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Quinta-feira, 1/10/2015
Impressões Digitais
Ayrton Pereira da Silva
 
INDAGAÇÕES À SOMBRA

Era somente um homem e sua sombra

e mais um dia inteiro de permeio.


Bem que se pode dividi-lo ao meio

como uma faca parte em dois um queijo.


Era somente um homem e sua sombra

os dois em um feito na propaganda


quando se paga um só levando ambos

com o olhar sagaz de quem barganha.


É uma sombra só para um só homem

e ao sol a pino os dois quase se somam.


À noite a sombra sai subterrânea

quando o homem se deita sobre a cama.


Lá se vai ele: o homem e sua sombra.

Lá se vai ela: a sombra com o homem.


Se alguém soubesse o que pensa a sombra

do mesmo modo como pensa o homem...


Mas nem parece que o homem pensa a sombra

que o persegue assim sequela mansa


e é quase uma cadela que o alcança

se o homem bruscamente o passo estanca


para espiar a vitrina distraído

sem ter a sombra repetida pelo vidro.


Será que o homem sobrevive à sombra

ou vai largá-la como um cão sem dono?


Será que partem solidários ambos

como partem conosco os nossos sonhos?


Por que será que o homem foi-se enfim sozinho?

Será que a sombra perdeu-se no caminho?


Ayrton Pereira da Silva

(in Destempo 7Letras, 2004)



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Postado por Ayrton Pereira da Silva
1/10/2015 às 17h50

 
Reflexões Abissais

O Sanatório Geral informa: o esdrúxulo texto abaixo, fruto das lucubrações delirantes de um cérebro demente, é expressamente contraindicado para os portadores de hipersensibilidade, os impressionáveis, os hipocondríacos, os hipertensos, os depressivos, os cardiopatas e apenas, a rigor, permissível aos padecentes de extrema lucidez, aos nefelibatas, aos sem-futuro e aos loucos de todo gênero.

***

Não lembro onde nem quando Saramago disse que ninguém, em sã consciência, poderia ser otimista. Em outras palavras, quis ele dizer que nenhum ser humano carrega consigo impunemente o fardo do conhecimento de que começa a morrer no exato instante de sua própria concepção.

Seria um pensamento autodestrutivo? Julgo que não, embora saiba das contestações que certamente me oporiam os que se consideram, por formação acadêmica, possuidores da chave mestra dos segredos da psique, além dos representantes da new generation dos futuristas que já projetam para meados deste século XXI a conquista da juventude eterna. Talvez não fosse justo tachá-los de alquimistas pós-modernos, nem referir-me a essa anacrônica ressurgência da procura da pedra filosofal. Não, definitivamente não seria digno de minha parte fazer tal afirmação...

A vida se me afigura uma espécie de jogo à vera de esconde-esconde, ao curso do qual fingimos ignorar a sombria realidade que a todos, sem exceção, espreita. E assim, após o breve interlúdio da infância e talvez até, vá lá, da pré-adolescência, entramos na raia onde se travará a corrida contra o tempo. E construiremos então a nossa história, não importa se de grandes ou pequenos feitos, porque, ao cabo das contas, a contabilização de tudo não nos caberá.

Claro que somos o que pensamos, e neste jogo que se chama vida todos jogamos por conta própria, sendo livre a estratégia adotada por cada qual. Há, por exemplo, os que consideram o jogo como um brinquedo, mesmo que só para uso externo, fazendo questão de ostentar o seu modo de viver, uns mediante a exibição de riqueza, outros alardeando seu descompromisso, ou ainda os que tornam a vida uma espécie de passarela para o desfile de fatuidades e vaidades vãs.

Existem, por outro lado, os que se apegam à crença na transcendência do destino humano, cujo desfecho estaria além da cruel realidade da extinção física. E tentam ou conseguem até jogar o jogo como um rito de passagem, ao fim do qual passariam, por assim dizer, de lagarta a borboleta. Trata-se de uma estratégia salvífica, buscando assegurar um paraquedas para o salto no escuro. A estes, salvos sejam!

Aos que, em contrapartida, pensam estar diante de um jogo de antemão perdido, restaria, ao que parece, a danação. Mas não sejamos tão trágicos assim. A vida, meus caros, é para ser vivida, ou mal ou bem vivida, mas vivida em toda a sua plenitude. Claro que se você, por exemplo, fosse um rato (sem conotações rebarbativas, por favor), repito, se fosse um reles rato, ou, se preferir, um cachorro ou um gato, quero dizer, um ser irracional, seria eterno, pois estaria longe das cogitações de seu limitado psiquismo a perspectiva da morte, apenas episodicamente sinalizada se, diante de uma ameaça concreta, seu instinto de autopreservação fosse acionado.

Mas não somos irracionais, embora, a rigor, até nem pareça. Por essa só e simples razão, fomos aquinhoados com a presciência da própria finitude, o que nos condena, quando menos, a cumprir pena perpétua na solitária metafísica de nós mesmos. A menos que você brinque de ser deus — e esta é mais uma das estratégias possíveis neste jogo sem regras que é a vida — à semelhança desses novos magos da cibernética com suas invenções maravilhosas, que acenam para um verdadeiro paraíso terreal. Ou que persiga a fórmula de um mundo novo de inesgotável fruição, como apregoam, com pompa e circunstância, os monopolistas de um venturoso porvir, apostando nas futuras descobertas das ciências e da tecnologia, em crescente e assustadora evolução.

Tudo são placebos, meros pretextos que revestimos para nos distanciar da dura verdade finalística. Existe também o trabalho com o qual ganhamos o pão, as roupas, a diversão e tudo mais que deve compor nossa paisagem pessoal, que se alicerça na segurança da rotina a cuja sombra amamos e procriamos. É na esteira do labor de cada dia que florescem os viciados no trabalho, os workaholics, com o perdão do estrangeirismo de péssimo gosto, que perseguem, como os drogados de qualquer genero, a rota escapista de um simulacro de nirvana artificial — o que também, forçoso é convir, não deixa de ser outro tipo de estratégia, tão "válido" quanto os demais.

Porém — e há sempre um porém — quando chegada a temida hora da perda gradual da vitalidade, a hora da doença grave, da velhice, ou da falência, do desgosto, ou simplesmente a hora h, porque esta sempre chegará, quem terá jogado melhor?

Esta a pergunta que me faço desde que me entendo por gente, e que agora, gentilmente, transfiro para vocês.

Ayrton Pereira da Silva



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Postado por Ayrton Pereira da Silva
3/9/2015 às 16h20

 
APENAS UM POEMA

É apenas um poema, nada mais,
e como tal só feito de palavras.
Asa de anjo, ninho de andorinha,
cor de ventura, furta-cor da morte...
É um poema que fala de amor,
do lado escuro e amargo do rancor.
Cheiro de lenha no fogão antigo
que acordava a luz do sol raiado.
Um riso franco da perdida infância
na eternidade falsa de um retrato.
É um poema armado até os dentes
sem arma alguma de explosão ou corte
nem peso algum na face do papel.
Este poema tateia no escuro,
batendo sem defesa contra o muro.
É um poema de silêncio e nada,
e por não existir, sua leitura
talvez seja um engano dos sentidos,
uma ilusão de ótica, um delírio.
Este poema vazado de assombros,
de sentimentos vagos como os sonhos,
fez-se somente da matéria etérea
de que se tece o ar que respiramos.

Ayrton Pereira da Silva


Ayrton na Isla Negra, antiga casa de Neruda


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Postado por Ayrton Pereira da Silva
12/8/2015 às 21h09

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