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Segunda-feira, 29/4/2019
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Osmose vital

Ecoo
em
teu
canto

Me
diluo
em
teu
pranto

No
choque
da
rima,

febre
&
sina
dos
sinos

Me
perco
em
tua
melodia

Palavras
em
fogo-fátuo...

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Postado por Metáforas do Zé
29/4/2019 às 22h48

 
Direções da véspera V

Ao longe, o aeroporto se reconta
nos mitos dos roteiros permanentes.
Ansiando merecido pouso, minha aeronave de papel
retorna do trajeto diurno.
Olhando as ruas, projeto aterrissagem
em terra amiga. No fundo dos mares
ressonam estrelas. E náufragos.
“A canoa virou / Deixaram ela virar”.

No relevo da cidade, farejo travessias.

Ao desajeito dos meus versos, canto
utopias e cantigas de roda.


(Do livro Travessias

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Postado por Blog da Mirian
28/4/2019 às 09h59

 
Sem palavras

As
cores
não
brilham

As
cores
gritam

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Postado por Metáforas do Zé
24/4/2019 às 18h32

 
Kleber Mendonça volta a Cannes com 'Bacurau'

Quando o assunto é Cannes, logo me vem ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, do grande Glauber Rocha. Pode parecer injusto com Nelson Pereira, que também estava lá naquele ano de 1964 com ‘Vidas Secas’ (filme que recebeu o prêmio paralelo do Ocic). Mas o que Glauber fez foi diferente. Diferente do filme de Nelson, Deus e o Diabo não vinha adaptado de algo já conhecido, ou seguia dramas ou clichês recorrentes do cinema. O que ele trazia era único, desconhecido até então. Era um filme com paisagem e trilha sonora completamente estranhas àquele ambiente. Era o estranho no ninho de Cannes, um dos festivais de cinema mais tradicionais do mundo. Após a sessão, alguns segundos após a sessão, se ouvia gritos e aclamações eufóricas. Lembrando que há 50 anos, Glauber levou o prêmio de melhor diretor no festival, com 'O Dragão da Maldade e o Santo Guerreiro'. Em 2012 um outro rapaz fez esse barulho lá fora. Não passou por Cannes ou algum desses lugares, mas foi aclamado como se o tivesse feito. Sempre nas lista dos 10 melhores filmes do ano, Kleber Mendonça Filho era o “algo diferente” do cinema com ‘O Som ao Redor’.

Assim que soube que Kleber Mendonça estava gravando um novo longa, logo o adicionei à minha lista de “filmes para assistir”. Não precisava saber o título ou sinopse. Depois de ‘O Som ao Redor’ e ‘Aquarius’, não precisaria de muito mais para esperar por um bom filme. Com “Aquarius”, em 2016, Mendonça foi o único latino a concorrer a Palma de Ouro, mais uma vez fazendo muito barulho. De volta a Cannes, ele apresenta ‘Bacurau’, nova produção que conta a história dos moradores de uma cidadezinha homônima que, após a morte de Dona Carmelita (a mulher mais velha da cidade), descobrem que o lugar onde moram está completamente fora do mapa. Dirigido em parceria com Juliano Dornelles, com quem já havia trabalhado em ‘Aquarius’, a nova produção tem potencial. Segundo Thierry Frémaux, diretor do festival, “É um filme extremamente político… É um filme que bebe na fonte dos filmes de cangaceiro”. Toda a sorte para Kleber Mendonça e Juliano Dornelles, para nós, meros mortais, fica a vontade de assistir ‘Bacurau’ na tela grande, o que pode acontecer ainda em setembro deste ano.

Mas ‘Bacurau’ não é o único brasileiro que vai a Cannes esse ano. Na mostra Um Certo Olhar o filme do diretor cearense Karim Aïnouz, ‘A Vida Invisível’, será exibido. O filme conta com Fernanda Montenegro no elenco, o que já valeria o ingresso. A história se passa na década de 40, onde Eurídice Gusmão (interpretada por Carol Duarte) se esforça para se tornar uma musicista e sobreviver às responsabilidades da vida adulta e de um casamento sem amor. Já o diretor italiano Marco Ballocchio traz uma produção com parceria entre Brasil, Alemanha, Itália e França. Com cenas gravadas no Rio de Janeiro, ‘O Traidor’ é a biografia de um dos maiores mafiosos italianos, Tommaso Buscetta (Pierfrancesco Favino). O filme conta com Maria Fernanda Cândido no elenco.

