartilharam assuntos sérios e amenidades
O ambiente estava leve e intenso
Apreciaram a culinária do local
Saíram
E o restante da noite seguiu a perfeição à risca
Beijos
Abraços
Colo
Carinho
Mais perfume
Mais carinho
Até agora, meio dia, ele ainda está com todos aqueles espetaculares momentos vivos na memória
Agradeceu a Deus
*Marco Garcia é jornalista paulistano. Mora em Fortaleza.
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Postado por Blog de Marco Garcia
3/3/2016 às 14h31
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Custo/Benefício & Cia.
Desatar nós, resolver horizontes
No hipermercado das religiões, na gôndola de Deus, Deusas e Deuses,
o produto que mais se adequa às minhas demandas são os Ventos
Sem prazo de validade in aeternum se extinguem tão logo se expiram.
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Postado por Metáforas do Zé
3/3/2016 às 09h43
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Apresentação d'O Equilibrista
 . Fonte: https://www.airbnb.com
Sempre quis fazer algo de valor em minha vida. Sempre sonhei fazer algo que fosse surpreendente, belo e ousado, que transgredisse regras sem prejudicar quem quer que fosse. Uma das primeiras manifestações desse desejo aconteceu aos treze anos quando, ainda na sexta série, resolvi que um dia cursaria o Instituto Militar de Engenharia, do qual fui desligado em 2002. Não que quisesse ser engenheiro. Queria apenas provar a mim mesmo, e mais tarde aos outros, que obteria êxito naquele que sempre me pareceu o vestibular mais difícil do país. Muita gente contradizia minha fé dizendo que eu não tinha chances, mas tive a felicidade de demonstrar o contrário. Fui aprovado no único vestibular que me interessava, tanto é verdade que não tinha plano B. Ou passava no IME ou não saberia o quê fazer da vida. Acredito que alcançamos algo quando há um impulso interior realmente forte e sincero que nos incite a buscá-lo. Anos depois, como disse, fui desligado daquela instituição. Embora não estivesse satisfeito com a minha condição de engenheiro e militar, sentia o meu desligamento como uma queda, e mais de uma vez contei uma história que me aconteceu pouco tempo depois àqueles que até ontem recebiam meus textos via e-mail. Vou narrá-la novamente pois a vida dá voltas e muitas vezes nos leva à mesma situação - estou novamente caminhando em cima de uma corda. Desta vez não acreditam que me torne escritor. Entretanto, não quero fazer outra coisa. Novamente, não há plano B. Mas voltando à história, desejo compartilhá-la com os que não me conhecem e que porventura venham a ter acesso a este blog:
Poucas semanas após meu desligamento, fui na companhia de dois amigos a um bar, em Botafogo. A lembrança daquela noite retornou-me inúmeras vezes ao longo dos anos e sempre ao mesmo momento, aquele no qual um de meus amigos me perguntou como me sentia em relação ao desligamento, já que meu futuro, ou melhor, meu presente havia se tornado incerto. Naquele momento não tinha muito claro o que iria fazer da vida, e ao respondê-lo algumas coisas começaram a fazer sentido para mim. Disse que minha impressão era de estar caindo, mas caindo em algo maior. Não tinha a intenção de expressar algo pior, embora a incerteza do momento gerasse considerável apreensão. Simplesmente sentia estar em queda, mas sentia também que essa queda fosse, em algum momento, levar-me a atingir um ponto mais alto do que aquele a que estava destinado a alcançar caso prosseguisse na carreira de engenheiro militar. Dito isso, gostaria de observar dois pontos. O primeiro é que um desses amigos atribui tudo o que aconteceu comigo no IME a certa teimosia de minha parte, uma teimosia que prefiro chamar de obstinação e que creio ser fundamental para realizar o que quer que seja de valor na vida. O segundo ponto é que somente comecei a escrever depois de começar a cair. Escrevo porque, às vezes, me desequilibro. Por isso, comecei a me apresentar neste blog com um pequeno texto que escrevi anos atrás, O Equilibrista, postado ontem.