Porém, vencer Cannes não vai ser nada fácil. Entre tantas obras, temos diretores como Pedro Almodóvar (com Dolor e Gloria), Terrence Malike (com A Hidden Life) e Xavier Dolan (com Matt & Max). Veja abaixo a lista de filmes que estarão no festival entre os dias 14 e 25 de maio:

Palma de Ouro

Dolor y Gloria (Pedro Almodovar)
O Traidor (Marco Bellocchio)
The Wild Goose Lake (Diao Yinan)
Parasite (Bong Joon-ho)
Young Ahmed (Jean-Pierre Dardenne & Luc Dardenne)
Oh Mercy! (Arnaud Desplechin)
Atlantique (Mati Diop)
Matt & Max (Xavier Dolan)
Little Joe (Jessica Hausner)
Sorry We Missed You (Ken Loach)
Les Miserables (Ladj Ly)
A Hidden Life (Terrence Malick)
Bacurau (Kleber Mendonça Filho & Juliano Dornelles)
The Whistlers (Corneliu Porumboiu)
Frankie (Ira Sachs)
Portrait of a Lady on Fire (Céline Sciamma)
It Must Be Heaven (Elia Suleiman)
Siby (Justine Triet)

Um Certo Olhar

A Vida Invisível (Karim Aïnouz)
Beanpole (Kantemir Balagov)
The Swallows of Kabul (Zabou Breitman & Eléa Gobé Mévellec)
A Brother’s Life (Monia Chokri)
The Climb (Michael Covino)
Joan of Arc (Bruno Dumont)
A Sun That Never Sets (Olivier Laxe)
Room 212 (Christophe Honoré)
Port Authority (Danielle Lessovitz)
Papicha (Mounia Meddour)
Adam (Maryam Touzani)
Zhuo Ren Mi Mi (Midi Z)
Liberte (Albert Serra)
Bull (Annie Silverstein)
Summer of Changsha (Zu Feng)
Evge (Nariman Aliev)

Fora da Competição

The Best Years of Life (Claude Lelouch)
Rocketman (Dexter Fletcher)
Too Old to Die Young (2 Episodes)(Nicolas Winding Refn)
Diego Maradona (Asif Kapadia)
Belle Epoque (Nicolas Bedos)

Special Screenings

Share (Pippa Bianco)
For Sama (Waad Al Kateab & Edward Watts)
Family Romance, LLC (Werner Herzog)
Tommaso (Abel Ferrara)
To Be Alive and Know It (Alain Cavalier)
Que Sea Ley (Juan Solanas)


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Postado por A Lanterna Mágica
19/4/2019 às 14h34

 
Nem só de ilusão vive o Cinema

Nos últimos dias São Paulo e Rio de Janeiro receberam a 24º edição do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários. Durante dez dias viajamos por histórias passadas e atuais de diversos países. O festival ressalta a importância de uma dose de realidade no nosso dia a dia, nos ensinando através de relatos pessoais ou de um determinado grupo de indivíduos. Ainda mais, resgata na história fatos que parecem tão atuais, chamando nossa atenção para o que vem acontecendo no mundo.

Comecei o festival com 'Defensora', um documentário singular da diretora Rachel Leah Jones. Quando li o livro Inverno em Cabul, da escritora e jornalista Ann Jones, vi como era difícil uma mulher se posicionar no Oriente Médio. Pouco acreditava na existência de uma mulher como Lea Tsemel, personagem principal do doc. Advogada Israelense, ela defende palestinos há cinco décadas. Alguns deles são manifestantes não-violentos, militantes armados, fundamentalistas ou feministas, mas o que carregam em comum são as acusações de serem terroristas, mesmo quando não o são.