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Postado por O Equilibrista
3/3/2016 às 08h31
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O Equilibrista
 O Equilibrista, de Paul Klee. Fonte:http://http://www.icsedegliano.it/sezioni/studenti/1415/Circo.html Para os homens, a chegada do equilibrista costumava ser um mero acontecimento no qual tomavam parte para esquecerem o fastio e as chateações de suas vidas, mas as raparigas e as crianças olhavam assombradas e boquiabertas para aquele homem esbelto, com camiseta colorida colada ao corpo, de músculos definidos e olhar firme a equilibrar-se sobre uma corda estendida a seis metros de altura. Havia gelo no olhar dos homens, e um misto de pavor e admiração no das mulheres. Quanto às crianças, estavam irremediavelmente encantadas.
- E se ele cair, mamãe?, perguntou um menino. - Daquela altura, decerto morrerá, meu querido. - Então por que ele faz isso? - É o trabalho dele. - Mas o papai também trabalha e não corre tanto risco. - Seu pai não é um artista, meu filho. - Então ele é diferente do equilibrista? - Os homens não são iguais. Se fossem, uns não andariam acima da cabeça dos outros. - Os artistas andam sobre nossas cabeças, mamãe? - Alguns, mas à custa do iminente risco de no passo imediato perderem suas vidas. - Como o equilibrista na corda? - Sim, meu filho, como o equilibrista na corda.
Contato: escritor.equilibrista@gmail.com
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Postado por O Equilibrista
2/3/2016 às 18h18
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Arquiteturas em 8 bits
Abaixo, três pinturas de estilo "doom"iano em 8 bits, criadas em APP para ipad.
Gosto do contraste do gestual livre do pincel traduzido através da rigorosa grade reticular. Acho que "resta" algo da minha mão nestes quadradinhos coloridos.
Quem, como eu, correu apavorado pelos corredores da UAC marciana no "Doom" da Id Software, sabe o poder expressivo que um 8 bits pode ter.
Nas fotos, 3 giclées das pinturas de 8 bits impressas sobre tecido da Canson e esticadas sobre bastidor de madeira.





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Postado por Blog de João Werner
2/3/2016 às 16h22
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à espreita
Pago pra ver sem medir cacifes
Na metamorfose das nuvens
já não vejo perdas e nem ganhos
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Postado por Metáforas do Zé
2/3/2016 às 10h24
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O Peso dos Janeiros e Os Críticos à Velhice
Por que terceira idade? Penso que não há razão para o termo. Um eufemismo que nos dá a impressão de sucata, refugo, ultrapassado, obsoleto, daquilo que não serve mais. Prefiro ir direto ao ponto: velhice.
Quando o substantivo da vida é o tempo, as rugas e os cabelos brancos nada mais são do que os sinais reveladores da teimosa vontade de continuar vivendo.
E não foram poucos os filósofos que se debruçaram sobre o tema. Um dos mais notáveis, Marco Túlio Cícero (106–43 a.C.), pensador romano, considerado o símbolo da suprema oratória, em sua obra Saber Envelhecer, ele ilustra, com sutileza, o peso dos janeiros: “Todos os homens desejam avançar à velhice, mas, ao ficarem velhos, se lamentam. Eis aí então a consequência da estupidez”.
Em 2009, não me lembro bem a data, a Rede Globo fez uma matéria sobre idosos para o programa Fantástico. Na época, com 77 anos de idade, o ex-vice-presidente da República, José Alencar, lutava contra um câncer e foi ele o destaque da reportagem.
Fiquei admirado com a firmeza de suas palavras. Mesmo com o agravamento da enfermidade, ele não se deixava abater ou lamentar da doença.
O ponto alto da entrevista: Com essa idade, o senhor está preparado para mais uma cirurgia dentre tantas já feitas? Sorrindo, respondeu: “Deus só dá o que a gente merece, não tenho medo da morte e se tiver mais um dia de vida e depois me envergonhar dele, prefiro morrer”.
Mais adiante, contou: “Quando olhei para a equipe médica e senti os semblantes abatidos, fiz uma reunião e mostrei a eles que precisávamos vencer mais essa. Foi uma injeção de ânimo para que executassem o trabalho com êxito. Ainda fiz questão de assinar um documento isentando-os, caso alguma coisa desse errado”.
Sinceramente, eu não o conhecia como homem de tanta fé. Sabia apenas das suas qualidades enquanto político e do grande empresário que era. Enxerguei nele não apenas um velho, mas um jovem de virtudes e pensamentos. Um líder nato!