Meu desejo era assistir a todos os documentários. Mas seria impossível já que, infelizmente, não posso me dedicar ao cinema em tempo integral. Ainda assim consegui ver bons filmes, entre eles o excelentíssimo 'Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar', de Marcelo Gomes, que ganhou Menção Honrosa ao final do Festival (o prêmio de melhor longa nacional ficou para Cine Marrocos, diretor Ricardo Calil). Um documentário extremamente importante, que reflete sobre a situação econômica do país e a opção de trabalho autônomo. 'Meu Amigo Fela', de Joel Zito Araújo, também é uma grande produção. O lado político de Fela Kuti é desconhecido por muitos, no documentário Joel Zito busca a essência desse personagem tão peculiar.

Também gostei bastante de 'A Beira', de Alison Klayman. Nesse dia fui ao cinema para ver o que desse tempo, não me decepcionei. Acompanhando Steve Bannon durante as eleições de 2018, a diretora consegue nos inserir nos bastidores da política mundial, dando voz a muitos pontos de vista. Nesse filme notei uma das coisas boas de documentários. Nada ali age como uma propaganda do populismo pregado por Bannon, a diretora dá vazão a outras vozes, no deixando pontos de vistas diferentes de fatos que fizeram parte de sua produção.

Mas devo admitir que minha surpresa veio com 'Marceline. Uma Mulher. Um Século.', de Cordelia Dvorák, entrei na sessão completamente desprovido da história da cineasta e escritora, se passaram os 58 minutos de exibição e tudo o que eu queria era mais algumas horas daquilo. É uma pena não ter competido pelo troféu de melhor doc internacional, o prêmio ficou para 'O Caso Hammarskjöld', de Mads Brügger, que não consegui ver por motivo de sala lotada.

Festivais como o É Tudo Verdade são extremamente necessários, ainda mais em tempos como os que estamos passando. Nem só de ilusão vive o cinema. É Tudo Verdade vem para nos dar aquela dose de realidade, reavivando os questionamentos que mudaram parâmetros no passado, e outros que precisamos mudar para o futuro. O trabalho de Amir Labaki e sua equipe é primoroso. Em época em que a cultura corre risco, é ainda mais difícil organizar um festival que não atrai a grande massa, mas como em outros anos foi feito um trabalho excelente, e que venham muitos outros.

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Postado por A Lanterna Mágica
15/4/2019 às 22h49

 
As Expectativas de um Recrutador e um Desempregado


Nem todo mundo tem a oportunidade na vida de conhecer os 2 lados de um processo seletivo à uma vaga de emprego. Geralmente, a maioria fica no lado de entrevistado da mesa, sem perceber antes de criticar, como é difícil também para o recrutador tomar a decisão de contratação.

Pois saiba que essa é uma difícil escolha para qualquer contratante, num país que anseia em se recuperar de uma crise e possui um grande número de mão de obra parada. Atualmente, qualquer anúncio de emprego recebe centenas de currículos com os mais variados perfis que se encaixam bem ou são totalmente alheios a vaga descrita.

Surpreendentemente, esse mercado de trabalho dispõe de perfis óbvios que não são a opção certa, como também de candidatos azarões que são a resposta a suas preces, mas em outra situação, jamais estariam livres ou dispostos a se candidatar ao trabalho anunciado.

Já na seleção, existem muitos candidatos que não sabem se vender, são pessoas sem foco que agem pela compreensiva necessidade do sustento, parecendo seres automáticos que já desistiram de seus objetivos e fazem tudo maquinalmente por obrigação.

A maioria é de jovens recém ingressados no mercado que pulam de emprego rapidamente, fazendo bicos ou como temporários da crise. Há ainda os mais velhos que foram obrigados a contribuir com a renda familiar, mas estão há anos sem trabalhar.

Pelos currículos, pode-se perceber que tratam-se de indivíduos que tem esperanças e expectativas, descendem de boas histórias de vida e que lutam anonimamente para se destacar numa pilha de papel. Assim, os recrutadores têm a função de optar por alguém, meio que decidindo pelo bem-estar daquele que será selecionado.

Mas há também a percepção de que alguns precisam claramente se qualificar, se encontrar num conjunto de vagas que exigem foco e aptidões específicas. Além de enfrentar um grande número de pessoas bem instruídas na expectativa de que seja dessa vez, convivendo diariamente na ansiedade de não saber o que está acontecendo em relação a seu destino profissional.

Um empregador possui a difícil obrigação de acertar na escolha, mesmo percebendo a urgência que muitos candidatos têm de se empregar. Mesmo que doa cerceá-los em detrimento de outros mais preparados, pois ele precisa lembrar que independente de quem contrate, seu ato resultará em menos um profissional nesse mar imenso aí fora.

É preciso lembrar também que nem sempre o mais qualificado fica com a vaga, porque existe o candidato certo para a vaga certa, é preciso olho apurado e feeling. Mas ainda, nem sempre o encaixe perfeito acontece, sendo necessário voltar atrás em uma nova busca. Pois mesmo na crise, há profissionais que são valorizados, ficam entediados ou são seduzidos por outras propostas e metas de vida. Por isso, a contratação é só o começo dessa relação profissional que pode resultar em crescimento e aprendizado para ambas as partes ou tédio e insatisfação.

Buscando uma conclusão, percebemos que o mercado de trabalho atual é um desafio que mistura sorte e competência, cujo foco e preparação diferencia dos demais, mas ao mesmo tempo fecha as portas para determinadas oportunidades menores que poderiam ser brevemente aproveitadas.

Quem atira para todos os lados pode atingir alguma coisa, porém algo que deverá sofrer ajustes enquanto se espera por um futuro melhor. O importante é não ficar parado e esperar acontecer. Outra sábia conclusão fica por conta de que o profissional é seu próprio produto, vivendo no despertar de um tempo que preza por ideias e engrenagens para sobreviver, abolindo cada vez mais a carteira de trabalho e os direitos, em favor do bom e velho “te vira” do empreendedorismo.

E para você que conseguiu a tão sonhada colocação, foi porque alguém o escolheu entre tantos e confiou na sua habilidade e seriedade como profissional. Alguém que precisa tomar uma boa decisão para o andamento de seu sonho e continuidade do negócio.

Então, passado o entusiasmo de estar trabalhando, é claro que ninguém deve bancar o escravo de alguém, mas uma boa relação entre as partes deve ser construída, sem o jeitinho brasileiro nem o sofrimento por desistência ou acomodação. Lembrando que cada caso é um caso, mas preservar o que foi tão difícil de conseguir exige dedicação e sacrifício.

Entretanto, fica o desejo que tanto o profissional quanto o recrutador, nessa época difícil, possam encontrar aquilo que buscam num duradouro relacionamento de trabalho com amizade e respeito.



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Postado por Blog de Camila Oliveira Santos
15/4/2019 às 14h35

 
A Independência Angolana além de Pepetela

No mês de março o Grupo Ria apresentou uma série de peças adaptadas de obras literárias presentes na lista da FUVEST. Entre elas está Mayombe, que fechou mostra. A partir do livro de Pepetela, nove atores sobem ao palco para encenar a luta angolana em busca da liberdade. Isso me lembrou de um documentário que produzido entre 2014 e 2015. Angola nos Trilhos da Independência, produzido por Lucio Lara (da Fundação Tchiweca de Documentação) e pela Geração 80 (Mário Bastos, Jorge Cohen, Tchiloia Lara e Kamy Lara), mostra os resquícios da revolução angolana nas pessoas e lugares quase 4 décadas depois. Foram 57 meses de pesquisa e gravações, resultando em 900 horas gravadas, com 700 depoimentos.