São lições assim que, a cada dia, fico mais convencido de que o espírito não se deteriora; ao contrário, evolui e enaltece a pessoa humana. Certamente era o que acontecia com o cidadão José Alencar Gomes da Silva (1931-2011).
Achei oportuno incluir algo sobre o ex-vice-presidente da República, pela longeva idade e ilustrar melhor o texto. Mesmo porque, existe uma ideia ambígua do Estado brasileiro em relação aos idosos, que, em algumas situações, eles são protegidos e noutras culpados de gerar os males dos sistemas públicos de saúde e da seguridade social.
Estigmas desse tipo só ajudam a cunhar interpretações vis. Parece até que os velhos são todos doentes, pobres, de baixa escolaridade e dependentes. A longevidade ao invés de ser considerada uma conquista, infelizmente, criou-se uma visão ofuscada de provocar rombo, ou melhor, de se transformar peso morto da Nação.
Óbvio que não se podem fechar os olhos para a gravidade do ‘buraco negro’ que, há décadas, se acumula na seguridade, por erros, desvios e má gestão de governantes esbanjadores. Por isso, honrar o pagamento das aposentadorias no Brasil está ficando a cada dia muito difícil.
Alguns críticos preveem que, em razão de os brasileiros estarem vivendo mais, a reforma da Previdência deve figurar entre as necessidades de extrema urgência do País. Com isso, não restam dúvidas de que alguns direitos serão subtraídos. A proposta de igualar as idades de homens e mulheres para 65 anos, para ter acesso ao benefício, é uma dentre tantas em discussão.
Ainda assim, creio que não passam de meras ações paliativas que carecem de debate mais amplo com a sociedade. Entendo, contudo, que hoje em dia “amarrar as chuteiras” não é mais um prêmio como no passado. Na verdade, é um terrível suplicio!
Para não me alongar tanto, quero deixar para sua reflexão, caro leitor, a advertência da escritora Simone de Beauvoir, (1908-1986), pensadora de extensa obra, que resumiu muito bem os críticos à velhice: "Terrível não é a morte, mas a velhice e seu cortejo de injustiças".
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Postado por BLOG DO EZEQUIEL SENA
1/3/2016 às 09h38
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Entre barbaridades e clichês

A humanidade já vivenciou dias piores. (clichê) Desgraça, barbárie, corrupção, injustiça e desigualdade não são privilégios contemporâneos. (clichê) Mas ainda me espanto com alguns episódios hoje em dia. (clichê ao quadrado, quase um bordão).
Como não ficar estarrecido com o massacre dos cinco jovens no RJ? (clichê) Como não se incomodar com a ação de um grupo que invadiu um velório e ateou fogo no morto? Como ficar alheio a este estado de coisas? (clichê)
Isso para não ir além no assunto, pois casos incríveis ocorrem a todo instante, e apenas os mais graves são noticiados (clichê), caso das chacinas de Osasco e Curió, massacre na França, ataques aéreos na Síria e tantos mais. (clichê)
Então, me digam, como desligar dessas notícias mórbidas e meter uma final de Copa do Brasil no meio? (clichê) Como comemorar um título no esporte, se o mundo nos brinda com uma desgraça por minuto? (clichê)
Ah, mas aí é querer além da conta... a vida segue, querido (clichê). Ok, a vida - como sempre - seguirá. Ela, a vida, graças a Deus, é implacável. (clichê)
Mas como se preparar para festas de fim de ano e planejar viagens sem "pisar" numa poça de sangue ou ser arrastado pela lama política e de Mariana? - o apelo sensacionalista é proposital. (clichê)
Sei, via de escape, é normal tentar apagar o trágico com a borracha do cômico (clichê), mas como o assunto "bola de ouro" do Neymar pode ser a base das conversas, quando a Microcefalia se alastra, a seca no Nordeste encerra sonhos e estudantes levam porrada da polícia? (clichê)
O assunto é muito clichê, sei. Nada de novidade, sei. Saia desse lugar-comum, rapaz. (clichê) Até tento, mas é difícil. (clichê)
Clichê: Frase repetitiva e sem originalidade; expressão que peca pela repetição, pelo lugar-comum; banalidade repetida com frequência.
*Marco Garcia é jornalista paulistano. Mora em Fortaleza.
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Postado por Blog de Marco Garcia
1/3/2016 às 09h14
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O fenômeno Trump 2: uma abordagem meta-ideológica
Intelectuais brasileiros gostam de propalar que partidos políticos deveriam se constituir em torno de ideologias coerentes. Deste conceito resulta a admiração pelo quimérico eleitorado "politizado" das Europas ou platinos. E também o apelo à "fidelidade partidária", que, por ser notadamente contrária tantos aos desejos do eleitor como à prática resultante da experiência dos políticos, teria que ser estabelecida por um "conselho guardião" de ayatollahs científicos que decidiriam como o povo pode votar, de que modo podem ser feitos os argumentos de campanha, e quem pode ser eleito.
Isso os intelectuais, irrelevantes como nos ensina Faoro; porque estadistas bem sucedidos como Tancredo entendem bem que "toda a política é local", feita no varejo a partir dos interesses concretos dos eleitores. Como felizmente nunca tivemos a experiência de partidos coerentes, as consequências nunca foram testadas; o que deixa os intelectuais na situação confortável de se eximirem de qualquer trabalho útil para a nação dizendo que, se apenas todas suas propostas irrealizáveis fossem implementadas, os problemas do país desapareceriam.
O fenômeno Trump mostra o que acontece quando um partido tenta enforçar uma homogeneidade e correção ideológica. Sei que a palavra "enforce" não tem tradução em português, existe apenas "fiscalizar" com um sentido bem diferente; da mesma forma que "avacalhar" só tem tradução em inglês xulo. Fica então enforçar; mas divago.
O partido Republicano estava completando o processo de expulsão de todas as vozes dissonantes. Como o proverbial burro do muquirana, morreu quando estava quase aprendendo a não comer. Os políticos republicanos conservadores mas abertos a conversas e negociações com pontos de vista oposto foram expulsos ou marginalizados, ou obrigados a declamar a cartilha dos ultra-conservadores. O caso mais patético é Mitt Romney, um conservador racional, razoavelmente bem sucedido, embora um pouco ausente, como governador de um estado liberal; candidato a presidente em 2012, sentiu-se obrigado a denunciar todas as suas próprias ações enquanto governador, especialmente o Romneycare, antigo Hillarycare, atual Obamacare. Hoje virou uma figura marginal no partido, seria tão "de esquerda" que nunca conseguiria a indicação. Faz companhia ao candidato de 2008, McCain, herói de guerra considerado frouxo por não ser extremista; e o irmão do presidente Bush, que não conseguiu animar o partido por ser racional demais.
O fato é que o eleitor não estava nem aí para essa pureza ideológica toda. Ao contrário da liderança do partido, o eleitor via claramente que a bagagem ideológica toda estava lá apenas para dar um verniz de coerência para a politicagem mais baixa de interesses especiais - então agora prefere um candidato escrachado na defesa de privilégios. Assim mostra sua preferência por Trump, que de republicano moderado ou conservador não tem nada. Palhaço de TV, sem escrúpulos nem ideologia nem patriotismo, negociante falido, homem sem valores morais, diz o que dá na telha sem respeito por nada nem ninguém - nada mais distante da ortodoxia que o partido dizia querer defender. Meu palpite é que o partido está maduro para um racha em breve - mas é imprevisível de que forma isso pode ocorrer, se é que vai.
Não estou atribuindo o colapso da ideologia republicana ao patente absurdo de seus preceitos - a saber, negação de todo o conhecimento científico sobre geografia, biologia, e economia, e do bom senso em todas as áreas da ciência social. Podemos conceder - contrafactualmente, para efeito de argumento - que algum ponto da ortodoxia republicana não seja disparatado. Não faz qualquer diferença. Trump não ataca nem defenda os dogmas do partido com argumentos racionais. O colapso se deve à tentativa de obter pureza ideológica, não à falta de conexão da ideologia com a realidade.
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Postado por O Blog do Pait
29/2/2016 às 14h24
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Teoria do Iceberg
Um sorriso acobertando sombras
De idos tempos,
caninos expostos é fome
E ainda não me adaptei a isso
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Postado por Metáforas do Zé
29/2/2016 às 13h34
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