Mayombe foi publicado pela primeira vez em 1980. Mas o livro foi ganhando seus parágrafos quando o próprio Artur Carlos Pestana dos Santos, vulgo Pepetela, participou da libertação. Narrando o cotidiano de alguns guerrilheiros do Movimento Popular de Libertação da Angola (MPLA), o autor montar um misto de conflitos internos e externos, recheado por uma tensão física e ideológica. Daí vem a importância do trabalho do Grupo Ria. Li Mayombe há alguns anos, mas assim que tive oportunidade, comecei a ler o livro novamente. Depois de ver um ótima encenação dos atores (Eudes Nascimento, Flávio Oliveira, Daniel Lima, Fabrizio Nasscioli, Gustavo Gaspar, João Angello, Jhon Honz, Vânia Bawe e Wagner Nunes) a leitura foi completamente diferente. A intenção do grupo teatral é apresentar suas peças para alunos do ensino médio, para motivar e facilitar a leitura dos livros (muitos irão agradecer essa ajuda com Iracema), com isso não utilizam cenário. Ainda assim, a tensão na apresentação é tão intensa que o cenário não faz falta.

Na tela a história é outra. Angola nos Trilhos da Independência traz um pós guerra. O documentário mostra a importância de se aprender com a história. Diante dos depoimentos de pessoas que estiveram envolvidas, direta ou indiretamente, com a libertação angolana dos colonialistas portugueses, vemos que as atrocidades que podem ser causadas por conflitos armados nunca são esquecidas. Em meio a vilarejos destruídos e pessoas que trazem marcas dos confrontos até os dias de hoje. A luta anticolonial é narrada por quem traz essas marcas dentro de si, é difícil imaginar a realidade de tudo aquilo, mas quando a câmera anda pelas vilas destruídas e abandonadas chegamos perto da destruição que tomou conta da Angola nos anos 1970. Um depoimento, um dos primeiros no documentário, conta a fuga de um jovem e sua família. É comovente ouvir a história de um ser humano que passou por aquilo e chegar a impressionar a coragem desse povo, lembrando de Sem Medo, personagem de Pepetela.

O que todas as obras trazem em comum é algo atual. As divergências de um povo, que fazem parte de tribos diferentes. Embora a luta seja a mesma, a libertação colonialista, as diferenças entre uma tribo e outra não é deixada de lado, tornando o conflito ainda mais difícil. Isso nos leva a um conceito geopolítico mais atual, sobre as guerras que deixaram de ser externas (com um país atacando o outro) e passaram a ser internas (com conflitos entre os povos). Para não fugir tanto do assunto, podemos ver em Angola nos Trilhos da Independência e em Mayombe a importância de aprender com o passado. Ambos ficam para que historiadores possam trabalhar com um material mais autêntico e expressivo.

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Postado por A Lanterna Mágica
8/4/2019 às 17h34

 
Direções da véspera IV

Fora-se o brilho dos tempos dourados.
Em esquiva das penas, o viajante sorvia
insânia. E se alimentava da própria carne.
Naqueles lugares de angústia, – entre mortos
e feridos – salvou-se a Arca de Noé.
Os homens? Se salvariam?
Alguns perderam a memória. Outros,
na pele gravaram lembranças.

No calendário, mudaram-se as datas.

Mas, que vestígios são esses
no miolo do pão, esfriando sempre?

(Do livro Travessias

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Postado por Blog da Mirian
6/4/2019 às 09h12

 
Direções da véspera IV

Fora-se o brilho dos tempos dourados.
Em esquiva das penas, o viajante sorvia
insânia. E se alimentava da própria carne.
Naqueles lugares de angústia, – entre mortos
e feridos – salvou-se a Arca de Noé.BR> Os homens? Se salvariam?
Alguns perderam a memória. Outros,
na pele gravaram lembranças.

No calendário, mudaram-se as datas.

Mas, que vestígios são esses
no miolo do pão, esfriando sempre?

(Do livro Travessias

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Postado por Blog da Mirian
6/4/2019 às 09h12

 
Dispendioso

Os
ventos
varreram
tudo
e
todos

chegando
exaurir-se
em
si
mesmo
e
ainda
assim
permanecem
intactos...

Ante
blocos
de
concreto
os
ventos
se
eternizam
e
pedras
viram
areia

Alísios
alisam
ou
nos
despenteiam...

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Postado por Metáforas do Zé
5/4/2019 às 09h47

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